quinta-feira, 13 de setembro de 2012

O FENÔNEMO DO ACAMPAMENTO FARROUPILHA


Há uma música cuja letra diz,  em certa passagem, que há pessoas com saudade de tropeadas sem nunca terem ido à Campanha.
Aí está , a meu ver, o fascínio que a Expointer e , principalmente, o Acampamento Farroupilha, exercem no homem da cidade.
O Acampamento fica no meu caminho para o Tribunal de Justiça. É uma casinha, um ranchinho, um galpãozinho atrás do outro. Em todos fumegando um assado, um som, e gente reunida, uma multidão amontoada. Tem gente que tira férias nessa época e passa sendo um "peão" todo esse tempo.
Desfilam os gaúchos garbosos com suas botas, guaiacas, facas na cintura.
Não sou contra, acho bem legal, só que não vou nunca.
Uma estância é coisa bem distinta. A começar que no galpão da nossa não entra cachaça. Galpão é local de reuniões, de fogo na lareira, de um mate amigo, sim. Mas é um " escritório" de trabalho. Na Fazenda se deita  muito cedo e se salta da cama no mais tardar 5 da manhã.
Na estância não tem amontoado de nada, nem de gente, nem de casas.
O silêncio só é quebrado pelo uivo do vento nas frinchas, pelo latido dos cães na madrugada, pelo trinado dos passarinhos, pelo balido das ovelhas, pelo mugido das vacas.
Mas vale o Acampamento: tem tudo para se tornar uma atração internacional.