quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

PATERNIDADE TEMPORÃ - DORES E DELÍCIAS




Senta aí e me escuta.
tenho um filho de 18 e uma neta de 18.
Tá bom pra começar?
Tive um feliz matrimônio que acabou. depois outra união efêmera e hoje apaziguada.
Entrementes passaram-se anos e anos e eu já acostumado a viver sozinho.
Há vinte anos surgiu Maristela, bem mais jovem e daí resultou Rudolf. Eu tinha 50 anos quando ele nasceu. Já não jogava mais futebol, estava acomodado e bem acima do peso. Só jogava um tênis  nos findes.
Quando o piá fez uns 4 anos ele, com uma bola debaixo do braço me acordava da sesta e proclamava:
- vem jogar bola comigo!
Decidi cortar a cerveja, fortalecer os músculos e o acompanhar.
Nas reuniões de pais e professores os pais podiam ser meus filhos. Aproveitavam-se os jovens pais para me pedir dicas.
Eu tinha um programa na rádio Pampa de p. alegre aos domingos  das 7 às 9. Levava Rudolf junto. A primeira viagem internacional ele fez comigo e com sua mãe aos 3 meses de idade.
E assim foi indo.
Agora fiquei sem postar 2 dias, pois estamos solitos passando uns dias.
- pai, vamos jogar tênis! fala esse marmanjo de dois metros de altura cujos amigos estão longe.
- pai, vamos  dar uns chutes aí no campinho!
- Pai, que treco foi esse da polêmica de Windscheid e Muther?
- Pai, é verdade que no teu tempo não se usava camisinha e vocês pegavam gonorreia?
- Pai, coloca o cinto pô! não importa que sejam só 2 kms.
- Pai, sai pra lá que eu ajeito esse teu computador que está mal configurado.
- Pai, que bom que me convenceste a não ter  tatuagem.
Tá explicado porque passei dois dias sem postar?