terça-feira, 15 de janeiro de 2019

FLEXIBILIZAÇÃO DA POSSE DE ARMAS? SERÁ MIGUÉ?


A FLEXIBILIZAÇÃO DA POSSE DE ARMA

Tá me cheirando migué


por João-Francisco Rogowski
Advogado

Além de votar em Bolsonaro fiz campanha para ele nas redes sociais, porque entendi que elegê-lo era a única forma de derrotar o projeto criminoso lulopetista e o terrorismo.
Na sua posse ao ministério o General Augusto Heleno enalteceu sobremodo a estruturação e a eficiência da Agência Brasileira de Inteligência – ABIN, levada a cabo pelo General Sérgio Etchegoyen.
O presidente Jair Bolsonaro manifestou-se pelo Twitter informando que quer a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) com validade de 10 anos.
Hoje (15) o presidente assinou o decreto que flexibiliza a posse de arma de fogo de defesa pessoal pelo cidadão.
Para ser justo reconheço algum avanço nessas questões, mas para ser fiel à  minha consciência devo dizer que eu esperava bem mais.
Claro que entendo que atual administração pública federal está apenas no início de sua gestão, mesmo assim já sinto um aperto incômodo no peito.
Se o Serviço de Informações está tão bem estruturado como afirmou o Gen. Heleno, por que então o governo foi pego de calças na mão em relação à onda de atentados terrorista no nordeste do país?
Recentemente passei uma temporada em Portugal e fiquei sabendo que em muitos países europeus  a Carta de Condução de veículos é vitalícia, em outros é válida por 15 e até 50 anos.
A obtenção da  Carta de Condução também é muito simples, dependendo da categoria, se amador, o condutor é dispensado de exame de direção, assina uma declaração sob as penas da lei que sabe manejar veículos.
A exigência mais rigorosa é a do Atestado Médico para que se possa dirigir o qual pode ser solicitado ao médico de família, ou atendimento nas Unidades Públicas de Saúde ou  clínicas particulares.
Esse documento é exigido uma única vez, porque o condutor tem a obrigação legal de comunicar ao Departamento de Trânsito qualquer alteração em seu estado de saúde que limite sua capacidade para conduzir veículo. Os médicos também são responsáveis por  efetuar essa comunicação caso observem em seus pacientes déficit prejudicial à condução de veículo.

Por fim a questão da “flexibilização” da posse de arma de defesa pessoal.


Há que se diferenciar as armas de fogo de defesa e de ataque.
Armas de defesa têm menor potencial ofensivo, geralmente o revolver e pequenas pistolas.
Já as armas de ataque são os fuzis, pistolas de uso restrito das Forças Armadas e outras armas mais potentes.
Lembro-me que antigamente a pessoa interessada em adquirir uma arma de defesa ia a uma loja de armas, apresentava documento de identidade, comprovante de endereço e preenchia um formulário e aguardava uns dias a aprovação pela Polícia que obviamente levantava a ficha (antecedentes) do comprador.
Uma vez aprovado o cadastro do candidato a venda era formalizada e ele poderia ter a arma de defesa em sua posse e guarda (não o porte).
O decreto de “flexibilização” assinado hoje traz uma série de regulamentações e exigências que tutelam o cidadão em detalhes dos mais triviais, como ter um cofre ou armário com tranca para guardar a arma de defesa se houver crianças ou doentes mentais no local.
Quando eu era criança recordo-me que meu Pai guardava a arma em cima do roupeiro e descarregada, ele nunca precisou de uma lei obrigando-o a ser diligente e cuidadoso com a guarda de sua arma.
O excesso de regulamentação tratando o cidadão com um retardado, como um incapaz desprovido  de autodeterminação e pragmatismo é próprio do comunismo totalitário que tutela tudo e todos, e nada tem a ver com um sistema político democrático, liberal, que respeita e assegura aos indivíduos o direito de viverem e se conduzirem de acordo com a sua liberdade natural, o seu livre arbitro dado pelo Soberano Deus ao homem e que até mesmo ELE respeita.
Sinceramente eu esperava que o lema desse novo governo fosse liberdade com responsabilidade!

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João-francisco Rogowski