sexta-feira, 23 de novembro de 2012

AGORA ACHO QUE A PECUÁRIA GESSINGER TEM FUTURO


Publico essas coisas íntimas que, em princípio, só interessariam a nosso grupo familiar.
Mas quero  que outros pais, principalmente jovens pais, pensem num retorno a velhas práticas de criação e educação de filhos.
Superproteção, deixar a educação só para o colégio, " comprar" filhos com carros e Disneys, acho que é roubada.
Nunca neguei que minha casa é uma caserna: tem disciplina, discussões sobre decisões e ninguém é levado livre depois de um erro. Eu, por exemplo, andei cometendo exageros em leilões de cavalos. Fui repreendido e me enquadrei.
Mas eu estava meio fatalista, achando que mais cedo ou mais tarde, deveria arrendar toda essa beleza que construímos lá na gloriosa Unistalda. 
Desde cedo nosso filho Rudolf, hoje com 16 anos, nos acompanha em tudo. Em quantas exposições, ainda muito pequeno, pegava no sono e até fome passava nos longos julgamentos. Nunca chorou ou reclamou.Cresceu enturmado com a peonada e seus filhos.
Ultimamente ele tem saído de P. alegre à meia noite de sexta-feira,  de ônibus, para Santiago. Chega 6 da matina, dá uma descansadita e depois se reune com meu capataz Luiz César e seus filhos, um dos quais estudante de Veterinária, para discutirem rumos da nossa genética. Domingo à meia noite, ele pega o ônibus e chega 6 da manhã em P. Alegre. Toma um café e 7,30 está no colégio Rosário.
Acho que o Rudolf, mais os filhos do L. César, mais nossos valentes colaboradores, poderão em breve expandir a Gessinger, enquanto que eu e meu capataz fatalmente teremos que ir para o " Conselho de administração".
Puxe pelos seus filhos, companheiro! não lhes dê mole.
Aliás: a vida é dura, para quem é mole.