Ruy
O
ilustre Des.Newton Fabrício que muito lutou pela cultura em seu saudoso
blog PELEANDO CONTRA O PODER “( com o qual colaborei muitas vezes),tem
uma visão lúcida e correta de nossa radiofonia.
E
sobre a fascinação do brasileiro com o futebol. São tendências criadas,
elaboradas e difundidas , na realidade, por interesses financeiros do lucro a
qualquer custo. Em Londres, me surpreendi vendo uma turma de jovens num
restaurante e num sábado à tarde, vibrando e torcendo aos gritos assistindo na
TV um jogo de críquete. O Fantasma da Ópera está há 20 anos em cartaz.
Em
Delhi assisti uma transmissão nacional em cadeia vista por milhões de pessoas
de um jogo de hóquei sobre a grama. Em Moscou, uma final de xadrez entre dois
jovens enxadristas, fez o comércio e outras atividades cessarem durante várias
horas. E o balê Gisele, de Adam, ficou vários anos em cartaz.
Minha
modesta observação sobre esses fatos, tão oportunamente assinalados pelo
Des.Newton Fabrício é que a tarefa que, nós culturalmente
privilegiados temos é a tarefa cidadã de não aceitar as políticas
de identidades de hábitos e de ideias tais como nos são dados, mas
mostrar como todas as representações difundidas principalmente pelo tsunami
midiático, todas são pensadamente construídas e nos cabe também perguntar quais
dão suas finalidades , quem são seus criadores, quais são seus componentes .
Eis
um tema adequada e oportunamente ventilado por Ruy e seus amigos.
Com
meu abraço afetuoso.
Franklin
Cunha
Médico
Membro
da Academia Rio-Grandense de Letras