Prezado Ruy.
Mesmo sem conhecê-lo pessoalmente, quero parabenizá-lo
por sua decisão de voltar a escrever. O senhor tem o dom pra isso e deve usá-lo
para registrar memórias de tempos difíceis e saborosos .
A respeito de Horizontina, junto algumas observações de
experiências
pessoais:
- Fui bastante ligado à SLC, pelo meu trabalho como
fundidor. Destaco dois conhecidos, Dr.Jorge Logemann e Eng. Jorge Kruel. Gente
muito especial.
- Antes de me formar engenheiro na UFRGS (1958), eu já
visitava Horizontina regularmente. Meus avós, com quem morei 5 anos em
Independência, passaram seus últimos de vida por lá.
- Na primeira vez que visitei Horizontina a trabalho, morei
no hotel perto da igreja. Acho que era o único e deve ser o mesmo da sua
crônica. Pela manhã, o despertador era infalível: o tradicional badalar do sino
que já deu margem a processos em duas comarcas onde predomina a imigração
alemã, Panambi e Nova Petrópolis. A ideia do Dr. Jorge de construir o Hotel
Ouro Verde foi sensacional. Tinha que ser para hospedar os gringos da John
Deere.
- Jantando um surubi ao forno no restaurante do Ouro
Verde, de certa feita, tive um encontro inusitado com a figura citada no seu
escrito, Walter Bündchen. Bati um longo papo com ele sem saber quem era. Só
soube pelo garçon que se tratava do pai da Gisele.
- Como nasci em Ijuí, já vim ao mundo adaptado ao barro
vermelho. Sempre fez parte da minha vida.
Desejo-lhe um excelente fim de semana.
Abraços
Enio