domingo, 29 de março de 2015

DOMINGO DE RAMOS

Hoje fui na Catedral Metropolitana assistir ao culto e buscar as palmas bentas.
Um ramo para cada casa minha: em Unistalda, Porto Alegre e Xangri La.
Mas o domingo de ramos me traz  tristes lembranças.
Pueri Hebraeorum, portantes ramos olivarum, obviaverunt Domino, clamantes et dicentes: «Hosanna in excelsis.»




 


 Os meninos hebreus, portando ramos de oliveira ( vendo Jesus passar) o saudaram clamando e dizendo, hosanna nas alturas"
Como era lindo o Domingo de Ramos. Calculo que em poucos anos terão morrido todos os que tiveram sólida formação religiosa e assistiram cultos e missas em Latim. Hoje vi pouquíssimos jovens na Catedral. Quando desenterrarem nossa Civilização do uso da Semana santa para regabofes, bebedeiras, comilanças, os arqueólogos ficarão perplexos.
Mas o Domingo de Ramos de 1953, quando eu tinha 8 anos, nunca vou esquecer.
Bateram na porta de nossa  casa em Santa Cruz. Meu pai  atendeu. Um homem vinha avisar que meus avós Rudolf e Rosalia tinham se acidentado com seu carro ali na Picada Velha na hora de irem assistir à Missa e ambos estavam mortos entre as ferragens.
Foi a primeira e última vez que vi meu pai chorar.