quinta-feira, 24 de abril de 2014

MAIS UM DIA DE MINHA VIDA NOS TRIBUNAIS

( dedico esta crônica aos advogados iniciantes)


Não adianta. O que eu gosto é de tocar violino, jogar tênis, falar sobre a estância. Mas o que me atiça, o que me mete adrenalina é a lida jurídica.
Ademais, o que me deu uns trocados para uma certa folga foi a advocacia.
Hoje me coube defender os interesses de um querido amigo, colega também, advogado de  enorme nomeada  e que, por isso mesmo, decidiu não patrocinar seus próprios interesses.
Minha preferência foi a primeira, graças à minha querida secretária Rejiane.
Lido com o Direito há 40 anos. Nas poucas vezes em que entrei na sala de sessões relaxado, já almoçado, palestrando com amigos, me dei mal.
No dia de um julgamento, não almoço, não falo com ninguém, medito e vou à sessão com o melhor terno. Sento-me quieto e não olho para os lados.
Os desembargadores  deram razão ao meu nobre cliente.
Retirei-me quieto, alcancei a Borges de Medeiros e voltei a pé ao escritório. Fui apreciando a brisa outonal.
O mesmo outono que branqueia meus cabelos, mas não me tira   tesón y  voluntad.