terça-feira, 28 de junho de 2016

O GRANDE EQUÍVOCO DE QUERER SER CIDADE GRANDE


Esses colonões parrudos que derrotaram a orgulhosa Inglaterra são da Islândia, um país gelado, de só 300 mil habitantes. Terminado o jogo foram beijar suas esposas e brincar com seus filhos no gramado. Nada de parecerem marrentos: homens simples, afamiliados, cuidando de seus filhos. Que quadro lindo.
Corta para a  cidade de Santa Maria, vindo de São Pedro.
Às margens da 287 precários abrigos são pequenos para tanta gente amontoada esperando  o ônibus. Gente encolhida esperando para ir trabalhar enquanto a chuva guasqueia.
De ambos os lados casebres que vão sendo desapropriados para ao alargamento da via.
Atravessar todo esse trecho leva mais tempo do que se possa imaginar.
Não há a mínima dignidade, ao que vejo, para o transporte de pessoas que não tem carro.
E assim é nas nossas cidades médias. Bagunça urbana geral.
Em Santiago construíram um Forum novo longe da cidade. Tudo lindo, mas e o transporte dos desvalidos até lá?
Em Santa Cruz, minha terra natal, o Forum Trabalhista é longe e de difícil acesso aos pobres.
Hoje fui levar um violino para minha neta Clara em S. Leopoldo.A casa fica perto do Colégio Sinodal: quase todas  hiper gradeadas. Sem carro, no way!
Até hoje não entendo a razão de o ser humano gostar de se amontoar.
As cidades grandes estão inviáveis para quase tudo. É gente demais, lixo demais, e se vê claramente a fadiga dos metais. Se é que me entendem.