quinta-feira, 30 de junho de 2016

MARISTELA GENRO GESSINGER LIBERADA PARA ENTRAR EM LICENÇA E CONCORRER A PREFEITA DE UNISTALDA RS

 

Maristela Genro Gessinger é assessora concursada do Tribunal de Justiça, filiou-se no prazo legal ao PMDB e é pré- candidata a Prefeita de Unistalda.
Teria que se licenciar do cargo a partir do dia 2 de julho para concorrer.
E esse direito foi assegurado na data de hoje por decisão liminar do  eminente Desembargador Luiz Felipe Brasil Santos.
Assim, sempre  observando os mandamentos legais, Maristela  vai se apresentar  na Convenção do partido e, dentro do prazo de campanha, apresentará  seus planos e suas propostas.
Na foto, Maristela com a pré-candidata a vice- prefeita, vereadora Regina .

quarta-feira, 29 de junho de 2016

DA ALEMANHA MEU FILHO O ENG. ARMANDO MANDA OBSERVAÇÕES


A Alemanha é um canteiro de obras.


 


Caminho por entre as ruas de Stuttgart, cidade que foi completamente destruída na 2a grande guerra. Nem parece. A História está aqui, para todos. Cidade moderna, cultural, vibrante, respeita e estuda o passado, mas mira o futuro.

A quantidade de obras de infraestrutura chama a atenção de quem passa. São novas estações, pontes, estradas, prédios. Disseram alguns amigos que aqui residem há décadas, que o país todo está assim, um canteiro de obras. Economia forte é isso aí. Os alemães sempre fizeram bem sua lição de casa.





 



 



 



 



 



 



 


terça-feira, 28 de junho de 2016

O GRANDE EQUÍVOCO DE QUERER SER CIDADE GRANDE


Esses colonões parrudos que derrotaram a orgulhosa Inglaterra são da Islândia, um país gelado, de só 300 mil habitantes. Terminado o jogo foram beijar suas esposas e brincar com seus filhos no gramado. Nada de parecerem marrentos: homens simples, afamiliados, cuidando de seus filhos. Que quadro lindo.
Corta para a  cidade de Santa Maria, vindo de São Pedro.
Às margens da 287 precários abrigos são pequenos para tanta gente amontoada esperando  o ônibus. Gente encolhida esperando para ir trabalhar enquanto a chuva guasqueia.
De ambos os lados casebres que vão sendo desapropriados para ao alargamento da via.
Atravessar todo esse trecho leva mais tempo do que se possa imaginar.
Não há a mínima dignidade, ao que vejo, para o transporte de pessoas que não tem carro.
E assim é nas nossas cidades médias. Bagunça urbana geral.
Em Santiago construíram um Forum novo longe da cidade. Tudo lindo, mas e o transporte dos desvalidos até lá?
Em Santa Cruz, minha terra natal, o Forum Trabalhista é longe e de difícil acesso aos pobres.
Hoje fui levar um violino para minha neta Clara em S. Leopoldo.A casa fica perto do Colégio Sinodal: quase todas  hiper gradeadas. Sem carro, no way!
Até hoje não entendo a razão de o ser humano gostar de se amontoar.
As cidades grandes estão inviáveis para quase tudo. É gente demais, lixo demais, e se vê claramente a fadiga dos metais. Se é que me entendem.

sábado, 25 de junho de 2016

WOTHAN E O PADRE REUS ESTÃO OUVINDO MINHAS PRECES. COMEÇOU UMA CHUVINHA NA UNISTALDA





Como vocês sabem, um dos meus santos preferidos chama-se Wothan ( ou Ôdin). Ele é o cara. Chefe das Walküren ( as Walquírias, as lindas e peladas deusas que levam os soldados mortos em batalha para o Walhalla ( pronuncia-se Wal – hhhhalla e não valiala), no Walhalla não é como no Céu que vocês imaginam, ajoelhados  todos, só rezando. Não. No Walhalla é tudo  alegria, me entendem?
Outro santo é o Padre Reus ( pronuncia-se róis) se falar errado o nome dele, ele embrabece e é pior.
É que na Unistalda campeira estávamos um mês sem chuva.
Começou uma chuvinha.
Ate agora 18 mm o que é ouro puro. Ao menos dá para salvar por um tempo as pastagens

sexta-feira, 24 de junho de 2016

SEU ADÃO, O REI DAS OVELHAS





Seu Adão Fagundes é o bruxo das ovelhas, o mago da Expointer. Ele tem um " hotel" de borregas, borregos, ovelhas e carneiros, oriundos de todo o Brasil, de diversas raças:  Ideal, Corriedale, Ile de france etc.
Os criadores de ovinos que pretendem concorrer na Expointer, mas não querem montar uma estrutura pesada, recorrem ao seu Adão que tem um sítio em Santiago.
Seu Adão é temperamental, mas muito legal e cordial. Ele que escolhe os " candidatos" e leva para sua academia. Lá ele tem suas instalações. Trata os bichos pessoalmente, ensina-os a desfilar e caminhar, tira-lhes seus defeitos.
Na Expointer pode ser visto com seu boné, bombachas e alpargatas na área dos ovinos.
Nós da Pecuária Gessinger decidimos confiar nossos candidatos a campeões aos cuidados do seu Adão.  Os demais são cuidados por nós  nas nossas pastagens, mas não vão à Expointer.
Nas fotos , seu Adão com  nossa borrega e um borrego.
Vamos ver se um ou os dois conseguem subir ao pódio, como vários que a Gessinger já conquistou.
Na parte dos ovinos quem comanda a batuta é dona Maristela. É dela a idéia de terceirizar essa parte da Expointer. É claro que com exemplares criados em nossa Cabanha. Sim, e temos um veterinário que é o responsável técnico. Mas nosso Tite é seu Adão.

quinta-feira, 23 de junho de 2016

RECORRENDO AS PASTAGENS

O inverno está muito rigoroso e os campos nativos sofreram muito. Para o  gado não sofrer, é importante se ter boas áreas de aveia e azevém no inverno.
Além das pastagens que tenho nas minhas propriedades, no ano passado arrendei umas áreas, por quatro meses no inverno desse ano, do dr. Marcelo Machado, cuja propriedade dista 30 kms. Levei umas 200 cabeças de caminhão para lá. Marcelo implantou as pastagens, adubou bem o solo e eu lhe repassei o pagamento em gado que ele engordou e já vendeu.
Ficou bom para mim, ficou bom para ele e ficou ótimo para os animais.





quarta-feira, 22 de junho de 2016

É O PROGRESSO....., OS CAVALOS PARA A LIDA O DIA SÃO RECULUTADOS DE MOTO







Aqui na estância, não bastasse  a peonada ter face book, celular com watts app, agora buscam os cavalos de moto. 
Tá bem....É o mundo passando para a mão dos jovens.

segunda-feira, 20 de junho de 2016

AINDA SOBRE A MORTE DOS MEUS AMIGOS -COM LICENÇA, OBRIGADO E DESCULPE

DR. HERMES DUTRA


Tenho seis netos. O mais velho tem dez anos e o mais novo 18 meses. São as coisas mais lindas e reconfortantes que tenho. Mas não abro mão. Quando dizem: Vô, me dá isso ou aquilo, dou logo, só antes lembro “e cadê o por favor”?

Tens razão Ruy, esses amigos morreram a muito tempo. Mas o que é pior, na minha opinião é que está se consolidando uma posição, principalmente entre os mais jovens, de um vale tudo, além da falta de respeito. Ninguém mais se acha na obrigação de ser cortês, dar preferência a outrem. Esses dias dei carona para uma colega, trintona, e lá pelas tantas diminui a velocidade para um ônibus entrar na nossa pista. Ele me disse: porque fazes isso, esses motoristas de ônibus são tudo mal educados e não dão colher de chá para ninguém. Respondi-lhe que não fazia pelo motorista, mas sim pelos 50 e tantos passageiros que provavelmente ele conduzia. E infelizmente a maioria pensa como ela.

 

Creio que o fulcro da questão está na nossa indiferença. Aceitamos demais as coisas e o resultado é esse. Esses dias conversava com um querido amigo e lá pelas tantas disse-lhe que eu achava que nossa geração tinha fracassado (vou fazer 69 anos). Ele me olhou com certa estranheza, mas ao fim e ao cabo concordou comigo. Podemos, individualmente, ter mais ou menos(ou nenhuma) culpa nesse fracasso, mas que fracassamos, fracassamos. Olhe o país que estamos entregando para nossos netos. Nós aceitamos demais as coisas que fazem errado. Ainda hoje, ouvi que um juiz mandou que grevistas saíssem da porta de um depósito de lixo, que impedia que os caminhões saíssem com esse produto para lhes dar destino final. Fiquei pensando: Ora, para um juiz ordenar, alguém certamente, através de advogado entrou com uma ação para solicitar isso. Mas é o fim. Um problema de saneamento e não agimos imediatamente. E achamos normal. A policia tinha que ir lá, de oficio, expulsar essa gente e ainda levar para a policia civil para o necessário inquérito e enquadramento. Invadem escolas (até o governador hoje no Rádio disse que era ocupação) e fica por isso mesmo. E os pobres, como sempre, tomando ferro, pois jamais vão recuperar o que deixaram de aprender. Se indo as aulas já é difícil, imagine com essa ausência forçada de mais de trinta dias.

 

Minha esposa e eu durante todo o mês de abril, passamos no Japão. Era um sonho antigo e fizemos a viagem coincidir com o florescer das cerejeiras, o que tornou ainda mais linda nossa viagem. Ao visitarmos um parque em Tóquio, vimos milhares, sim milhares, de famílias fazendo piquenique. Abriam toalhas e/ou lençóis e ficavam ali a conversar e esperar o tempo passar. Não se via qualquer lixo no chão.  Procurei uma lixeira para colocar um pedaço e papel e não encontrei. Depois de duas horas andando pelo parque (não deu para conhece-lo por inteiro), na saída, vimos três trabalhadores ao lado de grandes toneis (imensos) a orientar onde colocar o lixo que cada um trazia ao fim do passeio. No outro dia perguntei a guia da excursão, como é que a gente não via cestos para recolhimento de lixo, ou eram muito raros, e não se via um único pedaço de papel nas ruas. Ela com a maior tranquilidade me disse: Aqui cada um é responsável pelo lixo que gera.

 

A questão então, caros confrades, é uma só: EDUCAÇÃO. Enquanto não educarmos nossas crianças de forma adequada, fazendo-as ver que não se deve fazer o mal, e que se fizeram sofrerão punição, estaremos formando esses que você narrou.

Enquanto nossos adultos (eu incluído) continuarem omissos,  para não se incomodar, aceitando um monte de erro do nosso próximo, as coisas  continuarão como estão, com tendência a piorar. Enquanto nossas leis, nossoa magistrados e muitos de nós, acharem que alguém que rouba ou tem maconha só para consumo não deve ser preso, vamos continuar piorando.

 

Católico praticante que sou, as vezes me pergunto em oração: Mas meu Deus, não temos saída, será esse o futuro? O que fazer ? Será que não fostes severo demais com nós brasileiros ? E parece que ouço a resposta: Dei-lhes tudo que poderia dar a um homem e uma mulher para serem felizes. Só Não posso interferir no direito que vocês têm de decidir sobre o que é bom ou o que é ruim.

 

É isso. Mas tenhamos fé.

 

Hermes
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DR. LUIZ AUGIUSTO BECK






 
Para mim, a quebra das relações e de um convívio social respeitoso, harmônico, urbano e civilizado já se decretou há muito tempo, sob os olhares atônitos, perplexos e impotentes do Poder Público e das Instituições que viram e deixaram o “crime organizado” e o tráfico crescerem, sem reunirem forças, condições e recursos para os enfrentar.
Os presídios não recuperam ninguém e as escolas não mais cumprem seu papel. O caos instaurou-se para ficar.
A pobreza ramificou-se assustadoramente, morros e vilas estão infestados de “moradias” e habitações sem dignidade. A dívida social é imensa. Já, nas cidades, ao menos em nossa mui querida e valorosa Porto Alegre, os indigentes e moradores de rua aumentam assustadoramente.
Hoje, você sair com sua esposa, companheira ou namorada para jantar em um dos bons restaurantes que ainda não fecharam é uma aventura, um risco e um ato de coragem. Resta-nos a tal de “tele entrega”, quando queremos dar um alívio para a patroa, na torcida de que o motoboy seja um trabalhador decente e do bem.
Enquanto isso, a corrupção campeia solta em vários setores e segmentos da política e da vida pública; classes, categorias, entidades e poderes constituídos fazem greve, reivindicando aumentos e reajustes de um governo acuado, que atrasa e parcela salários até de R$ 1.500,00, devendo cerca de 10 bilhões em precatórios e com uma dívida para com a União em torno de 50 bilhões.
Já quebrou, Ruy. Quem quiser se iludir e se enganar que o faça. Saudemos o otimismo. Como teu amigo de adolescência, conterrâneo, louvo e te parabenizo pelo “modus vivendi” que escolheste, buscando, predominantemente, a natureza, o pampa, o verde, a vida saudável no campo junto aos animais e às pessoas simples, da vida e da lida campeira, do trabalho árduo, que vivem dignamente, ainda cultivando princípios e valores que nossos pais e mestres nos repassaram.
Presentemente, só nos resta rogar ao Supremo Arquiteto do Universo que não sejamos os eleitos pela bandidagem. Estamos indefesos e sob risco até mesmo nos condomínios de luxo.
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 LISSI BENDER
 
 
! Comungo contigo tua tristeza diante da falência do direito de manter janelas e portas abertas, do direito de caminhar despreocupadamente à noite, do direito à vida segura. Nem mais água limpa permitimos aos peixes, que se dirá da água que legaremos aos nossos filhos! Quando falo dessas cousas, sempre há quem diga conformado: “ é assim em todo mundo”. E eu me entristeço mais ainda porque conheci lugares em que as casas não são muradas, as janelas e portas não estão gradeadas, em que as ruas continuam sendo dos pedestres, mesmo de madrugada, e onde serpenteiam córregos conduzindo água límpida. Percebo alguma preocupação para legarmos um mundo melhor aos nossos filhos e netos, mas não percebo preocupação para legarmos filhos melhores ao planeta e ao convívio social.  Percebo que estamos mais criando filhos do que educando filhos. Tenho para mim que é essa crescente falta de compromisso dos pais para com a educação de seus rebentos e o filamento da educação formal, que decretam o falecimento dos "amigos" de que tu falas. Se não mais legarmos valores, não mais  ensinarmos consideração para como o outro, para o convívio atencioso com o meio ambiente e em sociedade, estaremos promovendo uma sociedade de lobos. E os lobos estão aí, mais e mais se proliferando em nosso país, e os ditos ‘direitos humanos’ os acolhem sob o manto da compaixão - basta verificar o tratamento dado aos parentes de  bandidos em detrimento ao das famílias das vítimas – Nesse sentido, um dito popular neerlandês adverte: “Misericórdia para com os lobos é injustiça para com as ovelhas”.  
Temo que esse substrato social em formatação, gerador de lobos, possa, até mesmo, silenciar os sinos.
 
 
 
 
 
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

UM REQUIEM DOLORIDO



Observo, contristado, impotente, o falecer de tanta coisa bonita. As saídas à noite, voltando a pé. Os restaurantes das conversas até madrugada sem medo de arrastão. As casas de praia  sem cercas nem muros.  As pequenas cidades: da rua,  das casas abertas, se podendo  ver as camas, os crucifixos, os rosários  pendentes. A liberdade de ir e vir está em concordata, agora incerta pelos bloqueios de vias por inconformados com o contrato social, já que revogaram o pacto de nossas inconformidades serem solvidas pelo Estado, que se encontra em pleno processo de falência.

Até aí tudo  claro. Só agora nos demos  conta de  que, ao fim ao cabo, aquele arroio de onde bebíamos água com a concha das mãos, é uma mentira  que nossos filhos e netos levam como mero  folclore, pois não passa o tal regato de um tubulão de esgoto.

O mais grave, a mim ao menos parece, é o falecimento de  alguns grandes amigos de infância e que povoaram o lar onde fui criado: os amigos” muito obrigado”, “ desculpe” e “ com licença”.

Pedem-me uma opinião urgente sobre um problema: respondo por mail após ingente pesquisa. Mataram no caminho  o meu amigo “ obrigado” . Nenhum agradecimento.

Estou em plena palestra com alunos e sou interrompido por um circunstante sem mais aquela. Nos programas de rádio e TV as pessoas se  aparteiam aos gritos e com um virulência espantosa. Mataram o “ com licença” .

Triste com tudo isso, decido afogar minhas mágoas com um vinhote num atardecer de sábado. No estacionamento de um supermercado , conquanto tenha idade para estacionar na ala dos “ idosos”, vejo que musculosos jovens e guapas garotas ocupam o lugar. Admito, comiserado, que devem estar em estado de necessidade.Quem sabe se seus bebês não estão  com falta da papinha em vidros. Vaidoso que sou, nem por decreto  estaciono na ala dos velhinhos.

Como eu só queria uma garrafa de vinho e um pedaço de queijo, dirijo-me  à caixa de poucos volumes. Encontro um  bi-trem na minha frente.

Mataram o “ desculpe”.

Chamo um uber para me levar às exéquias destes meus três amigos de infância. Sou barrado neste país de pseudo livre iniciativa por agentes da lei.

Dobrem os sinos nesse requiem dolorido.

sábado, 18 de junho de 2016

AINDA O ' CARPE DIEM' - MAILS MARAVILHOSOS


DES, GUINTHER SPODE

"Carpe diem, quam minimum credula postero", como escreveu Horácio, poeta da Roma antiga, antes de Cristo, em sua obra literária "Odes".

"Aproveite o dia de hoje e confia o mínimo possível no amanhã".

Não penso assim.

Claro que temos de aproveitar o presente e vivê-lo intensamente, mas também temos de confiar e acreditar no futuro.

Talvez esta tenha sido uma das inúmeras mensagens que Jesus nos deixou.

Um bom e abençoado fim de semana a todos.

Abraços.

Guinther

LISSI BENDER - DOUTORA PELA UNIVESIDADE DE TüBINGEN
 
Afirma a sabedoria popular – die Volksweisheit – , dass das Leben ein Fluss ist, dass man nie zweimal in dasselbe Wasser taucht - que a vida é um rio, que nunca se mergulha duas vezes numa mesma água - .  As pessoas mudam, os lugares mudam. Restaurantes mudam as cadeiras, o cozinheiro, o garçon ou fecham. Mas há lugares aos quais nunca deixamos de sentir o desejo de retornar e, de tanto os revivermos, revisitarmos, de tanto reencontrarmos as flores que a cada estação são outras, passam a fazer parte de nós, tornam-se nossa andere Heimat.  

 Em lugares de trabalho, na maioria das vezes, a relação é profissional e quando esta se rompe, esvai-se o tênue fio que a nutria. Já as amizades dependem, em muito, dos laços que as unem. Quando estes se desfazem, amigos se voltam para outros amigos e não adianta querer reavivá-los quando apenas ficaram presentes na memória.

No entanto, há um elemento perenizador na vida:  tudo quanto vivenciamos com  a alma presente, tudo que toca profundamente a alma, permanecerá indelevelmente presente em nós. São laços de ternura perenes neste mundo em constante mudança. Estes, quando verdadeiros, não haverá o que os possa extinguir e, sempre que almas ligadas por laços de ternura se encontram, independente do tempo, vivenciarão o encanto que as une.
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DES. NERIO LETTI
 
 

 
Tem toda a razão o colega ilustre Des. aposentado Ruy Armando Gessinger, conhece a vida e seus meandros, sabe por experiência própria, pelo fato de ter passado e a vida lhe ensinado, os prazeres e os azares. Nada pior, por exemplo, a  um Juiz, que foi Juiz em certa Comarca distante, quando ele, era jovem. Vinte anos depois, voltar à Comarca. Não deve fazer isto. Que tristeza. Ainda mais para os lados do pampa do nosso RGS. A cidade decaiu, não progrediu, pelo contrário regredidu. Os amgos se foram. O trem não existe mais. A Estação Ferroviária está abandonada, cheia de capoeira alta, o frigorífico, está fechado e não abatem mais bois, nem enlatam, na entre-safra a famosa hervilha Coração de Manteiga e no brazão da cidade campeira, consta o dístico, " capital da hervilha"...Veja só. Tudo sumiu na voragem do tempo e no torvelinho econômico.
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Entrementes, voltando ao inicio, não é nada bom voltar às antigas cidades onde moramos. Dá uma tristeza. Imaginem visitar Cacequi, sem o trem, sem a ferrovia, sem os ferroviários, sem a sopa do meio-dia e o carreteiro, e a chegada e a saida dos trens da VFRGS - fervilhando de cargas, de pessoas, de dinheiro. Era uma lindeza. Hoje, é uma tristeza. Não há mais o apito do trem.
 
 
Nesta dialética que estamos vivendo, e como dizia o José Paulo Bisol, gênio, da minha geração  - o magistrado, o filósofo, o poeta, o músico, o escritor, o radialista que foi bom no rádio e na TV, no programa, da manhã,   -    " Bom dia mano "  -    com a Balala Campos, no TV Mulher - o Bisol era bom em tudo, inclusive jogou muito bem futebol, como centro-avante   ( se chamava center-forward)  - dos juvenís do Juventude, de  sua terra natal, Caxias do Sul, nos tempos de quem sustentava o Juventude era o famoso Alfredinho Jaconi - e daí o nome do estádio do Juventude Alfredo Jaconi  -  Este Aflredinho Jaconi é uma lenda em Caxias do Sul. Tinha um motociclo e arrecadava a turma jovens para jogar nos "filhotes" do Juventude, no campo atual, que era a séde campestre do refinado Clube Social Juventude da elite caxiense, Um luxo, no centro da cidade até hoje. Cuidava da copa. Lavava as camisetas e o uniforme, treinava o time, fazia de tudo, nos anos 40-50  - antes do profissionalismo e dos empresários do futebol -  e era empregado nos grandes silos de cevada, ainda existentes, da Cervejaria Continental, cerveja que marcou época.  Um dia, foi tragado pela cevada, milhares de toneladas, e morreu sufocado no meio dos grãos da cevada que era succionada pelo tubo para ir para a produção da gostosa cerveja. Tragédia que comoveu Caxias do Sul.
 
 
 Pois bem,  o Bisol,    hoje, , recluso,no condominio do centro de Osório, se meteu ou o meteram na Politica, foi Senador, Candidato a Vice-Presidente com Lulla e renunciou, o grande Bisol, hoje, reside, perto da Lagoa do Marcelino, onde tinha a estação ferroviária do trem que ligava Osório a Palmares do Sul, nos caminhos do litoral para ir até Torres, pelas Lagoas, na próspera navegaçáo fluvia, de então.
 
Diante disso tudo, Bisol, diria, como sempre dizia dos empréstimos da Caixa Econômica Estadual e que eram a tortura dos Juizes, que viviam dependurados, nos famosos "papagaios"  ( empréstmos)  e das demoras da Justiça, recursos e mais recursos.   -   "Vivemos no torvelinho e na circularidade dialética dos recursos e dos "papagaios"" .
 
Portanto, juntando o dito de Ruy Gessinger  -  " Aproveitem o dia" e  "façam a hora"  com o dizer de Bisol, sobre a dificuldade financeira dos Juizes e a lerdeza da Justiça -  vamos elevar  um hino de fé e de esperança em nosso Brasil, gigante que dorme em berço esplêndido,  e não devemos nos abater, de forma alguma e enfrentar as dificuldades com serenidade e naturalidade, pois, para tudo na vida, há uma solução. Nem que venha do céu e do Espirito Santo. Como  uma língua de fogo,sobre nossas cabeças. E que num milagre transformou os apóstolos de homens rudes e sem estudo, em sábios, filósofos e pregadores.
 
Por isso proclamamos a um só tempo  _  " Carpe Diem"  -    Aproveitem o dia de sol, sem vento,  pois a neblina baixa, deste sábado, que encobre P. Alegre,  quando subir vem o sol que racha.
 
Nério "dos Mondadori" Letti.
 
 

 
 

TUDO MUDA E É COMPLICADO VOLTAR AO PASSADO

Cada um com seus aprendizados.
Eu aprendi que não devo, em viagens distantes, a  lugares de que gostei muito, retornar mais tarde.
Aquilo que nos encantou parece que ficou esmaecido, o garçon que atendia naquele bistrô  não mais lá está, essas  coisas.
Me lembro de um lugar onde trabalhei por um ano. Gostei muito. Ao sair,vários amigos me abraçaram e  proclamaram:
- volta aqui  sempre que quiseres, vai ser aquela festa.
Deixei passar uns três anos e um belo dia acordei e decidi.
- vou pra lá de surpresa.
Lá chegando fui ao meu ex local de trabalho.
- oi... o que está fazendo por aqui? E logo seguiam o que estavam fazendo.
E assim foi em outros dois locais.
Enfiei a viola no saco e retornei. Sem ressentimento, mas rindo da minha inocência.
O mesmo acontece com os queridos amigos de trinta anos atrás que nunca mais vimos.
No momento do encontro são aqueles relinchos e abraços. E a conversa continua a partir do momento em que parou, há trinta anos. Cinco minutos depois, terminadas as relembranças, o silêncio impera e as duas mentes elocubrando:
- mas bah, como envelheceu esse cara.
Por isso que os antigos, há milênios, advertiam:
- Carpe diem!

quarta-feira, 15 de junho de 2016

ZERO HORA PUBLICA ARTIGO MEU

15 de junho de 2016 | N° 18556

ARTIGOS

OS CULPADOS SÃO SEMPRE OS OUTROS?, por RUY GESSINGER*

Muitos que jamais chegaram nem perto do que, antes de nós, filósofos escreveram, intuitivamente “redescobrem” a pólvora e a roda. E exaltam como sua a boa nova, sob aplausos frenéticos de legiões embevecidas. A cada geração, desenterram-se novidades e paradigmas.

As ciências exatas não sofrem tanto, pois poucos hão de bradar pela volta da régua de cálculo. Isso em termos, pois a medicina clássica e científica sofre com os escancarados “consultórios” de operações de esôfago ditas “espaciais”.

Chego a pensar que a História não exerce papel relevante.

Mas aonde quero chegar é o seguinte: cheguei a ponderar que “somos todos” culpados por essa comédia bufa que se encena em todos os palcos políticos, inclusive em alguns tribunais e foros. Nós escolhemos, recrutamos, elegemos aqueles que se parecem conosco. Sim, nós é que escolhemos os que adoram burlar os cofres públicos.

Pior é nalgumas cidades em que o prefeito gasta os tubos com shows, diárias, saturnálias. E ainda há quem apoie isso. Acorda, povo! Culpado maior do que o detonador de caixas de banco (quando o dinheiro é particular) é o que desvia dinheiro público, proveniente de tributos. Não se iluda tia, vovô: o senhor, a senhora, quando compra um refri ou um pão, está pagando imposto.

“Somos todos” contra “isso que está aí”, mas “todos somos” candidatos a um carguinho em comissão. Ou a uma dispensazinha sacana de licitação... Ou a um concurso público de cartas marcadas.

Ou ao uso da máquina pública para fins eleitoreiros.

Será que é assim mesmo?

É, mas vou aceitar o dinheirinho porque preciso.

Então, talvez seja melhor prostituir-se, que daí rende o ano inteiro.

É hora de dizer um basta para alguns costumes arraigados e culturais apodrecidos.

Calados e inertes, seremos todos culpados.

Ou não?

Advogado e produtor rural*

terça-feira, 14 de junho de 2016

MINHAS MÚSICAS - MAIL DE UM LEITOR DISTANTE


Antes de publicar o mail, gostaria de dizer aos amigos que fiquem à vontade para baixar as obras ou as colocar em CDs, o importante é difundir o que se fez com tanto amor.

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Mail recebido:


Boa noite, Dr. Ruy. 

Especial o compartilhamento da sua obra, confesso que à época, talvez por ser o último ano 

de graduação, não lembrava do lançamento do CD.

Fiz um exercício de escuta e tentei "acertar" o nome dos intérpretes, enquanto estudando 

'controle de constitucionalidade' (foto).

Se não fosse exceder no pedido, vale uma foto da contracapa, com o nome dos temas,

exemplo o excelente chamamé "cavalo de patrão", que tive de 'apelidar' assim, já que  

desconheço o nome real do tema. 

Nessa primeira audição, lembrei algumas sentenças de Glênio Fagundes:

"O que mata a sede é a água e não o copo" 

"O difícil é fazer o simples"

"O que é bom já nasce com ponta"

"Bom na gaveta não adianta nada" 

Um abraço missioneiro desde Santa Rosa, 

De seu leitor, 

Rafael Saratt Pereverzieff

domingo, 12 de junho de 2016

NO DIA DOS NAMORADOS, UM BEIJO DE GRATIDÃO ETERNA AOS MEUS VIOLINOS

:
Quando vim de Santa Cruz para estudar na UFRGS em P. Alegre, fui morar na Tomás Flores, no Bom Fim, na Casa do Estudante de Santa Cruz. Éramos em quatro num só quarto. Havia uns 40 na casa. Só dois banheiros e uma geladeira velha.
O Direito na UFRGS era por ano, não por semestre nem por matéria. Cada ano tinha uma sala e a turma ia ficando junta até a formatura.
Daí as amizades que duram até hoje.
Meu problema  inicial de arrumar namorada era a falta de dinheiro, não tinha um Fuca, nem Gordini nem Dauphine. Só os muito ricos tinham carro.
Mas eu tinha um trunfo demolidor.
Meu violino, que minha mãe comprou para mim no Bazar Rech, tomando o dinheiro a força do meu pai. Era um Gianini que tenho até hoje e que faz companhia a outros seis, um dos quais um Yamaha eletrônico, os outros são alemães.
Quando alguma colega fazia uma festinha na garage da casa de seus pais eu levava meu violino e ficava na minha. Deixava os riquinhos assediarem as meninas e ficava nos salgadinhos e nos gin fiz.
Até que uma se aprochegava e perguntava:
- isso é um estojo de violino? Posso olhar?
- olhar pode, pegar não.
- Nossa, só quatro cordas.. sem marcação das notas como o violão..
- sim, o violino é afinado em sol, re, la e mi. Intervalo de quinta.
- Toca uma música pra mim?
- não dá, tem muito barulho. Só bem no fim da festa. Isso se tu ficares comigo aqui.
- só se tu prometer tocar " tender is the night",
- Sim, e todas as francesas e italianas que quiseres.
- bah, quero o " volare".
- só se me deres um beijinho...
Pronto!


sábado, 11 de junho de 2016

SOMOS TODOS ? MAIL DO COMUNICADOR DOROTEO FAGUNDES


 
Muito bem Ruy é isso mesmo, e os piores dessa Opera, se é que existem piores, são os “financiadores de campanha”, que em verdade são investidores na roleta programada.

 

Porém, de nós sermos os culpados por eleger gente tão desqualificada, que em tese são o espelho social, discordo, pois os que ai estão se candidatando há décadas e por conta própria, são os mesmos e eu não os escolhi candidatos a nada.
Eis a questão! 
Vivemos a ditadura dos partidos que tem seus donos,  e nos empurram em nome da democracia, só almas viciadas aos postos que deveria ser eleitos, monges, filósofos, gentes comprometidos com as gentes, com o Estado, pessoas desprendidas do vil metal.
Está na hora do STE impor uma regra aos partidos exercerem a democracia direta, tipo eleições para presidente nos EUA ou seja, quem decide quem vai concorrer é a maioria partidária e não a mesa diretora manipulando as regras.

Uma cidade aqui da volta, convocou uma reunião para escolha de seus candidatos à prefeitura e a câmara as próximas eleições, publicando a convocação no jornal da cidade dia 22 de dezembro para  reunião no dia 25, no dia de Natal? Não precisar ser gênio para entender que só meia dúzia foram decidir “democraticamente” os rumos partidários! Está aí o golpe, quanto menor o quórum, mais fácil a manipulação. 

Nisso reside a fragilidade desse sistema dito democrático, são partidos de fachada, o Tribunal Eleitoral acredita que empenhando todo seu talento ao controle das eleições em geral no seu último estágio, está garantindo a qüerada. 

Ledo engano, devia sim o TRE efetuar um criterioso controle nas bases ou seja, partido credenciado, é aquele que realmente a maioria de seus filiados, participam das decisões, do contrário é falácia, logo quem se filia a um partido teria que ter a obrigação cívica de comparecer ás reuniões convocadas, para garantir que os candidatos a candidato, fossem democraticamente escolhidos por maioria filiada, assim se romperia o compadrio, as dinastias, e a sociedade poderia ser responsabilizada pelos seus representantes. 

Antes disso acontecer, vai continuar sendo esse quadro, gente torta nos lugares retos ou gentes erradas nos lugares certos! 

Lembro-me bem, em  todos que votei até hoje, ninguém me perguntou se os queria ver candidato? Daí sempre escolhi o menos pior! 

Eis a revolução (terminar com nominatas impostas, antidemocráticas) precisamos fazer neste país, que todo cidadão tenha o direito facultativo de votar, porém  ter a obrigação cívica de indicar os candidatos à eleição, daí sim teremos no poder  o espelho da sociedade, antes disso é injusto culpar o povo.
Da forma vigente eu, tu e a sociedade não temos culpa pelo o que está ai, que sem a radical mudança de costume, se manterá até o fim do mundo!  

Forte Abraço!

Dorotéo

sexta-feira, 10 de junho de 2016

SOMOS TODOS... SOMOS TODOS PAPAGAIOS REPETIDORES DE FALAS E FALÁCIAS? Somos todos culpados ou não?


O “ somos todos”me parece de má inspiração, assim como os anúncios em rs. 2,99,  rs. 39.999,00, ou o uso doentio do “ com certeza”.

 “Somos todos ” analistas, juristas, médicos, engenheiros, nutricionistas.

Muitos que jamais chegaram nem perto do que , antes de nós,  filósofos escreveram, intuitivamente “ redescobrem” a pólvora e a roda. E exaltam como  sua a boa nova, sob aplausos frenéticos de legiões embevecidas. A cada geração se desenterram novidades e paradigmas.

As ciências exatas não sofrem tanto, pois poucos hão de bradar pela volta da régua de cálculo. Isso em termos, pois a Medicina clássica e científica, sofre com os escancarados “ consultórios” de operações de esôfago   ditas “espaciais”.

Mas onde quero chegar é ao seguinte: cheguei a pensar  que  “somos todos” culpados por essa  comédia bufa que se encena em todos os palcos políticos, inclusive em alguns tribunais e foros. A final, guanxuma não dá rosas. Nós escolhemos, recrutamos, elegemos aqueles que se parecem conosco. Sim, nós é que escolhemos os que adoram roubar.
Pior é nalgumas cidades em que o Prefeito gasta os tubos com shows, diárias, saturnálias. E ainda há quem apoie isso. Acorda povo!  maior ladrão que o que detona caixas de banco ( quando o dinheiro é particular) é o que desvia dinheiro público, que é dinheiro de impostos. Não se iluda tia, vovô: o senhor , a senhora quando compra um refri ou um pão, está pagando imposto.

“ Somos todos” contra " isso que está aí", mas “ todos somos” candidatos a um carguinho em comissão. Ou a uma dispensazinha sacana de licitação....Ou a um concurso público de cartas marcadas.
Ou ao uso do maquina pública para fins eleitoreiros.
Será que é assim mesmo?
É, mas vou aceitar o dinheirinho porque preciso.
Então talvez seja melhor se prostituir que daí rende o ano inteiro.
É hora de dizer um basta para alguns costumes arraigados e culturais apodrecidos.
Chega!