sexta-feira, 16 de maio de 2014

A MARCHA DA MACONHA - REFLEXÕES DE UM DINOSSAURO

Sim, eu sou um dinossauro. Estudei Filosofia no Colégio. Nasci bilíngue: falava alemão em casa e português na rua. Vou bem no Latim, castelhano, italiano e francês.
Não tenho  nenhuma tatuagem no corpo. Só cicatrizes: algumas no corpo e outras  na alma.
Jamais fumei maconha, nem nada de LSD, crack, cocaína.
Aí estão minhas credenciais para ser um dinossauro.
Não me considero certo nem errado. Fiz minhas opções. Por exemplo: só não experimentei maconha com medo de achar bom, me viciar e depois não poder largar.
Larguei a cerveja por pura vaidade. Não gostava do meu barrigão de 20 anos atrás.
Tá e o que tem a bunda com as calças?
Certo dia, anos atrás, eu estava num churrasco em Santa Cruz, na casa do meu cunhado Raul. E o pessoal ufano, eufórico, com o progresso monumental de  minha terra natal. Ponderei que progresso à custa da morte dos riachos e arroios era, no mínimo, questionável.
Um conviva me disse, na lata:  "tu é um recalcado que renega tua terra".
Quer dizer: é proibido  criticar as coisas postas , é proibido duvidar.
Mas isso ocorre em todos os lugares. é só tu questionares que o pau te pega.

Em decisão tomada em 2011, o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou legais as manifestações da Marcha da Maconha no país. Havia ações na Justiça para proibir os eventos, com o argumento de fazerem apologia ao uso de drogas. O STF definiu que o movimento reivindica "a possibilidade da discussão democrática do modelo proibicionista (do consumo de drogas) e dos efeitos que (esse modelo) produziu em termos de incremento da violência". ( clic rbs)
Bueno, então vamos discutir, deixa a gurizada apresentar seus argumentos.
Poucos séculos atrás incendiaram caras que duvidavam....
Vamos parar com esses atrasos. Vamos  discutir, vamos duvidar.