sábado, 2 de março de 2013

SÃO AS ÁGUAS DE MARÇO



Indiscritível o que , de uma semana para outra, ocorreu com Xangri La.
 Ruas vazias, casas fechadas, só se ouve o rumor de uma leve brisa e o marulho do mar. Um ou dois pescando na orla, as gaivotas voltaram, os automóveis sumiram, os supermercados com corredores e caixas desimpedidos.
Uma euforia interna se apodera de mim.  Abro todas as janelas da casa e deixo o ar marítimo, puro e tépido, invadir todos os cômodos.
Não tenho coragem de ligar o som, nem nos clássicos, para não atrapalhar essa orquestra que balança as árvores e as flores.
Sorvo um chimarrão e agradeço pela paz, pelo retorno total do silêncio.
A felicidade passa pela quietude e pela contemplação.
Ao menos, a minha.