sábado, 18 de junho de 2016

AINDA O ' CARPE DIEM' - MAILS MARAVILHOSOS


DES, GUINTHER SPODE

"Carpe diem, quam minimum credula postero", como escreveu Horácio, poeta da Roma antiga, antes de Cristo, em sua obra literária "Odes".

"Aproveite o dia de hoje e confia o mínimo possível no amanhã".

Não penso assim.

Claro que temos de aproveitar o presente e vivê-lo intensamente, mas também temos de confiar e acreditar no futuro.

Talvez esta tenha sido uma das inúmeras mensagens que Jesus nos deixou.

Um bom e abençoado fim de semana a todos.

Abraços.

Guinther

LISSI BENDER - DOUTORA PELA UNIVESIDADE DE TüBINGEN
 
Afirma a sabedoria popular – die Volksweisheit – , dass das Leben ein Fluss ist, dass man nie zweimal in dasselbe Wasser taucht - que a vida é um rio, que nunca se mergulha duas vezes numa mesma água - .  As pessoas mudam, os lugares mudam. Restaurantes mudam as cadeiras, o cozinheiro, o garçon ou fecham. Mas há lugares aos quais nunca deixamos de sentir o desejo de retornar e, de tanto os revivermos, revisitarmos, de tanto reencontrarmos as flores que a cada estação são outras, passam a fazer parte de nós, tornam-se nossa andere Heimat.  

 Em lugares de trabalho, na maioria das vezes, a relação é profissional e quando esta se rompe, esvai-se o tênue fio que a nutria. Já as amizades dependem, em muito, dos laços que as unem. Quando estes se desfazem, amigos se voltam para outros amigos e não adianta querer reavivá-los quando apenas ficaram presentes na memória.

No entanto, há um elemento perenizador na vida:  tudo quanto vivenciamos com  a alma presente, tudo que toca profundamente a alma, permanecerá indelevelmente presente em nós. São laços de ternura perenes neste mundo em constante mudança. Estes, quando verdadeiros, não haverá o que os possa extinguir e, sempre que almas ligadas por laços de ternura se encontram, independente do tempo, vivenciarão o encanto que as une.
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DES. NERIO LETTI
 
 

 
Tem toda a razão o colega ilustre Des. aposentado Ruy Armando Gessinger, conhece a vida e seus meandros, sabe por experiência própria, pelo fato de ter passado e a vida lhe ensinado, os prazeres e os azares. Nada pior, por exemplo, a  um Juiz, que foi Juiz em certa Comarca distante, quando ele, era jovem. Vinte anos depois, voltar à Comarca. Não deve fazer isto. Que tristeza. Ainda mais para os lados do pampa do nosso RGS. A cidade decaiu, não progrediu, pelo contrário regredidu. Os amgos se foram. O trem não existe mais. A Estação Ferroviária está abandonada, cheia de capoeira alta, o frigorífico, está fechado e não abatem mais bois, nem enlatam, na entre-safra a famosa hervilha Coração de Manteiga e no brazão da cidade campeira, consta o dístico, " capital da hervilha"...Veja só. Tudo sumiu na voragem do tempo e no torvelinho econômico.
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Entrementes, voltando ao inicio, não é nada bom voltar às antigas cidades onde moramos. Dá uma tristeza. Imaginem visitar Cacequi, sem o trem, sem a ferrovia, sem os ferroviários, sem a sopa do meio-dia e o carreteiro, e a chegada e a saida dos trens da VFRGS - fervilhando de cargas, de pessoas, de dinheiro. Era uma lindeza. Hoje, é uma tristeza. Não há mais o apito do trem.
 
 
Nesta dialética que estamos vivendo, e como dizia o José Paulo Bisol, gênio, da minha geração  - o magistrado, o filósofo, o poeta, o músico, o escritor, o radialista que foi bom no rádio e na TV, no programa, da manhã,   -    " Bom dia mano "  -    com a Balala Campos, no TV Mulher - o Bisol era bom em tudo, inclusive jogou muito bem futebol, como centro-avante   ( se chamava center-forward)  - dos juvenís do Juventude, de  sua terra natal, Caxias do Sul, nos tempos de quem sustentava o Juventude era o famoso Alfredinho Jaconi - e daí o nome do estádio do Juventude Alfredo Jaconi  -  Este Aflredinho Jaconi é uma lenda em Caxias do Sul. Tinha um motociclo e arrecadava a turma jovens para jogar nos "filhotes" do Juventude, no campo atual, que era a séde campestre do refinado Clube Social Juventude da elite caxiense, Um luxo, no centro da cidade até hoje. Cuidava da copa. Lavava as camisetas e o uniforme, treinava o time, fazia de tudo, nos anos 40-50  - antes do profissionalismo e dos empresários do futebol -  e era empregado nos grandes silos de cevada, ainda existentes, da Cervejaria Continental, cerveja que marcou época.  Um dia, foi tragado pela cevada, milhares de toneladas, e morreu sufocado no meio dos grãos da cevada que era succionada pelo tubo para ir para a produção da gostosa cerveja. Tragédia que comoveu Caxias do Sul.
 
 
 Pois bem,  o Bisol,    hoje, , recluso,no condominio do centro de Osório, se meteu ou o meteram na Politica, foi Senador, Candidato a Vice-Presidente com Lulla e renunciou, o grande Bisol, hoje, reside, perto da Lagoa do Marcelino, onde tinha a estação ferroviária do trem que ligava Osório a Palmares do Sul, nos caminhos do litoral para ir até Torres, pelas Lagoas, na próspera navegaçáo fluvia, de então.
 
Diante disso tudo, Bisol, diria, como sempre dizia dos empréstimos da Caixa Econômica Estadual e que eram a tortura dos Juizes, que viviam dependurados, nos famosos "papagaios"  ( empréstmos)  e das demoras da Justiça, recursos e mais recursos.   -   "Vivemos no torvelinho e na circularidade dialética dos recursos e dos "papagaios"" .
 
Portanto, juntando o dito de Ruy Gessinger  -  " Aproveitem o dia" e  "façam a hora"  com o dizer de Bisol, sobre a dificuldade financeira dos Juizes e a lerdeza da Justiça -  vamos elevar  um hino de fé e de esperança em nosso Brasil, gigante que dorme em berço esplêndido,  e não devemos nos abater, de forma alguma e enfrentar as dificuldades com serenidade e naturalidade, pois, para tudo na vida, há uma solução. Nem que venha do céu e do Espirito Santo. Como  uma língua de fogo,sobre nossas cabeças. E que num milagre transformou os apóstolos de homens rudes e sem estudo, em sábios, filósofos e pregadores.
 
Por isso proclamamos a um só tempo  _  " Carpe Diem"  -    Aproveitem o dia de sol, sem vento,  pois a neblina baixa, deste sábado, que encobre P. Alegre,  quando subir vem o sol que racha.
 
Nério "dos Mondadori" Letti.