domingo, 31 de julho de 2011

DESPUÉS TE EXPLICO !

 

Enquanto não volto de minha  pequena viagem a um país próximo, vou fornindo vocês com crônicas que publiquei há tempos e que em seguida organizarei para publicar num livro, que será o meu segundo de matéria não jurídica, pois nesta tenho  três obras publicadas.

O Nico Fagundes jura que o acontecido é verdadeiro.
Nico e mais uns parceiros esperavam um violeiro argentino no aeroporto, famoso por sua voracidade sexual.
O hermano desembarcou do avião no Salagado Filho  e já urrou:
- donde estan las putas, quiero ver las putas!
O Nico falou:
- calma, são oito da manhã, as putas só lá pelas quatro.

E o cara enchendo o saco, queria ver las putas.
Deixaram o garanhão no 8. andar do hotel, charlaram um pouco no quarto dele, desceram e o Nico se deu conta de que tinham esquecido uma coisa lá no apê do puro sangue sexual.

Chegaram na frente da porta, que estava entreaberta, o Nico a empurrou e viram o gringo pelado, sendo montado por um rapazola também peladito.
Ante o olhar de estupefação de Nico e de seus acompanhantes, o platino, sem parar o que estava fazendo ( estava de bruços), levantando um pouco a mão, disse:
- calmá-te ,después te explico.
Então tá.

sábado, 30 de julho de 2011

UN AMOR BRUJO ( um conto meu readaptado)

Pois dou a palavra ao Álvaro - chamêmo-lo assim, para que nos conte com suas próprias palavras.
- Tchê Ruy, eu estava quieto no meu canto, casado, uma filhinha, cuidando da minha fazendola.
Foi quando minha mãe, que morava em Porto Alegre, adoeceu e veio a falecer.
Eu era muito ligado à mamãe e chorei demais, sem parar, no velório. O enterro ia ser às quatro da tarde. Lá pelas três, estava sentado ao lado do caixão, chorando, quando minha mulher me cutucou:

- Álvaro!
Levantei a cabeça e vi um casal bem vestido. Ele de terno e gravata, um bonitão de seus quarenta anos e, vejam só, a Laurinha.

A Laurinha que fora minha namorada nos tempos de faculdade, lá em Pelotas.
Ela conhecera minha família. Tinha passado férias na fazenda, a gente tinha tomado banho pelado nas sangas e feito amor até em cima de pedras.
Nunca mais a tinha visto, pois me formei, ela continuou estudando, eu me mudei de cidade, conheci a Carmem, hoje minha mulher, e desmanchei o namoro com a Laurinha.
Foi custoso esquecer a Laurinha, que era meiga, fogosa, insaciável, louca na cama.

Carmen era calma, plácida, serena. Me atirei na administração dos negócios e fui esquecendo a Laurinha.
Agora aí estava a antiga namorada, de terninho, com seu marido. Ela de calças apertadíssimas deixando-me entrever côncavos e convexos.
Levantei-me. Laurinha viu meus olhos vermelhos e pulou no meu pescoço, me dando um abraço de corpo inteiro, chorando e me consolando.
Ela estava com seus longos cabelos encaracolados encobrindo toda a frente do meu rosto naquele abraço que compreendia pernas, ventres e peito. Seus mamilos me espetavam. Eu sentia a febre do seu baixo ventre.

E eu afogado, com olhos e nariz dentro dos cabelos dela, e, como um que está se afogando, senti voltar, como num filme, os amores que fazíamos lá na fazenda.
Aquele abraço quase indecente, na frente do caixão da minha mãe, na frente da minha mulher, na frente do marido dela.
E eu sentindo o calor daquela fêmea, o fogo daquela lágrima que ela deixou escorrer no meu pescoço. Instintivamente já ia iniciar os movimentos pélvicos, com roupa e tudo.
Até que senti alguém me tocando no ombro:

- Dr. Álvaro! Dr. Álvaro!
Desvencilhei-me da Laurinha. Era o marido dela, consternado, também com os olhos marejados, me dando a mão.

- meus pêsames, dr. Álvaro.
- Obrigado.

Laurinha ficou de braços com seu marido, chegou perto do caixão, fez o sinal da cruz e sentou-se numa cadeira. Séria, olhando para o chão.
Olhei-a de novo, Ruy.
Ela estava absolutamente elegante, com uma camisa de seda e um colar discreto de pérolas, que mais embelezavam seu pescoço esguio que tanto eu beijara e mordera.
Só um pouco antes de se retirar, levantou seus cílios quilométricos e me lançou um olhar, com seus olhos escuros.
Me olhou e saiu do velório de braços com seu marido.

E eu aí com a cabeça cheia de marimbondos.
Fiquei uns dias com papai, na cidade, quando tocou o telefone.

Era Laurinha perguntando pelo meu tata, queria saber como ele estava.
-olha Laurinha ele está no banho, me dá teu número que ele retorna.
- não precisa, mais tarde eu ligo.

Ruy, fiquei três horas ao lado do telefone e ele não tocou.
No outro dia, quando já arrumava minha mala, tocou o telefone.
Era ela.
-Laurinha, me dá teu número, eu preciso falar contigo.
-sobre?
-Laurinha, eu queria receber mais um daqueles abraços que me deste no velório.

Tchê Ruy, ela ficou muda do outro lado da linha. Passaram-se alguns segundos e ela disse:
- álvaro, eu estou bem casada, ta certo que não é uma Brastemp, mas não quero brincar com fogo.
-Laurinha, só quero mais um abraço e não incomodo mais.

-Tá Álvaro, vou pensar. Me dá teu celular. Qualquer coisa te ligo.
Voltei para a fazenda, Ruy,. Passava a cavalo pelos lugares onde tínhamos namorado e fui ficando cada vez mais inquiteto.
E a Carmem me indagando:
-Álvaro, está tudo bem contigo?
Eu desconversava – são as dívidas, Carmen, são aqueles “sem terra” nos ameaçando, é a soja que não vale nada por culpa do Lula.

Carmen, que tinha sido do PT ,já dava risada.
- agora tudo é o Lula. Sai dessa.

E nada de vir o telefonema.
Passado um mês inventei que tinha que ir numa palestra na Farsul, era um tal de Dr. Nestor Hein e um tal de Dr. Alfonsin que iam falar sobre as dívidas rurais e me mandei a Porto Alegre.

Passei na casa do meu pai e lhe perguntei se ele não tinha o número da Laurinha:
-Pois é, meu filho, ela ligou perguntando por ti, ela disse que tinha perdido teu número e então informei o da fazenda. O numero que ela deixou é este aqui.

Bah, Ruy, era um convencional.
Fiquei uma hora pensando, tomei coragem e liguei.

- trim, trim, trim
- alô, era voz de homem.
Puxa que azar.
Pensei rápido, não adianta eu desligar agora. Falei.
-quem é que fala?
- é o Otávio.
- por gentileza, a D. Laura está? Aqui é o Álvaro, eu conheci o sr. no velório da minha mãe, eu poderia falar com ela?
- pois não, ela está na empresa, anote aí o nº.
Pombas, que crime eu estava fazendo. A moça bem casada e eu louqueando. Já estava pensando em me separar.
Quando fazia amor com Carmen, fechava os olhos e pensava nela.
Mas, Ruy, não conseguia parar de pensar naquela mulher.
Decidi não ligar. Deixar tudo só nos sonhos.
Deletei seu numero.

Virei um zumbi dos meus projetos.
Passei a andar errante pelos campos.
Eu e meu segredo.
Eu e minha loucura
.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

UMA AVENTURA AMOROSA NAS ARCADAS



Como é quase certo que vocês não sabem, as Arcadas  é como se denomina a egrégia e veneranda Faculdade de Direito de São Paulo. É como a UFRGS daqui: a gente se empomba todo.
Tá.
Corriam os anos 70 e o colega e já famoso advogado Amadeu Weinmann me convida a assisitir um Curso de Penal lá nas Arcadas. Ele foi com sua esposa. Eu , sozinho.
Weinmann tinha libertado uma mocinha paulista que fora ver seu namorado em P. Alegre. Estavam os dois empernadinhos de madrugada quando o Dops veio atrás do rapaz e de socapa já levou presa também  a guria.  O pai dela acionou o Amadeu que a conseguiu soltar, explicando que ela não era " subversiva".

Pois bem. Estávamos no auditório esperando pelo início das palestras, quando chega uma jovem muito linda, era a cliente dele,que se atira no Weinmann, cumulando-o de beijos e abraços. Terminados os relinchos de parte a parte, o Amadeu disse, apontando para mim:
- este é meu amigo e colega lá do Rio Grande.
Não sei não, mas ela me olhou de um jeito esquisito, um dos olhos dela deu uma reviradinha e disse:
- posso me sennntar com 'ocês?
Ela sentou e cruzava e descruzava as pernocas.
Até que me cochichou ao ouvido:
- Ari, 'ocê conhece São Paulo?
Não bem, respondi-lhe e meu nome é Ruy.
A louca de súbito levantou-se, pegou-me pela mão e me arrastou para fora. 
Ela tinha um flamante Fusca 68, 1300 cilindradas.
Me levou num restaurante chamado Gigetto ou Gegetto.
Me obrigou a tomar aperitivo e depois vinho.
Terminamos de comer, ela pagou e me arrastou para dentro do Fuca e já foi me beijando e me passando a mão.
- Quau é u hotéu que ocê tá?
( Ufa, pensei, ainda bem que vai me largar no hotel).
Ela estacionou na frente, jogou a chave para o manobrista e gritou para o pessoal da recepção:
- troca pra de casal.
No elevador se atracou em mim e só deu tempo pra eu pedir:
- não me morde nem me arranha que eu não gosto.
Me falou o Amadeu que por anos , quando ele ia a São Paulo, ela falava:
- e aquele alemão, o Ari, que fim levou?

NEGÓCIOS NO VALE DOS SINOS - E-TAB E AIRWIRE SE ASSOCIAM




A e-tab – empresa sócia do Grupo Sinos – acaba de fechar um importante negócio: a compra de 49% da AirWire, de São Leopoldo. Neste mês, está acontecendo o período de transição da AirWire para a sede da e-tab, que está localizada na Av. Cel. Frederico Linck, 77, bairro Ideal, em Novo Hamburgo.
A AirWire foi fundada em 2004, no Parque Tecnológico de São Leopoldo – o Tecnosinos –, com objetivo de oferecer soluções em redes, telemetria e videomonitoramento. Entre seus principais clientes está a Petrobrás.
Conforme o Diretor Comercial da AirWire, Armando Koerig Gessinger, em 2006 a empresa encontrou seu caminho. “Desde a nossa fundação, nosso foco foi todo voltado para o mercado, para as vendas e para os resultados. Assim, acabamos não nos estruturando internamente como gostaríamos,” completa Gessinger.
Com vontade de melhorar sua gestão e projetar seu crescimento, a AirWire encontrou na e-tab as ferramentas de que necessitava. “Estamos muito felizes com essa sociedade e acredito que temos a mesma sinergia. A e-tab é uma empresa muito bem estruturada e que expandiu muito desde a sua fundação. Vamos caminhar juntos para conquistar novos mercados,” destaca o Diretor Comercial da AirWire.
A e-tab foi criada em 2003 para agilizar e organizar os serviços prestados por tabelionatos e registros. Em 2008, iniciou o processo de diversificação de seus negócios para o mercado corporativo, por meio de uma ousada estratégia de crescimento financeiro e diferenciação. Atualmente, a e-tab desenvolve serviços, tanto para as áreas notarial e registral, quanto para grandes corporações, oferecendo a mais alta tecnologia em melhoria de processos, capacitação profissional, gestão (financeira, de pessoas, recursos humanos, suporte, comunicação) e digitalização de documentos, locação de ativos e consultoria em gestão estratégica.
Segundo o diretor da e-tab, Marcelo Haeser, apesar de cada empresa ter o seu foco, elas têm a mesma sinergia. “Unimos a tecnologia e os sistemas de gestão integrados da e-tab com o know how da AirWire. Aproveitamos o capital intelectual, a criatividade e a vontade de fazer a diferença das duas empresas para criar uma sociedade,” explica Haeser.
O que muda para a e-tab?- Mais uma ação para reforçar as metas do planejamento estratégico;
- Aceleração da expansão física da empresa;
- As empresas terão identidades diferentes, mas políticas do Sistema Integrado de Gestão e disciplina de capital serão idênticas;
- As políticas de Gestão de Pessoas e Comunicação e Marketing respeitarão as características de cada negócio, mas seguem o mesmo modelo.
O que muda para a AirWire?- Foco no resultado do negócio;
- Agregar ferramentas de gestão;
- As empresas terão identidades diferentes, mas políticas do Sistema Integrado de Gestão e disciplina de capital são idênticas;
- Implantação de Sistema da Qualidade baseado em ISO;
- As políticas de Gestão de Pessoas e Comunicação e Marketing respeitarão as características de cada negócio, mas seguem o mesmo modelo.
Sobre a e-tab:A e-tab é uma empresa que, atualmente, conta com 70 colaboradores. O negócio da e-tab é oferecer soluções inovadoras e integradas nas áreas de tecnologia e gestão e tem como missão contribuir para o desenvolvimento dos clientes por meio de serviços, modelos de gestão e sistemas inovadores, seguros e socialmente responsáveis. Saiba mais sobre a e-tab Tecnologia e Gestão em www.e-tab.com.br.
Sobre a AirWire:A AirWire fornece soluções avançadas em redes e videomonitoramento, através da venda de produtos e serviços que vão desde o projeto até a manutenção continuada. Saiba mais sobre a AirWire em www.airwire.com.br.
( detalhe - Armando Koerig Gessinger, engenheiro, é meu filho)

quinta-feira, 28 de julho de 2011

CAUSOS MEUS DE FUNDOS DE CAMPO 1

 

A noite foi toda de temporal e vento. Amanhecera com sol.
Nas casas e galpões, nada de anormal, a não ser alguma folha de zinco solta.
Toca o celular: é Joca, caseiro de uma morada no fundo de campo, noticiando que vários cochos de sal tinham tombado ou se destelhado.
Chamei meu capataz, misto de campeiro, zootecnista, veterinário, alambrador, marceneiro, mecânico e outras coisas:
-tchê, pega o trator piqueteiro, atrela o reboque, carrega com umas ” taubas”, pregos, folhas de zinco, ferramentas, pão e carne e vamos rondar as invernadas.
Já na primeira divisamos, ao longe, folhas de zinco espalhadas, na outra o cocho virado. Entre uma e outra ia observando os animais que, ante o rumor do trator, corriam para o rodeio.
Por volta do meio dia chegamos a uma das minhas invernadas favoritas - a da Tapera.
É fácil reconhecer o lugar onde um dia já houve uma casa: sinamomos vetustos, alguns carcomidos, algum pé de limoeiro, um resto de cerca de pedra.
Pegamos alguns galhos secos , fazemos fogo e espetamos a carne. Vou até a sanga, lavo as mãos e o rosto. Tirei as botas, sentei-me numa pedra e coloquei os pés na água fria.
Quem teria morado aqui?
Não longe, um túmulo de campanha onde se lê o falecimento ocorrido em 1.900.
Seria um posteiro dos Garcia, ou dos Mattos, ancestros donos ?
Retiro-me um pouco da sanga e sento-me ao pé de um angico.Fecho os olhos e escuto o marulhar das águas e o gorjeio dos pássaros. Ouço, ao longe um tropel de cavalos e as esporas tinindo. Um, fala mais alto e dá ordem de desmontar. Conversam sobre batalhas e cerco ao inimigo. Abro os olhos espantado e nada mais escuto. Cerro-os novamente e logo ouço risadas de crianças se espadanando na água. Usam termos arcaicos, com sotaque quase português, falam que, quando crescerem, querem ser alferes; outros, que vão defender a República Riograndense.
Abro de novo os olhos e o rumor cessa.
O vento aperta um pouco e as árvores ciliares inclinam-se como a me dizerem que sim, que testemunharam tudo isso, que viram até amor ser feito por aqui. Sim, elas, as árvores, que guarnecem sangas, matos e bichos, são as deusas mudas e guardadoras perenes de tantas histórias.

-patrão, o churrasco tá pronto.
Vamos comendo a carne e o pão, sem talheres.
Indago ao capataz:
- tu nunca ouviste, nesses fundos de campo onde nem satélite passa no céu, vozes de gente que já morreu?
-Vozes não, só uma risadas ou algum choro de mulher em noite de lua cheia.

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COMENTÁRIO

Dr. ruy,
As taperas sempre foram cenário para história de vozes, assombrações que nossa bisavô materna contava.
Quando nos reuniamos nas férias era sempre a expectativa de novas e velhas histórias.
A família do meu pai era dessa região(onde hoje pertence aos irmãos Torres), ele também contava muitas histórias das taperas e inclusive nos levou para conhecer algumas,muitas lembranças  boas de colheitas de bergamotas e laranjas.
Um abraço.
Eva Müller

AINDA A EXPOINTER

 Alguém que tivesse morrido durante a Expointer passada e tivesse  ressurgido, espantar-se-ia agora durante o evento de ontem.
O líder do pessoal das máquinas Cláudio Bier, jurando amor eterno ao Olívio; o nosso glorioso Sperotto de beijos e abraços com Tarso.
Achei o clima cordial e de alto astral.
Assim tem que ser. Ranços e preconceitos do passado tem que ficar no passado.
Também notei que novas lideranças rurais estão surgindo e se firmando.
Gostei que o pessoal do Governo não se " adonou" da Expointer. Respeitou os produtores rurais.
Quem não foi ao evento ontem, ou não foi convidado,  está por fora, está perdendo o trem bala e vai ficar para trás.
Hoje tu tens que ser eficiente e vencedor.
Podem anotar. 



quarta-feira, 27 de julho de 2011

LANÇAMENTO DA EXPOINTER


Hoje fui acompanhar Maristela - que foi representando a raça Ile de France - no lançamento da Expointer, realizada no armazém B do Cais do Porto.
Que ambiente legal, fino espaçoso agradável.
Lá encontramos e abraçamos nosso querido Tarso Genro, o Mainardi, secretário da Agricultura, o Afonso da Mota, Sperotto da Farsul, Paulo Sérgio, Olívio Dutra e tantos outros.
Deliciem-se com as fotos abaixo.
Estranhei ausência de gente que se diz do Setor Rural.
No mais, encantei-me com o clima de amizade entre Sperotto, Cláudio Bier, com Tarso e Olívio.
Nada como o tempo.......

  Eu e o Galo Missioneiro

 Maristela com Schwab (ARCO) e Lisemara Prates

 Com o Secretário Mainardi



Maristela com o Presidente da Cotrijal, Nei Mânica

 

Na nossa mesa com produtores rurais



Maristela e Paulo Sérgio Pinto


 Eu, Maristela e Afonso da Mota



Sem comentários a semelhaça dos dois



Com o Presidente da FARSUL Carlos Sperotto

terça-feira, 26 de julho de 2011

AINDA A SCHMIER OU A VERGONHA DE PARECER POBRE

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Acho que todas as pessoas deviam ser prudentes e economizar, evitando gastar absurdamente com comida só por terem vergonha de parecerem pobres.
Eu, quando criança, apesar de ser de classe média, sempre levei para a escola o lanche caseiro que minha mãe preparava.  Os mais pobres sempre querem comprar na cantina do colégio. Pobrezinhos, é um problema cultural, culpa dos pais.
Quando viajo longe, sempre levo lanches de casa, para não gastar desnecessariamente.  Muitas vezes na Alemanha. na hora da refeição, pedi " Leitungswasser", água da torneira mesmo.
Quando me hospedo longe de casa, sempre vou ao super e levo coisinhas de comer ao apartamento. Que mal há nisso?
E por que falo isso?
Aproxima-se a Expointer e vejo excursões de alunos de todas as partes, gastando em lacherias notoriamente caras dentro do Parque. A saúde de que, gurizada! tragam de casa uma galinha fritinha que os pais de vocês não estão com essa bola toda.
E não adianta quererem parecer riquinhos, que gastar à toa denota a origem humilde.

S c h m i e r , conservas e poupança reveladoras da cultura hibernal alemã, por Lissi Bender Azambuja*, diretamente da Alemanha




É preciso levar em conta que ao longo dos séculos os alemães passaram por muita carestia, por diferentes razões, principalmente climáticas, culturais e históricas. De há muito haviam aprendido a armazenar mantimentos para os períodos de carência, de penúria, haviam aprendido a ser parcimoniosos, aproveitando tudo que a terra dá, transformando seus frutos, prolongando sua vida útil. Economizar, guardar, preservar passou a fazer parte de seu modo de vida.

Na Europa central, o clima permite apenas uma colheita por ano e tudo precisa ser muito bem aproveitado e depois bem preparado para poder servir de alimento durante o período em que terra descansa sob um manto de neve. Condições adversas levaram as pessoas a desenvolveram formas de prolongar a vida útil de alimentos: o repolho era posto a azedar com sal – Sauerkraut ( chucrute); os pepinos eram conservados em água, sal e condimentos; as frutas eram fervidas e transformadas em compotas ou secadas; sementes eram armazenadas; carne se temperava e defumava, fazia-se linguiças defumadas ou fervidas como a Leberwurst (morcela), o Schwartenmagen (tipo fiambre de miúdos suinos), a Sülze (gelatina de carne). Carnes fritas eram acomodadas em cântaros cobertos de banha e assim se garantia a proteína. Era preciso produzir, colher, armazenar, nao desperdiçar nada, poupar para não precisar passar fome durante o infindável tempo de inverno e de carestia.

Açúcar pouco fazia parte dos hábitos dos alemães antes de saírem de sua Heimat. Era um produto caro posto que era importado. Somente a partir de 1850 iniciou a produção de açúcar extraído de Runkelrübe, beterraba de forragem (lembro que na minha infância alimentávamos os porcos com Runkelrüber). Delícias confeccionadas a partir do açúcar só mesmo em eventos muito especiais. Em contrapartida conheciam mel, cultivavam colméias de abelhas. Principalmente com mel faziam suas delícias: pão de mel: Lebkuchen, bolo de mel: Honigkuchen, bolachinhas de mel: Honigplätzchen, e mesmo cerveja: Honigbier.

Vieram para o sul do Brasil, terra que Deus abençoou com até 03 (três) colheitas por ano, sem neve, e onde se pode, sem muito trabalho, colher frutos o ano inteiro. Em solo gaúcho os imigrantes conheceram e aprenderam a cultivar novos alimentos como o milho, a batata doce, a abóbora, o chuchu a cana-de-açúcar, entre outros, e aproveitá-los, usando para tanto seus conhecimentos prévios no preparo de diferentes comidas. Da cana-de-açúcar aprenderam a extrair a calda, a Zuckerrohrbrühe e com ela produzir o açúcar mascavo, o “braune Zucker” e o melado, o “Sirup”. Com melado faziam “Sirupkuchen”, o bolo de melado, uma variante do Honigkuchen.

É preciso conhecer um pouco a história de vida dos alemães para entender o espírito de parcimônia, de preservação que moldou suas vidas ao longo do tempo, considerando as circunstâncias geográficas, históricas e culturais em que a vida deles se constituiu durante séculos, para poder entender a sua forma de vida construída em solo rio-grandense. Não vai longe o tempo em que era comum ornamentar a parede da cozinha com panos brancos no quais eram bordados dísticos, provérbios, orações que refletiam um pouco de sua concepção de mundo: de sua Weltanschauung (em alguns lares os Wandschoner [ papel de parede {enfeite} ] continuam presentes). Entre os ensinamentos religiosos ou de conduta, destacavam-se alguns que também eram reiteradamente usados na educação dos filhos. De minha própria infância faziam parte, em incontáveis vezes, quando minha Wowa (como chamávamos nossa avó) em sua preocupação para nos legar a importância do economizar, do guardar, do preservar - repetia para nós: “Spar in der Zeit, dann hast du für die Not” (Economize quando tens e terás quando precisares), ou quando nos mostrávamos insatisfeitos com o que tínhamos ou ganhávamos, ela nos dizia: “Wer das Kleine nicht ehrt, ist das Große nicht wehrt” (quem não valoriza o que é pequeno, não merece o que é grande).

Conhecendo um pouco desse espírito alemão, pode-se entender melhor o modo de vida implantado na nova “Heimat”- na nova querência. Diante da abundância na terra da cocanha, das Schlaraffenland, era preciso não deixar nada se perder, era preciso previnir para tempos difíceis. Minha Mama Hulda ouvia de seu Papa Wilhelm histórias de dificuldades e aprendera com ele que era preciso sempre ter alimentos guardados. Ela plantou aipim até final de seus dias (assim havia sempre uma raiz guardada sob a terra), mesmo que dela não mais precisasse, mas era um hábito herdado. E “hábitos são realidades de longa duração”, diria o sociólogo Bourdieu.
Utilizando seus conhecimentos trazidos, fizeram valer seus hábitos seculares de transformação para a preservação. Com a abundância da cana de açúcar, da bata doce, da abóbora, das frutas cítricas, de outras frutas, era natural que precisassem encontrar formas de preservá-las, de prolongar a sua vida útil. Além de compotas, da secagem das frutas, ferviam a batata doce, ou abóbora, ou laranja, ou outras frutas com a calda de cana ou melado e o resultado, a “Schmier”, (vem de schmieren – untar, passar no pão. Na Alemanha, “Marmelade”) é uma maravilhosa forma de preservação sem conservantes dos frutos da estação. Uma síntese de conhecimentos passados com novos alimentos encontrados na nova “Heimat”.

Produzir “brauner Zucker”, “Sirup” e “Schmier” fazia e ainda faz parte do cotidiano de muitos descendentes de alemães no interior. Assim as frutas de cada estação são bem aproveitadas e garantem a cobertura do “pão nosso de cada dia”. Na minha infância fervia-se Schmier em casa, e na vizinhança, principalmente durante o inverno. Associo até hoje inverno ao aroma de Sirup sendo fervido em grandes tachos de cobre sobre fogo de chão. O ar aromatizado pela fervura de Sirup me reporta a minha infância, faz me rememorar quando junto com meu Bruder Ingo e a Schwester Wetzia ficávamos ansiosos esperando o braune Zucker ou a Schmier serem retirados do tacho para podermos, de colher em punho, raspar os restos. Hmm… delícia que às vezes se transformava em dor de barriga quando nos excedíamos. Hoje se continua a produzir Schmier para suprir a mesa do café da manhã em muitos lares.

No entanto, a produção de Schmier e de outros alimentos resultantes de conhecimentos trazidos e aqui desenvolvidos pelos imigrantes alemães e seus descendentes, podem se transformar numa interessante alternativa para a sustentabilidade da agricultura familiar, no sentido de produzir renda e oferecer alternativas para a diversificação nas colônias que estão sob a ameaça de ter de reduzir a cultura do fumo. A partir de conhecimentos passados de geração em geração, os agricultores podem revalorizar estas práticas, produzindo e destinando seus produtos não somente para o consumo próprio, mas também para suprir demandas locais, bem como para o desenvolvimento turístico.

Mas, para desenvolver turismo, não basta produzir bens materiais para a venda, é preciso também valorizar e agregar antigos conhecimentos, elementos culturais herdados. Existe todo um vasto mundo cultural que se expressa na música, no canto, na dança, nos jogos, na culinária, em elementos folclóricos, na toponímia original, no modo de vida associativo, na religião, na língua alemã que é o suporte de todo esse mundo cultural. Com o patrimônio material e imaterial, potencialmente presente nas colônias, podem ser construídas alternativas para a geração de mais qualidade de vida nas regiões de colonização alemã. Promovendo desenvolvimento que une passado com o presente para o futuro. Para o turismo isto significa colocar sob holofotes o que a região tem de diverso, suas especificidades, suas especialidades, sua cultura, sua língua regional. Tudo isto existe nas comunidades de origem alemã e espera ser redescoberto e revalorizado tanto pelos descendentes, quanto pelas forças políticas, e apoiadas pela comunidade em geral para o favorecimento de toda a coletividade regional.

Título original:

Lissi Bender Azambuja* é professora da Unisc –
Universidade de Santa Cruz
e doutoranda em Antropologia Cultural pela Universidade de Tübingen

SINOS E O POVO DE SACO CHEIO

Catedral São João Batista
SINOS
Volta e volta esse assunto está na pauta. Uns duzentos anos atrás teve um promotor que brandiu contra os sinos não me lembro mais onde.  Agora, tem esse caso em Nova Petrópolis.
Pois é.
Como vocês sabem, me criei em Santa Cruz. Na época era uma cidade do tamanho de Jaguari, Palmares, Nova Santa Rita, algo assim. Nossa portentosa catedral gótica, com suas  magníficas torres, abrigam quatro sinos. Não me lembro agora em que notas esses sinos são afinados. Mas um deve ser em sustenido.
Quando havia uma missa solene, os quatro tocavam ao mesmo tempo, gloriosamente.
Aviso de falecimento, dependia: se fosse criança era um tipo de toque; se de mulher, outro; se de homem, ainda outro.
Eu ajudava a tocar o sino aos domingos.
Na Alemanha, numa vilinha, um chato desses quis acabar com os toques de sinos.
Sabe quem protestou?:  os doentes e os idosos, que ficavam sem dormir horas da madrugada. E as horas, dadas pelos sinos, lhes faziam companhia.
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Ontem na TV Pampa eu quis homenagear  os imigrantes alemães e disse que foram bem acolhidos na Terra Brasilis, etc.
O mail do Paulo Sérgio entupiu de gente não querendo saber de assuntos amenos. Era pau e ferro nos políticos.
Arre égua!

segunda-feira, 25 de julho de 2011

DESEMBARGADOR GUINTHER SPODE ASSUME A PRESIDÊNCIA DO INTER

CARTA ELÉTRICA DO IVANHOE DE SÃO PAULO



Ruyeee....muito bom...ainda estou dando risada. Em especial quando citas as 7.987;678.567.435.567.000 pelagens da cavalhada.
Eu também, campeiro que fui quando de minhas andanças gauchescas, nunca consegui aprender as pelagens. Porque quando achava que tinha aprendido o básico lá aparecia um "lubuno gateado" que vinha não sei de onde...kkkkkk daí fiz o seguinte. Passei esse capítulo. Deixei quieto o assunto, pois qual a lingua dos asiáticos, pensei assim: nunca vou ter "percisão" da matéria. Eu hein!!!! E lá me fui em frente sem aprender as pelagens dos bichos. Mesmo porque, logo adiante, no meu "ofício de peão" encerrei minha curta carreira de cavaleiro ao cair um tombo homérico, digno de aplausos, porque aclamado e aplaudido fui na cidade de |Santo Ângelo, num rodeio que tinha ido apenas para ver as gineteadas. O acontecido foi no estádio de futebol da cidade. Lá acontecia um rodeio e fui com agluns amigos ver a farra. Lá pelas tantas depois de muitos pulos e quedas surgiu um animal que era o demônio do rodeio e o locutor do evento chamava alguém que se dispusesse a montar o citado animal. Adivinha quem se ofereceu? Pois é. Foi pá..e ja ajeitei um par de botas dum parceiro, arremanguei as calças "dins" e entrei no campo de futebol travestido de mangueira de fazenda. Seguravam o cavalo na argola e ele me pareceu calmo, quando cheguei pertinho. Pensei comigo.Aqui que eu me arranjo com as "guria da cidade". Vai ser moleza esse matungo. Alcei a perna prá cima, em pêlo, nada prá segurar a não ser as crinas do bicho. Segurei bem o manojo da crina, passei pelo meio dos dedos, me firmei bem nas pernas e mandei que soltasse o "animalzinho". Rapaz...não sei quanto durou aquilo. Segundo me contaram, depois que acordei, foi uns poucos segundos. Me vi, voando, soltito no espaço. O bicho na primeira pegada me atirou uns 5 metros prá cima e eu me vim e caí de peito no chão. Perdi o ar e desmaiei. Um vexame total. Não deu nem prá saída. Segundos depois tentei me erguer mas não dava. Faltava o ar..kkkkkkkk Os amadrinhadores correram  juntar os cacos. Saí meio carregado mas escutava o povaréu gritando e aplaudindo o artista do dia. Que fiasco. Ali, deixei o "nobre ofício" de domador. Passei uma semana em que me doía tudo, pois cosa feia é tombo de cavalo. Se o peão escapa do bicho cair em cima, sempre sobra um casco de raspão, um manotaço em alguma parte do corpo. Mas mesmo assim, rendeu a pacholada. Fiquei amigo de muita gente boa em Santo Ângelo. E a eterna certeza que aprendi com os campeiros.: - Ovelha...não é prá mato!
Abração. Ivanhoé

SOU MOTORISTA DE CAMINHÃO!



Quando a coisa começou a esquentar na nossa empresa familiar, decidimos comprar um caminhão boiadeiro, tanto para levar nossos animais para as feiras, destacando-se a Expointer, como para  entregar encomendas : touros, terneiros, vaquilhonas, etc.aos nossos clientes.
Maristela e eu nos inscrevemos numa auto escola para tirar a Carteira D.
Da minha parte tive que reaprender muita coisa. Como a gente incorpora vícios com o passar do tempo. Para caminhoneiro os testes são rígidos. A Maristela passou de vereda. 
Eu, sniff, numa das provas de baliza, deixei o caminmhão a um pentelhonésimo de cm da calçada e fui reprovado.
Redobrei na prática e no teste seguinte fui aprovado  " cum laude".
Não sei o que gosto mais de fazer: se tocar violino ou dirigir meu caminhão.
Cumprimento meus colegas de todo o Brasil! 

domingo, 24 de julho de 2011

POR QUE SERÁ QUE NÃO ROUBEI A BICI ?





Hoje aproveitei o dia doirado e sem vento e fui a pé com  Maristela até o Gasômetro. Lá chegando aluguei um desses quadriciclos a pedal. Dei oito pilas para andar meia hora e o encarregado não me pediu nada , nem documento em garantia.
Fui pedalando  bem feliz.
Comecei a assuntar :
- se eu tivesse certeza da impunidade, eu furtaria essa bici?
Não, respondi. Onde a iria colocar? Mais um trambolho. Tá, mas se um cara me oferecesse mil pilas para eu a entregar? Não. 
 E por20 mil? Recusei-me a raciocinar, porque ela não vale 20 mil.
E se eu achasse mil reais no piso dela, ficaria com o dinheiro?
Não, mas só entegaria para quem provasse ser dele a carteira.
E se seu fosse um cara bem pobre e estivesse passando privações?
Bem, eu já passei fome no tempo do internato e não furtei ( era pecado e eu não queria ir para o inferno).
Tá aí uma explicação. A certeza da punição, mesmo dentro de nosso coração, inibe o ilícito.
É por isso, pelo Code of Ethics, que os tenistas não garfeiam os pontos...
( dedico essas reflexões aos mais pontuais pagadores de contas, que são os pobres)

AMY


Eu nunca ouvi Amy cantar. Nada sei de sua música ( assim como tu que me lês talvez não saibas nada de Beethoven).  Temos em comum saber da morte dela e que usava álcool e drogas. Leio agora um texto no site Terra, de lavra de Marlon Marcos.                                                                                                   
Do alto da minha inexperiência, parece que o articulista achou muito lindo que ela cheirasse todas. Eu sei , eu sei: "de mortuis nil nisi bonum". Dos mortos não se fala nada além do bom.                                           
Mas eu só queria contrapor que até os 48 anos eu bebia com moderação. Depois fui me descuidando e por cinco anos bebi além da conta.  Até que , me olhando no espelho e constatando que me escondia para beber, dei um basta. Nunca mais tomei cerveja e nem nunca mais vou tomar. Bebo vinho e champagne só de vez em quando.                                                                                                                                 
A gente pode ser feliz e dar risada sem o álcool.  Droga ilícita eu nunca experimentei. Não o fiz e nem farei porque nunca vi alguém parar depois de viciado. Eu sei, eu sei que tem gente que parou. Eu estou dizendo que nunca vi.                                                                                                                                           
Sr. Marlon: ao contrário do que pensas, eu acho que ser normal é tri legal. 


MEUS TOMBOS DE A CAVALO - continuação


A gente é vida a fora meio criança e talvez isso até seja saudável.
Antes de conhecer minha patrôa  ( no sentido exato do termo, hehehe), eu escutava o Galpão do Nativismo do Nico e tudo o que eu sonhava era ser dos Cavaleiros da Paz. ( Só depois é que compreendi a diferença abissal entre " cavalgar" em desfiles , cavalgadas de praia ( nada contra) e camperear.  Camperear não é lazer: é a única maneira de tu veres como está teu gado; só de a cavalo é que se vê aquela cerca com arame partido ( falar nisso o Sulzbacher ainda usa arame farpado... que horror ).
Mas logo que conhecí a Maristela  passava o dia andando a cavalo, li tudo sobre eqüinos ( mas até hoje ainda não sei bem as pelagens - existem 123.987654789000 - pelagens diferentes). 
 Mas mesmo um atleta como eu, não tendo montado a cavalo muito cedo, lá pelos 4 anos em diante, nunca será um ginete ( assim como quem aprende alemão só depois de adulto, sempre deixa um rastro denunciador de que não aprendeu em casa) .
Bom, mas eu queria porque queria participar do desfile da  data mor de Unistalda, que é o 20 de setembro. Os peões relutavam.
Encilhei uma fogosa égua zaina que comprara do Edson de Jesus e mandei que a levassem até Unistalda.
Montei lá e a égua se mostrava sestrosa e inquieta com tanta gente.
Meu vizinho de campo, seu Eliseu me observava. De repente uma criança passou acenando um lenço e a égua quis empinar e quase caí.
Seu Elizeu se achegou e me disse:
- doutor, o prefeito, dr. Ribeiro le chama no palanque.
E nisso se ouviu no alto falante:
- convidamos o nosso juiz dr. Ruy para subir ao palanque!
Foi quando descobri essa maravilha: toda a população estava no desfile e faltava gente no palanque de honra.
Juro, só não estavam a cavalo os que já tinham morrido, crianças de colo e os internados no hospital.
No palanque, só o dr. Ribeiro  e eu.
Desse tombo completo me livrei... mas a fama de baiano deve ter prosperado.

O VESPEIRO -O BLOG DO LOEFFLER

Diz o blogueiro – os que se mostram indignados com o que escreveu o Ruy por certo não tem o hábito de pensar e isso é ruim, pois o pior cego é aquele que não quer ver. O Estatuto das Cidades não é fruto do acaso e sim de uma necessidade de disciplinar o crescimento das cidades. Exemplo é o poder que o mesmo dá às Prefeituras de taxarem de forma progressiva os terrenos geralmente bem localizados e que são uma espécie de capital de reserva de determinadas figuras que só pensam em lucrar mais tarde. No mundo civilizado os mais bem aquinhoados vivem longe dos centros urbanos, deixando esses centros aos de menor poder aquisitivo. Aqui os bem de vida se colocam nos centros urbanos jogando os demais às periferias. Não sou urbanista, tenho muito pouco estudo, mas sempre observei tudo o que me cerca e em razão da atividade policial sei melhor do que os que estrilaram com o que escreveu o Ruy quão grande é a miséria nas periferias. Leiam os jornais diários, especialmente as páginas policiais e não somente as notícias sociais e das bolsas e terão assim uma idéia, ainda que superficial. E ainda temos essa tal igreja de Roma condenando o uso do preservativo o que a mim não surpreende, pois essa mesma instituição ao lado de Tio Sam estimulou a ditadura de 64. Há muitos cretinos nesse mundo. Essa nave esta lotada e logo ali adiante não haverá comida para todos. Hoje UM BILHÃO de seres humanos passam fome no planeta e ainda é produzida comida suficiente, mas há os gananciosos que querem tudo para si. E amanhã quando não houver mais como alimentar todos nos planeta como vai ser? Eu não estarei mais aqui, mas meus descendentes sim e os dos que hoje gritam vão estar aqui. Pensar nunca fez mal à saúde de ninguém. Pensem, por favor!

sábado, 23 de julho de 2011

SANTA MARIA - MEXI NUM VESPEIRO

Enquanto vários blogueiros, entre os quais Loeffler, acharam cool minha post, indignados moradores da gloriosa Boca do Monte, me baixam o sarrafo.
Fazer o que.. Vocês não têm culpa dessa bagunça que é um país e  um mundo que tem medo de enfrentar o problema da superpopulação, da maternidade irresponsável ( a mulher hoje tem todas as condições de se cuidar para evitar colocar no mundo tantos bolsistas ). E deviam capar homens que  - como eu - tem tantos filhos.
É só uma questão aritmética: não tem como caber tanta gente no mundo, nem alimentar, nem dar saúde, nem emprego.
Só é bom em Brasília, em que não há cadeiras suficientes para os funcionários dos diversos poderes.
Vai chegar um dia em que será crime colocar uma criança no mundo irresponsavelmente.
Mas eu já não cozinho na primeira fervura, não vou chegar a ver ver nosso planeta apinhadinho de gente  brigando por um gole de água.
Mas que vai acontecer, isso vai.

CRESCIMENTO DESORDENADO E CAÓTICO - ACHO QUE É ISSO QUE VI EM SANTA MARIA


 
Hoje de manhã passei por Santa Maria. Ao contrário de enveredar por São Sepé, buscando a BR 290, tive que pegar  a estrada que vai para Santa Cruz, eis que dona Ludmila, minha deusa germânica me esperava com cucas mil.
Quem vem de S. Pedro, a partir já da Ulbra, vislumbra um cenário que me lembra países pobres da África. Quebra molas e redutores de velocidade,  carcaças de carros dois dois lados, cães, cavalos magros e tristes e o trânsito, mesmo sendo cedito, se arrastando. E, pelos lados, construções e mais construções precárias.
Sigo o triste cortejo atrás de um caminhão velho, caindo aos pedaços e tomo o rumo de Camobi. Mesma coisa: movimentação de terra, construções de gosto duvidoso.  Meia hora para ir da Ulbra até o fim do Camobi.
Então isso é o tal progresso? Gente se amontoando nas paradas? Vale a pena só para gargantear que ultrapassou tantos mil habitantes?
Lamentavelmente esse é o futuro de todas as cidades: querem ser grandes, muuuuita população, muuuitos eleitores, muuuuita força política. ( e muito esgoto a céu descoberto, e muito assalto).
Não, não sou contra o progresso. Mas me pergunto: será que só " crescimento" é progresso?
Hein? 

VAMOS DAR UMA VOLTEADA PELA ESTÂNCIA ?

O guapo cavaleiro da última foto sou eu.