sábado, 25 de julho de 2015

DAS VICISSITUDES DA VIDA - MAILS DE IMPORTANTES PERSONALIDADES

HERMES DUTRA


Nasci em 1947. Minha mãe teve quinze filhos. Destes, só sobreviveram 11. Hoje estão vivos somente 7. Minha mãe ainda vive. Fez noventa anos. Meu pai, falecido na década de oitenta, era analfabeto. Por essas coisas da vida, era motorista profissional. Dirigia o caminhão do engenho de arroz lá de Cacequi. Bebia muito e morreu com cirrose. Sempre nos disse que deveríamos estudar. E para isso fez o que pode. Naquela época, na minha cidade, não tinha nem o antigo ginásio. Quando criaram o ginásio, era particular e obviamente não tinha dinheiro para pagar os estudos meu e do meu irmão mais velho. Entretanto o criador do ginásio, quando passei no primeiro exame de admissão que foi feito, e passei em segundo lugar, chamou-me e me disse que não precisava pagar o colégio. Ele ia dar um jeito. E assim foi. Estudei até a segunda série ginasial, quando o mesmo diretor me disse que não poderia continuar aguantando sem eu pagar. Aí parei de estudar. Fui trabalhar em uma padaria, primeiro entregando pão, depois fazendo. Até completar 14 anos, quando pude então trabalhar no engenho como varredor (os caminhões que traziam as cargas de arroz, ao serem descarregados deixavam cair grãos e a gente varria e juntava ( trabalho com carteira assinada). Aí então pude voltar a estudar, no ginásio, que a essas alturas, já era estadual e funcionava no período noturno.

 

Me formei. Quando fiz dezoito anos, vi que deveria sair de minha cidade, pois só tinha o ginásio e eu queria estudar. Vim para Porto Alegre. Cheguei numa sexta feira e na segunda já estava trabalhando de auxiliar de escritório numa revenda de fogos de artifícios na av. Pernambuco, quase esquina Farrapos. Consegui uma vaga no Colégio Infante Don Henrique, lá no bairro Menino Deus, onde terminei o segundo grau.

 

E por aí foi. Me formei em administração da PUC. Trouxe meus pais para morarem em Porto Alegre, por problemas de saúde, junto com o resto da família. Meus irmãos e irmãos nunca quiseram continuar os estudos. Casaram-se, formaram família e hoje estão espalhados pelo Rio Grande.

 

Formei uma família maravilhosa. Três filhos e 6 netos maravilhosos. Mas dei muito duro para isso. E não me arrependo. Um dia, saia de minha casa, que construí com muita dificuldade, no bairro Santo Antonio, quando um homem me enfiou uma pistola na cara e disse que ia me matar. Enquanto isso outro entrava no meu carro, dialogando, consegui com que ele ficasse só com minha carteira e meu cartão de crédito e levasse o carro  junto com seu comparsa. A partir dai, resolvemos nos mudar para um condomínio fechado, com guardas nas entradas.

 

Meu filho mais velho, um dia foi assaltado dentro de sua clínica e levado como refém. Minha filha só não foi raptada em função da ação de seus colegas de trabalho na clinica onde estagiava. Resolvemos então comprar uma casa num condomínio na praia, cercado e com guardas, para que pudéssemos veranear com filhos e netos.

 

Porque estou contanto tudo isso? Porque fiquei meio incomodado com o que escreveu nosso confrade Silvio Meincke, sobre essa questão dos deserdados. É verdade muitas coisas que ele diz. Mas QUE CULPA TEMOS NÓS, que pagamos impostos, trabalhamos, conseguimos sair da miséria com o fruto do nosso esforço e trabalho da situação desses deserdados ? É verdade que eles existem, não nos números citados, mas mesmo que sejam em número menor, não podemos ignora-los. Temos, inclusive de trabalhar para que consigam sair desse círculo miserável que é a miséria, deseducação, preguiça, falta de oportunidades, exploração política da pobreza, etc...etc..., mas daí a dizer que um dia farão um revolução contra os que estão em melhores condições de vida, vai um caminho muito grande.

 

Como diz a Sagrada Escritura, o que tu a mão direita faz, que a esquerda não saiba. Por isso, acho dispensável falar no que faço como cristão, praticante, em benefício dos meus irmãos menos aquinhoados.

 

Acho que conseguiremos ter o país que queremos, quando todos tiverem oportunidade, mas é fundamental que, tendo oportunidade, tenham vontade. Isso é essencial. Que todos tenham acolhido o que nos ensnou o Mestre na Carta Aos Tessalonicenses:"Porque, quando ainda convosco, vos ordenamos isto: se alguém não quer trabalhar, também não coma. Pois, de fato, estamos informados que, entre vós, há pessoas que andam desordenadamente, não trabalhando; antes, se intrometem na vida alheia. A elas, porém, determinamos e exortamos, no Senhor Jesus Cristo, que, trabalhando tranqüilamente, comam o seu próprio pão" (2 Tessalonicenses 3:10-12).
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LAIS LEGG
 
há gente querendo levar vantagem sem fazer esforço, ou seja, sem trabalhar. Tal qual uma luta, vence o mais hábil.
 
Mas considero que o grande ausente em tudo isso é o pensamento lógico, que deve ser ensinado em casa tão logo a criança abandone as fraldas. O pensamento mágico só é aceito em crianças (observem-nas brincando), índios aculturados, esquizofrênicos e artistas (quando estão criando). Portanto, meus amigos, com tanta informação que nos chega por todas as espécies de mídia, acreditar que alguém que se intitule juiz e ande em cafeterias oferecendo imóveis que irão a leilão, cujos processos estão sob sua batuta, é querer associar-se à vigarice, não lhes parece?
 
As grandes vigarices encontram eco porque alguém escuta o que sonha ouvir. Por isso, tantos homens espertos pegam as economias de uma vida toda de algumas mulheres só dizendo “eu te amo”. Por isso, tantos homens carecas compram as melecas mais absurdas para ter o cabelo de volta. Por isso, tantas pessoas obesas compram substâncias milagrosas e milagreiras para perder peso (basta ligar a TV, à tarde). Por isso, tantos homens impotentes compram elixires e licores. É o pensamento mágico assassinando o pensamento lógico. Acredita em dogmas quem quer.
 
Claro que, em tempo que vemos que há juízes que vendem sentenças, que recebem propinas, etc, sabemos que pode ser verdade. Mas seria correto negociar com eles? Felizmente, são poucos os juízes que assim agem, a maioria tem conduta irretocável. Aplico o mesmo pensamento à Medicina: há milhões de médicos competentes, confinado dentro de hospitais, labutando por horas a fio para salvar vidas, porém há aqueles que pertencem à mafia de branco. Recentemente, foi veiculada a notícia que um médico oncologista dava falsos diagnósticos de câncer e submetia os pacientes a caríssimos tratamentos quimioterápicos.
 
Cientificamente, já está comprovado: 1% da população mundial é sociopata. É gente p´ra caramba! Somente em Porto Alegre, temos 15 mil pessoas com desvio de caráter. É claro que há hierarquia, temos os sociopatas “leves” (falsários, gente que rouba bolachas – não é, Prévidi?, pede dinheiro emprestado e não paga, etc) e os “pesados” (assassinos de aluguel, “serial killers”, etc).
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ÉLVIO LOUREIRO
 
 
 
penso que os tempos são outros, lembro-me que nunca tivemos abertura com nosso pai, o respeito superava o medo, na mesa ninguém podia falar, diálogo era muito raro, compartilhar experiências era coisa rara, sinto falta até hoje de não ter tido chances de aproveitar melhor as oportunidades de aprender um pouco das mais de suas habilidades ,,,
 
Na escola Marista, onde estudei, não era nada diferente, tínhamos o hábito de rezar no inicio e fim de cada aula, nada de conversas paralelas, qualquer desvio virava castigo, questionar alguma coisa era sinônimo de contestação, que resultava em alguma punição ,,,
 
Coincidentemente, hoje comemoramos aproximadamente 191 anos da imigração alemã no Brasil, povo desbravador, batalhador, colonizaram muitas regiões, ajudaram no desenvolvimento, cultura forte, que enraizou-se em muitas comunidades, famílias composta por muitos filhos, que ao atingirem determinada idade, grande maioria com menos de 14 anos eram obrigados a trilhar seus próprios destinos, saíam de casa com uma maleta e algumas peças de roupas na busca de seu próprio sustento.
 
O tempos são outros, hoje há uma grande interferência dos meios que conspiram para uma realidade muito diferente daquela que herdamos de nossas famílias, tudo aquilo que se constrói dentro de casa, na esquina os grupos predadores se encarregam de influenciarem no sentido contrário, o mundo das oportunidades fáceis destruiu princípios importantes na formação dos nossos filhos, razão de hoje ser muito importante compartilhar de uma forma mais intensa, não que a maturidade daquela época era precoce, pelo contrário, mas diferentemente e contrastantemente a de hoje é mais dependente de conseguir a sua própria autonomia de vida ,,, e carente de uma boa orientação ,,,