segunda-feira, 11 de julho de 2016

MEUS PONCHOS CAMPOMAR ME SALVARAM HOJE DE MADRUGADA




Ontem anoiteceu de maneira estranha. Uma bruma no ar, nada de vento, silêncio, os miasmas paraditos.
Como está nas fotos.
O dr. Prates deu um chego aqui na estância que ele teima em chamar de Cabanha Gessinger (como se não tivéssemos gado geral, heheh) .Trouxe sua filhota Nina que só faltou recitar o poema I Juca Pirama.Ela canta e recita longos poemas. Que guria diferenciada. Tanto, que lhe disse: vou tocar violino para ti; vais ouvir quieta ou falar no meio como alguns adultos?
Ao final de minha apresentação ela me deu sua opinião: tu toca bem!
Júlio não bebeu nada de álcool e se foi levar a criazinha para Maçambara.
Às nove da noite fomos todos dormir.
:Maristela e Rudolf tinham guardado seus carros no galpão dos tratores e máquinas. E eu deixei minha nave ao relento no pátio.
Às 1,30 da madrugada deu um trovão medonho e começou uma chuva de pedras cada vez mais ensurdecedora. Vocês não imaginam o que é esse barulho. Dá um pânico.
Pulei da cama só de short, sem camiseta, dei de mão nos meus dois ponchos  Campomar, carnal vermelho, uruguaios e com eles  cobri minha adorada caminhonete, sob os gritos gerais que corresse de volta para dentro, pena de me atingir um raio.
Pensei, Wothan há de me proteger, mas não quero perder minha rica tracionada, que me leva e traz com segurança.
E as pedras batendo na minha cabeça e os coriscos iluminando tetricamente tudo em volta.
Corri de volta já com uma hipotermia, após ter coberto a minha SUV.
Mas logo me recuperei. Não é fácil de derrubar o filho da dona Ludmila.
Nas fotos os  dois ponchos salvadores secando ao sol.