sábado, 31 de março de 2018

CHEGOU A TUA VEZ, CIDADÃO


 
Fernando Silveira de Oliveira,

Acadêmico de Direito.

 

Estamos então em 2018, um ano decisivo para a nação, diante de tantos caminhos que devem ser apresentados, dando início a um novo ciclo, com mudanças abundantes no sistema social, econômico e político brasileiro. É sabido que o clamor da sociedade por uma reciclagem geral na política é estrondoso, impulsionando as mais diversas manifestações, colocando em discussão inclusive a própria efetividade do Estado Democrático de Direito, o pacto social e a própria consistência da representatividade.

A democracia foi a debate e a conscientização de sua importância é um dever de todos. Como já defendia o cientista político norte-americano, Robert Dahl, a democracia não é um estado absoluto. Encontramos inúmeros níveis de democracia, com menor ou maior participação popular nas decisões políticas e administrativas. Caminhamos dia após dia para o amadurecimento da inclusão cidadã na política brasileira, amadurecendo também a nossa própria democracia.

Esse clamor e toda rejeição que é encontrada com muita nitidez na internet, nas ruas, nas praças, nas universidades e nos mais diversos meios sociais, deve ser emplacada e alavancada no momento solene do eleitor: a hora do voto, e mais do que uma mera solenidade, é o grande dia para a escolha de um novo tempo. Além da participação, fiscalização e do acompanhamento da conjuntura política nacional, é preciso que o eleitor esteja atento a tudo e que aproveite essa oportunidade de escolher o caminho que o Brasil deve seguir. Caso contrário, teremos mais quatro anos de descaso e de irresponsabilidade.

Todo esse maremoto de críticas à política e aos políticos deve ser canalizado para a tão almejada mudança estrutural. O sistema apodrecido vai ser testado mais uma vez e fará de tudo para conseguir se manter no poder. A manipulação, o medo, a mentira e a ilusão serão as ferramentas do establishment para vencer a responsabilidade, a conscientização e a maturidade política dos brasileiros. De nada adiantará longos textos correndo as redes sociais se na hora do voto o eleitor optar pelos mesmos de sempre.

É chegada tua hora cidadão e a nação espera por ti. O futuro do Brasil está em tuas mãos. Os erros do passado poderão ser reparados. Precisamos entender o nosso papel como sociedade e passamos então a ser protagonistas das mudanças que tanto almejamos. O voto é a maior arma contra a corrupção, a irresponsabilidade e os desvios que dominam o mundo político brasileiro. Um voto consciente é luz para enfrentar toda escuridão daqueles que se acham donos de um país e de seu povo.

 

quarta-feira, 28 de março de 2018

O FIASCO SUPREMO

( publicado em ZH)

O FIASCO SUPREMO

É de atordoar: o país inteiro assistindo àquele que seria o julgamento mais importante do Supremo Tribunal Federal nestes tempos difíceis da vida nacional. O julgamento que decidiria se o ex-presidente Lula poderia ser preso ou não nos próximos dias. Por mais incrível que pareça, o STF discutiu, durante quatro horas e meia, se o habeas corpus poderia ser apreciado ou não. Mas o pior viria a seguir. Depois de decidida a questão preliminar, viria o fiasco maior. O ministro Marco Aurélio Mello suscita uma questão de ordem: tinha de se ausentar - estava com voo marcado para o Rio de Janeiro onde receberia, no dia seguinte, uma homenagem. Ou seja: às favas o processo, o que interessava ao ministro era um compromisso particular. Mas tem mais: quem pensa que o fiasco terminaria por aqui está redondamente enganado - o ministro Ricardo Lewandowski também invoca compromissos particulares. Também tinha de se ausentar. O processo e o julgamento que ficassem para outro dia.
É de estarrecer: dois ministros do STF invocando compromissos particulares em detrimento do julgamento aguardado por todo o país. Mas tem mais: como esta quarta-feira antecede a Páscoa, é feriado para o STF. Não é dia de trabalho; é de folga. O STF fecha. Assim, o julgamento fica postergado para a outra quarta-feira, dia 4 de abril.
Não vou aqui analisar a liminar deferida, que contraria a jurisprudência do próprio STF. Isso seria tema para outro artigo. Neste, fico restrito ao acima relatado: na inacreditável postura de dois ministros do STF que resolvem se ausentar do julgamento porque teriam compromissos particulares a atender.
Esse é o fiasco maior.
Onde fica o princípio da supremacia do interesse público? Onde fica a consciência dos ministros com o cargo que ocupam? Não têm ambos o discernimento que a toga que envergam (ainda que por indicação política) exige responsabilidade e postura?
Em síntese, esse é o fiasco supremo, expresso e sintetizado na triste figura do ministro Marco Aurélio Mello, sorrindo e mostrando o comprovante de check-in.

terça-feira, 27 de março de 2018

GABEIRA - POR TITO GUARNIERE


TITO GUARNIERE
GABEIRA
O jornalista Fernando Gabeira é um dos mais lúcidos observadores da vida nacional. Tem bagagem e inteligência, fala e escreve do alto de uma densa experiência de vida. Guerrilheiro, acabou preso e trocado pelo embaixador americano Charles Elbrick, em 1969. Esteve exilado em vários países durante quase 10 anos. De volta, se tornou uma das vozes mais influentes a introduzir no Brasil o debate ambiental e a questão dos direitos das minorias. Deputado federal por três legislaturas, teve conduta operosa e exemplar.
É um dos raros nomes do jornalismo brasileiro capaz de dar um pouco de ordem na balbúrdia geral e trazer luz aos fatos, traduzindo-os para a melhor compreensão do grande público. Ler os seus textos é um bálsamo, neste país convulsionado pelas certezas absolutas de tantos "especialistas" que parecem dar preferência a falar de assuntos que não entendem.
O ex-guerrilheiro, que sofreu nas mãos do Exército quando foi preso, deveria ser contrário à intervenção militar no Rio de Janeiro. Para decepção das esquerdas, Gabeira defende a operação. Depois da redemocratização, ele foi olhar de perto a ação das forças armadas no Haiti, na Amazônia (fronteira com Colômbia e Venezuela) e na distribuição de água e alimentos no Nordeste.
Convenceu-se de que o Exército agora é outro, pouco tem a ver com o passado sombrio do regime militar. Não irá botar em risco, nos morros e favelas do Rio, a credibilidade que adquiriu a duras penas junto à sociedade brasileira.
Violações dos direitos humanos, de ações truculentas contra o povo pobre? O jornalista responde: esse é o cotidiano dos moradores das comunidades do Rio. As milícias, os traficantes, matam quando querem, estupram quando querem, e as suas vítimas preferenciais e diárias são, exatamente, as populações pobres. Assim, estar contra a intervenção militar, é fazer o jogo da bandidagem, significa perpetuar o inferno que é a vida dos oprimidos no Rio.
Ah, mas a intervenção foi uma manobra política do governo Temer. Pode ser, diz Gabeira. E se for, então deve-se parar a operação e deixar tudo como está?
Bandidos - Gabeira chama-os pelo nome - não são mensageiros de nenhuma luta de libertação, como reza a esquizofrenia de certa esquerda.
O jornalista faz uma crítica severa aos partidos políticos brasileiros. São agremiações vazias, não acompanham a realidade, não discutem, não avançam: "vivem em um planeta próprio".
Onda de conservadorismo no Brasil? Foi a esquerda que propiciou, com os seus erros clamorosos. A esquerda assaltou as estatais, arruinou o Brasil. E apesar das condenações da Justiça, dos milhões devolvidos, confissões e relatos, (a esquerda) teima na versão pueril de que não houve nada, que tudo não passa de perseguição.
Em que posição está o nosso personagem no espectro político? Centro-direita? Ele mesmo explica: quer discutir caso a caso, sem o viés ideológico. Mudou, porque mudou o mundo. Não deu nenhum salto. Evoluiu, da mesma medida em que evoluiu sua consciência.
O Brasil tem futuro? "Não creio em grandes amanhãs. A mediocridade política brasileira não vai ser redimida de um momento para outro".

sábado, 24 de março de 2018

COISA BOA UM PAPO AMIGO ENTRE AMIGOS






Penso que encontro em bar ou restaurante é problema: gritaria, muita gente, não dá para conversar.
Penso que mais do que dez já complica. 
Mas até dez podes levar para tua casa.
Hoje, no nosso apartamento na Duque, recebemos, Maristela, Rudolf e eu,  com muita honra, pela ordem pontual de chegada, às 17 horas, Rosane de Oliveira, com seu marido o escritor Tailor Diniz, mais o acadêmico, escritor e médico Franklin Cunha e ainda o fulgurante jornalista  Paulo Gasparotto.
Vinhos, espumantes e quitutes.
E um papo que não tem preço.
Conversa entre gente inteligente, correta, é tudo de bom.
Gostinho de quero mais, quando se foram...

quinta-feira, 15 de março de 2018

NEBLINAS E SÓIS DE OUTONO


A primeira neblina\o fim do mormaço\o alívio da chuva que veio dos céus\ as folhas maduras caindo do espaço\ e as mãos levantadas num graças a Deus.
Se a seca resseca\ e a geada cresta\ a fé que ainda resta nos faz renascer\ e os sóis de outono que espiam nas frestas\ aparam arestas e nos fazem crescer ( De uma composição minha com letra de  Nenito Sarturi)

Ouço  The Lark Ascending  em La Simphonie des Oiseaux ( a Sinfonia dos Pássaros), que coleta peças que remetem à Natureza. Obras de Dvorak, Schumann, Camile Saint-Saens, Mozart ( Die Zauber Flöte) e outros  mais.
Ótimo para meditar no meu refúgio marítimo. Em cidade muito grande há barulho, protesto, fechamento de vias, filas, engarrafamentos, crimes a granel. Nas pequenas, assaltantes estouram as caixas eletrônicas (não sei porque dizem OS caixas) . Aí vai ficando  impossível de viver. Então optei por de vez em quando me  refugiar no Litoral, onde não há assalto frequente e sequencial, nem barulho. Isso de março a fim de novembro.
Como já disse, fui um caçador de pássaros. Mas já estou entrando com Habeas preventivos junto às cortes celestiais. Alegarei “erro de proibição" ( Verbotsirrtum), ou qualquer outra filigrana  para, ao fim e ao cabo, só passar poucos séculos no purgatório. Nunca vi tantos pássaros  na vida, como aqui. Pode até que haja, mas eu não vi. Esses aqui de Xangri La perderam o medo dos humanos.Caminho na praia e as aves só se afastam bem pouquinho à minha passagem. “ Lo juro por la leche de mi madre” que quando toco violino os bichinhos vêm escutar. O que está me surpreendendo é meu súbito encantamento pelo outono que, como disse, já está aí. O calendário está defasado. Há uma cor diáfana no dia, algo como se houvesse uma cortina  translúcida. Nem calor, nem frio. Para dormir,  apenas uma leve coberta. Tudo isso conduz a uma alegria inebriante de  estar em paz, sem incômodos como carros com som alto, calor massacrante ou gente estressada no entorno.
Não é por nada que tanta gente, após uma vida de suor e labor, retira-se para uma fase sabática de só aproveitar o que ainda resta de bom.
Um alerta, porém: assim como há os esquimós que  adoram morar nos seus iglus e os que acham muito lindo acampar no meio dos mosquitos, é melhor deixar uma árvore enraizada no lugar.  Se preferir mudar e experimentar tenha calma, a adaptação demora. E é indispensável gostar de sua própria companhia...

sexta-feira, 9 de março de 2018

CACHORROS CAMPEIROS ||





 
Dada a boa repercussão da crônica sobre os cuscos campeiros, volto ao tema.

Esse de que falei, chamava-se Debby, era irmão do Lloyd.

Debby logo se tornou meu dono, exigia exclusividade,
lamuriava-se à minha porta quando eu não estava e ouvia o ronco de minha
caminhonete a uma légua indo  esperar no mata-burro. Só se acalmava depois
de duas horas de afagos. Por isso  acho
que o cão é melhor amigo do seu dono, não necessariamente do homem.

Debby tinha uma cadela favorita entre seu harém. Essa fêmea,
de nome Frida, era faceira e muito sábia. Quando Maristela tinha recém
engravidado, 22 anos atrás, ela se aproximou, lambeu o ventre dela e depois lhe
sorriu. Como já disse, os cães falam e sorriem. Mas só para aqueles de quem
gostam.

Esses bichos não precisam de banhos sistemáticos dados pelo
homem. Eles se atiram no açude ou no arroio e lá tomam banho. Claro que
precisam de vacinas e desverminações. Ensinam seus filhotes a lutar. São lindos
seus folguedos, simulam ataques aos garrões ou à jugular, numa memória
ancestral de suas origens. Nossos cães convivem com gatos, galinhas, pintinhos,
não fazem danos nas hortas.

São, porém, terríveis com cães estranhos: têm um forte apego
aos seus limites territoriais.

Voltemos ao Debby.Passaram-se os anos.

Um dia meu capataz me liga durante o dia. Maus presságios.É
que o capataz geralmente só liga à noite para contar os “sucedidos” do dia. Se
telefona de dia, é zebra na certa. Eu estava no escritório, em Porto Alegre.

- doutor, seu cachorro tá muy mal!

Só deu tempo de eu abastecer e me toquei na hora para a
estância.

Cheguei e o pobre cusco estava deitado sob uma árvore.

Acariciei sua cabeça e seu lombo,falei com ele,  que
levantou a cabeça, a duras penas, e me sussurrou: “seu Ruy, acho que tô na capa
da gaita, peleando só com o cabo da adaga”. O veterinário que fora chamado já
vaticinara que o caso era irreversível. Assim fiquei por horas o acariciando e
conversando sobre suas proezas e como deveria ser lindo o céu dos bichos, entre
os quais o “homo sapiens”, tão metido a deus. Prometi que me negaria a entrar
no céu sem ele. O pobre fazia um esforço para me olhar, mas sua cabeça pendia e
ele  arfava já sem forças. Deu um pequeno uivo e faleceu.

Resolvi, então, não ter mais meu cachorro exclusivo. É muito
sofrimento quando chega a hora de partirem. Mas esses cuscos são medonhos:
sempre tem um que te bajula, se assanha e acaba te adotando. Fazer o que...

quarta-feira, 7 de março de 2018

OUTONO PERTO, VENTOS DE MARÇO

Ouço pelo meu Spotfy The Lark Ascending,  em La Simphonie des Oiseaux ( a Sinfonia dos Pássaros), que coleta peças que remetem à Natureza. Obras de Dvorak, Schumann, Camile Saint-Saens, Mozart ( Die Zauber Flöte) e outros  mais.
Estou no meu refúgio marítimo .Com efeito, em cidade muito grande, tem barulho, protesto, fechamento de vias, filas, engarrafamentos. Nas cidades pequenas estouram as caixas eletrônicas ( não sei porque dizem OS caixas)  . Aí vai ficando  impossível de viver. Então o caso é se refugiar no Litoral, onde não há fumaça , nem barulho. Isso de março a fim de novembro. Também tem a querida Unistalda, que ainda é um paraíso.
Como já disse, fui um caçador de pássaros. Mas já estou entrando com Habeas preventivos junto às cortes celestiais. Alegarei " erro de proibição"( Verbotsirrtum), ou qualquer outra filigrana  para, ao fim e ao cabo, só passar poucos séculos no purgatório.  Mas, como eu ia dizendo,  meu cérebro, conquanto em suas muralhas já sinta o assédio, muito de longe, das tropas do doutor , como é mesmo o nome? Sim dr. Alzheimer. Mas estou resistindo com muita munição e tão cedo não me  derrubam, meus sentidos andam muito aguçados. Todos, sim , eu disse todos. Um deles é privado e não vou comentar. É coisa de quatro paredes e uma hidro. Mas no violino estou cada vez gostando mais de tocar. O que está me surpreendendo é meu súbito encantamento pelo outono que, como disse, já está aí. O calendário está defasado. Já é outono. Há uma cor diáfana no dia, algo como se uma cortina leve, translúcida .
Voltando ao Lark Ascending, nunca vi tantos pássaros na vida, como no Litoral Norte do RGS, salvo os capões de Unistalda .. Pode até que haja, mas eu não vi. Esses pássaros aqui de Xangri La perderam o medo do homo dito sapiens.Caminho na praia e os pássaros só se afastam bem pouquinho de minha passagem.
Nessa época outonal temos tudo para uma vida boa. E não há aquela barulheira, nem azafama da alta estação.
E assim vou me movendo como pássaros de arribação.

segunda-feira, 5 de março de 2018

LEMBRANÇAS ESMAECIDAS

Começo com a Lya Luft, “née” Fett. Com efeito, ao que me consta, a santacruzense chamava-se Lya Fett, filha do dr. Arthur Germano Fett, insigne Juiz de Direito e depois advogado.
Lya, nascida em 1938, portanto 7 anos mais antiga do que eu, arrasava corações, desfilando nos “ footings”, aos domingos, na “ rua principal” de Santa Cruz, com seu “tomara que caia”. Era uma pioneira, assim como foi e é a Maria Berenice Dias, que nasceu em Santiago .
Lya se encantou com seu professor, o Irmão Marista Celso Pedro Luft, casaram-se e ela, até hoje,depois de outro relacionamento, mantém o nome Luft. É uma maravilhosa pessoa, deveria ter um lugar de honra na Academia de Letras recém criada em Santa Cruz. Lya é conhecida nacional e internacionalmente o que deve ser motivo de orgulho de todos nós.
Nasci na Linha Araçá, mas meus pais se mudaram para a cidade quando minha irmã e eu éramos  crianças. Cresci, portanto, numa cidade que, sem embargo da erudição alemã, pouco repercutia as raízes folclóricas dos imigrantes. Fluía entre muitos da minha geração uma certa relutância em falar o alemão. As razões todos conhecem. Santa Cruz se tornou uma cidade cosmopolita por força das empresas estrangeiras que nela se estabeleceram. Daí que nos bailes da cidade predominava a música norte-americana.
As canções germânicas ficaram escondidas  nos recônditos das casas. Claro que mais tarde renasceram, tímidas. Bem ou mal, nunca é tarde demais.
Nas vitrines me lembro que havia pequenos cartazes  dizendo que se precisavam de balconistas, mas que soubessem falar alemão. Minha falecida mãe, por exemplo, preferia falar alemão e repreendia quem, conquanto falasse o idioma, lhe respondesse em português. São fatos históricos e não há necessidade de aqui revolver perseguições havidas na época do Getúlio ou setores torcendo pelo Eixo. A História chora quando morre um idioma numa região.

Para finalizar estas “mal traçadas”: um dia fui acessar a cidade lá pelos lados da Linha João Alves. Pude vislumbrar um campo de Golfe de dar inveja nos EUA. Golfe em Santa Cruz? Ali onde meus amigos e eu íamos “roubar” bergamotas! Ali mesmo, sim, que horror, onde caçávamos passarinhos. E os comíamos fritos. Essa circunstância alegarei como atenuante no dia do Juízo Final. Mas pedirei que minha mãe seja absolvida, pois ela fritava as rolinhas sob coação maternal irresistível....

sexta-feira, 2 de março de 2018

BOA NOTÍCIA PARA XANGRI LA


Acaba de ser instalado um Tabelionato  no Município. Muito bem localizado, na Avenida Paraguassu, em Atlântida, num  prédio moderno. De há muito que sentíamos falta desse Serviço Público, pois tínhamos que nos deslocar a Capão da Canoa, sempre com filas e com problemas de estacionamento.