domingo, 19 de agosto de 2012

NOS BASTIDORES DA EXPOINTER

Amanhã saímos muito de madrugada com nossos animais, mais um freezer cheio de carne, ração, botas, ponchos, remédios e nos tocamos com calma e jeito para Esteio, que vai ser a capital do mundo nas próximas duas semanas.
Vamos chegar em Esteio pelas 16 horas. Encostamos o caminhão na plataforma do portão 10.
Os animais serão desembarcados e examinados detidamente por uma equipe de veterinários. Animal com um probleminha que seja é barrado. Conferidas as fichas e tatuagens, os animais são levados a seus bretes.
O caminhão vai para o estacionamento dentro do Parque, junto com outros de amigos meus. Ali montamos um acampamento comunitário. Fica um de guarda o dia inteiro, temos um cozinheiro e as despesas são repartidas.
Durante a primeira semana os animais chegam, levam um choque pois mudaram de ambiente, emagrecem, se estressam, não querem comer nem beber. Com calma e jeito vamos dando carinho, caminhamos com eles pelo parque, eles veem que estamos com eles e se acalmam.
Depois vão recuperando o humor e o peso.
É aquela azáfama, ajeitando os bichos, cuidando dos mínimos detalhes.  É aquele barulho de pregos e martelos, tudo sendo ajeitado como sempre na última hora.
Até que chega o dia da pesagem dos animais.
Finalmente chega o sábado, com a abertura dos portões.
E aí é aquela guerra: bagaceiras querendo montar a cavalo nas ovelhas, crianças querendo dar balas e algodão doce ( que podem levar ao óbito).  Chininhas dando gritos histéricos, gente alisando a lã dos animais ( que levou a noite inteira para ser ajeitada).
Hordas de gente querendo dar um beijo num touro zebu....
E aí começa o desfile de gauchinhos da cidade.
Mas o grande atrativo são os animais e os verdadeiros peões de estância, cuidando dos animais  com todo o desvelo.
E sai aquele churrasquinho entre os bretes que os da cidade pagariam uma fortuna para saborear.
( continua no próximo capítulo)