Isso já aconteceu nos tais clubes sociais. Bailes de debutantes, tríduos momescos ( hahaha), bailes de réveillon, nada disso sobreviveu, salvo em algumas ilhas ignotas. Tudo mudou: a erotização precoce das meninas matou o baile de debutantes; o sexo livre matou os bailes em geral; os motéis mataram as conversas intermináveis no portão.
O futebol é , no Brasil, o mais amador dos empreendimentos no que tange à maioria dos clubes. Quem ganha dinheiro são os empresários, os atravessadores e alguns técnicos. A maioria dos jogadores, como as meninas das vilas que sonham em ser modeletes, mas não têm quem lhes pague o dentista, vivem ou sobrevivem inebriados pelo sonho de uma aparição milagrosa num clube grande.
E a fogueira de vaidades vai consumindo os clubes como uma super nova, com seu buraco negro.
No futuro as pessoas irão aos estádios, se os assaltantes deixarem, caso do Brasil, para ver jogadores de talento. Vão ver um espetáculo: ora torcerão em favor de um, ora de outro.É como no tênis: eu olho todos os jogos da ATP, mas torço pelo que joga melhor.
Não mais haverá torcedores cativos de clubes de futebol. O Barcelona está puxando a ponta.
Podem me cobrar dentro de 50 ou 60 anos. Cobrem de mim , não do meu espólio.