Os acidentes, as fatalidades, os assaltos " só acontecem com os outros", não é assim que pensamos?
Vou narrar o que me sucedeu ontem, 10 da manhã, na BR 290. Relutei em publicar, mas acabei me convencendo que é bom alertar para os perigos.
Como teria e tenho compromisso inadiável em P. Alegre hoje de manhã cedo, decidi voltar ontem mesmo da estância, de onde saí 6 da manhã.
De Santa Maria optei ir por São Sepé e daí encontrei a 290. Dirigia serenamente pela estrada
. A certa altura vinha, em direção contrária, uma fila enorme de caminhões. De repente, do nada ,um carro pequeno saiu detrás de um caminhão para fazer a ultrapassagem, isso a menos de 50 metros de onde eu vinha. O carrinho não tinha mais como abortar a ultrapassagem. Dei uma guinada violenta e rápida para o acostamento e o santo caminhoneiro desviou também para sua direita. Minha SW4 quase se desgovernou mas se evitou o choque frontal.
O carrinho seguiu viagem como se nada tivesse acontecido.
Eu fiquei parado no acostamento por meia hora, meditando . Saí do carro, olhei para as árvores que margeiam a estrada e dei graças à vida.
Amiga, amigo, leitor: na estrada a gente arrisca a vida a cada vez que cruza com outro veículo..
Todo o cuidado é pouco.
Que pena que não temos mais ferrovias. Se ainda houvesse aquele trem que ia para Santiago, jamais iria de carro, fazendo, ida e volta 1.100 kms a cada 10 dias.
Enfim, não foi dessa vez que a roleta russa me pegou.
