sexta-feira, 19 de agosto de 2011

SOU TESTEMUNHA PORQUE ESCUTO ESSE GALO AQUI DE CASA

 Jorge e Frederico
Ainda no tema animais, digo que moro em frente a uma praça, no bairro Centro Histórico.
Para felicidade nossa, há um galo, chamado Jorge, que canta e nos encanta todas as manhãs. O pessoal do DMAE, que alimenta Jorge com milho doado por moradores, me contou que batuqueiros iriam assassiná-lo numa oferenda (tem gente que acredita nisso e vive na Idade Média, com o beneplácito de alguns políticos que dizem que “é cultura africana” – arghhh!), mas Jorge, esperto que é, saiu correndo e embrenhou-se nos jardins do Palácio Piratini e escapou de sua sina.
De vez em quando, Jorge passeia pela calçada, peito estufado, ostentando sua bela plumagem colorida. Aí, surgiu outro galo, vindo não sei de onde, que responde às cantorias de Jorge. Acreditas que uma “senhora” (?), moradora de um prédio das redondezas, irritou-se com o cantar do galo e chamou uma patrulha ambiental ou seja o que for e mandou recolher os galos?
Só pegaram o Frederico, o galo mais jovem. Jorge, pela segunda vez, conseguiu escapar.
Concluindo: escutamos freadas de carro, barulhos de escapamento, sirenes, gritos de assaltantes e drogados, etc e nada disso incomoda a tal "senhora". Mas já os sons da natureza, esses são insuportáveis a ela.
Pena que não exista uma patrulha anti-malas, para que possamos mandar recolhê-los.

( ATÉ AQUI COPIADO DO PRÉVIDI)
Prossigo: quando eu morava em SãoLeo, no aristocrático Bairro São José, construí um higiênico galinheiro. Lá viviam felizes, em escandaloso concubinato, um galo e dez galinhas. Um então vizinho, que era estrangeiro, incomodou-se com o anunciador do fim das madrugadas e quis me levar às barras da Justiça. Antevendo possível derrota, levei os bichos para a casa de minha mãe no centro de S. Cruz. Lá viveram e foram felizes para sempre.