terça-feira, 13 de setembro de 2016

BARBELA - De mortuis nil nisi bonum

Foto: Fernando Oliveira.
Por uma brincadeira do Barbela que ele escreveu no Expresso me distanciei dele.
Foi pena.
Mas de mortos só se fala o bem. É o que está  aí em cima em Latim.
Jaime Pinto e Barbela foram meus primeiros amigos quando cheguei sozinho em Santiago para ser juiz. Depois, miles e miles de outros..
Barbela era um piadista exímio e agudo, conquanto não gostasse que mexessem com ele.
Como serventuário era correto e cortês. Qualquer coisa de que eu precisava ( como jovem inexperiente) recorria a ele.
Fomos parceiros no Cruzeiro de Santiago, do qual fui o primeiro vice-presidente. Ele teve um time de meninos chamado Milionários, onde meu filho Armando treinou.
Dava um nome a cada automóvel que tinha.  Se alguém achava algo dele bonito, ele presenteava na hora.
Me deu uma arma maravilhosa que tenho até hoje, registrada e tudo.
Éramos frequentadores do Calèche, restaurante mais maravilhoso que já conheci, propriedade do Jaime Pinto.Detalhe, íamos de tardinha , antes de abrir, pra  comer picadinhos e tomar uma cerveja  ( mas ele não ingeria bebida alcoólica).
Fomos companheiros de caçadas junto com o dr. Plada.
Gerou  filhos exemplares.Tratava minha Maristela com desvelo e carinho.
Eu não devia ter brigado com ele por bobagem.