sexta-feira, 20 de outubro de 2023

SAÚDE É VIDA

 Falarei um pouco sobre saúde em geral, conquanto  eu seja um leigo.

Graças a Deus sempre tive boa  saúde. Mas é inexorável que a idade chegue.

Tem que cuidar dos olhos, senão te tiram a carteira de motorista. 

Certo dia me deu vontade de comprar um caminhão lá para a fazenda. Tive que fazer novo exame da carteira. Rodei porque me  faltavam alguns requisitos. No fim tratei dos olhos e consegui a carteira profissional. Depois de um tempo deixei passar o período e voltei para a carteira normal. É muito complicado dirigir caminhão. Achei que seria melhor terceirizar um caminhão quando necessário. Coisa lógica, mas às vezes a gente exagera. Voltando sobre saúde. 

Devagarinho a natureza me tirou do futebol e do vôlei. No tênis tive que me resignar para jogar preferentemente nas duplas.

As caminhadas são excelentes, de preferência na beira da praia, mas caminhando. Correr só em pequenas distâncias.

Esses dias senti que, ao mastigar a carne de churrasco, tive dificuldade e até uma dorzinha. Relatei ao meu querido sobrinho Leo Kraether e pronto; meu caso era uma ATM (Articulação Temporomandibular). Ou seja, me doía quando abria a boca se o pedaço de carne fosse muito grande. 

Não dei muita bola inicialmente. Mas ao fim tive que me render.

Nada melhor que chamar meu sobrinho e fazer uma viagem a Santa Cruz do Sul, minha querida terra natal. Fui para lá  com minha mulher e um dos meus filhos, o Rudolf.

Fomos ao Hospital Ana Nery. Que espetáculo de recepção e tratamento.

Há muito tempo não estava por aqueles lados, mas um aplicativo nos salvou e nos levou direitinho ao local do Hospital.

Obrigado pessoal do Hospital. Grato  meu querido sobrinho Leo, filho da minha falecida irmã Cleonice.

Terminados os procedimentos voltamos a Porto Alegre.  Foi uma bela epopéia. Tínhamos saído de Porto Alegre às seis da manhã, chegamos a Santa Cruz às 8,30. Entramos às 10 no Hospital. Saímos às 14. Chegamos em Porto Alegre às 17.

Naquele dia estávamos com sorte,  sem a tranqueira das estradas.

Que bom é resolver sem tardança os problemas de saúde. Não deixar para depois. Enfrentar sem medo a situação.

Um amigo meu, da minha idade, confessou-me que estava com um problema na próstata.

Sugeri que fosse consultar um médico. Não quis.

Cada vez que o via mais magro estava. Era um cantor bastante conhecido. Quando se propôs ao tratamento já era tarde.

Certo é  que em Santa Cruz o atendimento à saúde é muito bom. 


quinta-feira, 5 de outubro de 2023

PARTIU MEU PARCEIRO

 Eu recém chegara, como juiz de direito, promovido de Arroio do Meio, para Santiago. Fui muito bem recebido. Santiago era e é uma  cidade muito, mas muito querida. 

Tratei de baixar as pilhas de processos. 

Com tal fato fui promovido, por merecimento, para outra Comarca. Fiquei só dois anos em Santiago, mas as raízes ficaram.

Fui andando e já como Desembargador conheci o amor da minha vida.

Nova estada fiz em Santiago, desta vez casado com Maristela, minha adorada.

Uma grande amizade que fiz em Santiago foi com uma pessoa vinda de uma família antiga e nobre.

Trata-se de Ítalo Minuzzi.

Era um homem extremamente correto. Dava-se com todas as pessoas. Não pretendia nada com a política. 

Comecei a falar com ele e formamos uma dupla de tênis. Éramos inseparáveis e todas as tardes, depois da hora de expediente, íamos para a quadra. Nas duplas ele  estava muito treinado. Era de uma inteligência nata. 

Não havia necessidade de explicar as regras  do tênis, que por vezes são  esquecidas principalmente com a ética.

Nada de gritos, discussões (como é no futebol, onde reina a bagunça).

Esse meu querido companheiro era um homem exemplar. Ele começou a dar aulas de tênis para jovens e crianças, gratuitamente.

Nunca reclamava quando jogava “às verdas” e perdia. Quando uma bola era duvidosa, se era boa ou fora, ele prontamente dava contra si.

Eu ia muito seguidamente a Santiago para ver como iam nossos negócios e  o procurava tão logo chegava na cidade.

Era algo maravilhoso, porque nos sentávamos perto da quadra e íamos conversando.

Nos encontros com amigos, Ítalo  era o primeiro a se prestar para assar o churrasco. Era de uma sensibilidade muito grande. Jamais o vi ou ouvi falando mal de quem quer que fosse.

Volto  para nossa casa em Santiago e na da Fazenda.

Fiquei, por motivos de negócios, uns meses sem encontrá-lo.

Acontece que meu inesquecível parceiro estava com problemas de saúde  e teve que ser hospitalizado. 

Achei que não era algo tão grave. 

Pois é: meu amigo e atleta querido, se foi sem avisar.

Trocou de parceiro celestial. Foi para o céu.

Deverá estar ensinando tênis aos anjos.