Futebol é um jogo. É entretenimento. Como a maioria dos jovens têm que estudar ou trabalhar em coisas ortodoxas, vão para o futebol alguns inteligentes, mas a maioria deixando a desejar quanto ao funcionamento dos neurônios. O que é impossível de acontecer no tênis, no golf, na natação, no vôlei.
Nesse jogo chamado foot ball há regras. Poucas, mas que bastam.
As coisas têm que se desenrolar no campo: quanto menos o árbitro se meter, melhor.
Como eu sempre digo: num condomínio de gente correta, nem haveria necessidade de convenção. Num de bagaceiras, nem a polícia de choque resolve.
No caso do meu Inter, ele foi o pior time de todo o Brasileirão. Passes para os lados, chutões, atrasa para o goleiro, todo mundo encagaçado.
Teria o Vitória tido um jogador irregular. Grande coisa. Porque não reclamaram na hora?
Me repugna a judicialização de tudo, quanto mais de um mero entretenimento em que a torcida mais sofre do que é feliz, enquanto que técnicos e jogadores hoje estão no time A e amanhã, sem o menor pudor, estão no B.
Seria como meu escritório aceitar a causa de A e depois renunciar ao mandato e meter bala a favor do B. Mas a cultura do futebol é isso: dissimulação, jeitinho, esperteza.
Perder é do jogo. O Grêmio, nas vezes em que caiu, não choramingou.
Espero que a nova direção derrube o Rei nesse tabuleiro de xadrez e reconheça que o caminho escolhido foi temerário.
E vá jogar contra o Íbis, na boa.