P
O R O N G O
( por Euclides Ventura de Mello)
PORONGO
VELHO SOVADO
NAS
RODAS DE CHIMARRÃO
QUANTO
ME TENS CONSOLADO
NAS
HORAS DE SOLIDÃO
NO RECÔNCAVO DA MÃO
TE ANINHAS E TEU CALOR
ME LEMBRA UM SEIO FUJÃO
QUE NÃO ME QUIZ DAR AMOR
SORO
VERDE AMARGO E QUENTE
QUE
RETEMPERA E ENTRETÉM
ÉS
O PARCEIRO SILENTE
NA
ESPERA POR QUEM NÃO VEM
ÀS VEZES ME
APLASTO TANTO
NO REENCILHAR DO
PASSADO
QUE ME CAI NA
CUIA O PRANTO
DEIXANDO O MATE
LAVADO
BEM
POR ISSO, DESPACITO
MEUS
DIAS EU VOU GASTANDO
E
SÓ MATEIO SOLITO
PRÁ
NINGUÉM ME VER CHORANDO