domingo, 17 de julho de 2016

GENTE JOVEM NA LAVOURA E NA PECUÁRIA - ISSO É MUITO BOM


Quando entrei na Pecuária, 20 anos atrás, as práticas eram conservadoras na maioria dos estabelecimentos. Muita gente misturava gado de corte com leiteiro, não havia uma seleção,  demoravam a " terminar" o boi, faziam todos os ciclos mesmo seu campo não tendo a vocação para tanto. Essas coisas.
Com a gradativa assunção dos jovens nos negócios dos pais, jovens esses que tinham amor à terra, mas se apropriaram de novas tecnologias e estudaram em escolas agrícolas ou faculdades, deu-se uma revolução.
Tempos atrás a questão do pagamento era crucial, o vendedor ficava sem nada na mão e seus animais embarcavam e se iam, sem que o vendedor tivesse a certeza de ser pago.
Sexta-feira vendi umas vacas falhadas. Explico aos citadinos que se a fêmea foi inseminada e ou ficou com o repasse do touro e não emprenhou, é problemático ficar com ela por  mais quase um ano; e se ela falhar de novo? Daí porque, se o aparelho de ultrassom não acusar prenhez, ela vai ser descartada e irá para a engorda ( toque manual é coisa do passado).
Pois bem, um jovem que veio de Tupã e arrendou um campo aqui em Unistalda me mandou um Watts perguntando se eu queria vender vacas falhadas, de que raça eram e que peso médio tinham. Mandei fotos delas, pesei , fiz a média, disse o preço que queria, expliquei que meu gado só sai carregado depois de o dinheiro entrar na minha conta ( salvo para os que conheço), tudo por Watts app.
O rapaz veio olhar, gostou, pesamos, fez um TED na hora, olhei que tinha entrado o dinheiro, foram tiradas as Guias e lá se foi o bicharedo.
O mundo da iniciativa privada é um; o de outros setores, inclusive o público no seu geral, é outro.
É outro, se é que me entendem.
E isso tem que mudar.