Editorial ***
"A
alternativa é péssima." Foi o que disse, pouco antes do impeachment, um
ilustre membro do Supremo. Era um vaticínio? Não, era a constatação de quem
olhava para o quadro e lobrigava nomes da velha política. Evidentemente que os
anseios populares de mudança não iam encontrar eco naqueles substitutos de
ocasião. Era uma questão de tempo para que nova mudança ocorresse.
E
o tempo chegou? Talvez sim, talvez não. O fato é que é preciso que a comunidade
jurídica fique atenta para que, dentro desta catarse que começou ontem, tudo
seja feito dentro dos estritos termos da lei. Mesmo porque, fora da lei o que
há é a anarquia. Mas há mais. É preciso também que seja dado todo o respaldo
possível para o magistrado, no caso o ministro Fachin, e ao procurador-Geral da
República, Rodrigo Janot.
Estamos,
ninguém duvide, sendo expectadores de uma mudança significativa na história da
República brasileira. E, neste momento, cada um de nós tem sua migalha de
participação acerca de qual futuro queremos.