Pena que não vens no programa falar sobre este tema
palpitante e outras.
Perco eu, perdemos nós
sem a tua opinião no Pampa Debates.
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LAIS LEGG - PSIQUIATRA
Ruy, concordo contigo linha por linha. Domingo, chamei um
táxi (por
aplicativo) e fui a uma festa. Entrei no carro, estava
muito calor naquele dia e não havia ar-condicionado no veículo! Todos os vidros
estava abertos, fiquei despenteada, com os cabelos grudando no batom, um
horror!
Outro dia, chamei um táxi para ir a uma missa de sétimo
dia. Entrei no veículo e disse que queria ir na igreja Santo Antônio. Sabe o
que o motorista me disse? "Ah, vai rezar para desencalhar?". Pooode?
A pá de cal é saber que o tal traficante executado em
janeiro era dono de uma frota de táxis, usada para lavagem de dinheiro. Mas a
EPTC faz vista grossa...
Abraços,
Laís
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HERMES DUTRA - ADVOGADO
Vou dar um depoimento, o que não
quer dizer que as coisas sejam exatamente iguais para todo o mundo. Duas
semanas atrás fui a São Paulo visitar meu filho e meus netos e no domingo, para
ir ao aeroporto, meu filho chamou o UBER. Chegou um carro com um motorista bem
vestido. Foi extremamente gentil. Dentro do carro, com o ar já ligado e numa
temperatura agradável, tinha duas garrafas de água mineral geladas. No
aeroporto o motorista, sempre solicito, pegou nossas malas e nos desejou boa
viagem.
Quem pagou foi meu filho, não
sei quanto custou, mas perguntei a ele se era muito caro e ele disse que não.
Voltei então, verdadeiramente
encantado com o UBER. Se for assim com todo mundo. Que venha logo para cá.
Abraços
Hermes Dutra
OS – Ah, e ele pagou com cartão
de crédito.
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DES. ELISEU TORRES
Em qualquer parte do mundo esse
tal de “UBER” funciona e bem. Nos idos de 1970, experimentei, em Buenos Aires,
esse serviço. Que lá esses chamavam de “REMISES” ou algo assim. Hoje, está no
mundo inteiro,. C ada um escolhe o serviço que pretende. Não consigo
identificar as razões pelas quais, tanto a EPTC quanto os taxis se opõem ao
serviço. Eliseu
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ASTOR WARTCHOW - ADVOGADO
Historicamente há uma dificuldade de aceitação “do novo”, principalmente quando ameaçador às razões de nossa zona de conforto (alimento, domicílio, trabalho e renda). São comuns as reações. Boicotes, greves, quebra-quebras e formalização de leis restritivas e imputação de tributos.
Novidades não faltam. Nas indústrias, a adoção de processos seriados, mecânicos e robóticos. Nos serviços e no consumo, o autoatendimento e o código de barras. No comércio e conhecimento mundial, a plenitude do mercantilismo e a globalização.
E nas relações de emprego e trabalho, as novas formas de contratação como terceirizações e quarteirizações. Ou seja, a ideia de “ter um emprego” dá lugar a ideia de “vender trabalho”.
Entremeando as novidades, a supremacia das novas tecnologias de conhecimento e comunicação. Por exemplo, o “WhatsApp e o Netflix” você já conhece. Assim como o aplicativo “Uber”, o serviço de táxi que faz sucesso mundial por oferecer agilidade, bom serviço e preço. E “Spotify” (músicas), “Booking Online” (turismo), “Airbnb” (hotéis) e “Amazon” (livros), você conhece?
O “WhatsApp” está tirando o sono (e o dinheiro) das operadoras de telefonia celular. A mesma choradeira dos tradicionais canais de TV que perdem audiência para o “Netflix”.
Assim como no passado, as novidades começam a incomodar. Em São Paulo, há uma revolta dos tradicionais taxistas, com quebra-quebra de carros, ataques e lesões físicas aos “clandestinos do Über”. E em Porto Alegre como será?
Para impedir o suce$$o das novidades os incomodados têm reivindicado sua proibição e/ou tributação Parecem ignorar que na restrição de concorrência e imputação tributária o prejudicado será o cidadão e usuário. Afinal, nesta competição entre o velho e o novo, o que determina a sobrevida de um ou outro é o preço, a qualidade e a preferência do consumidor.
“Ludismo” (dizem que em memória do operário Ned Ludd) foi um movimento que reuniu trabalhadores (de indústrias) contrários à substituição da mão de obra humana por máquinas (na Inglaterra, em 1811). Desde então, denomina-se “luditas” aqueles que se opõem ao desenvolvimento tecnológico e industrial.
Diante das novidades e dos fatos, além da EPTC (Empresa Pública de Transporte e Circulação de Porto Alegre), quem mais é um “ludita”?
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LUIZ AUGUSTO BECK DA SILVA - ADVOGADO
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LUIZ AUGUSTO BECK DA SILVA - ADVOGADO
Segundo li na imprensa local, o
Uber já está em operação em 67 países; apenas na Espanha sofre resistência,
superada em outras nações onde se instalou e veio para ficar. Perguntas que se
impõe na análise:
a)
Em horários de
“pico” não faltam taxis em Poa e você sempre consegue um rapidamente?
b)
Você encontra os
táxis que ocupa sempre limpos?
c)
O mesmo se passa em
relação ao motorista e todos são educados?
d)
Nunca se deparou com
abusos e/ou desvios mais longos de itinerários?
e)
Todos os taxis
possuem GPS e ar condicionado?
f)
Todos os taxis
recebem o pagamento via cartão de débito/crédito?
g)
Você já encontrou algum
motorista de taxi de terno, paletó e gravata? Isto é corriqueiro e de praxe?
h)
É impossível
sujeitar o proprietário da exploração do Uber ao pagamento de tributos e
cadastramento?
i)
Em relação à alegada
insegurança, você nunca tomou conhecimento de assaltos praticados por motorista
de taxi, malgrado sejam eles as maiores vítimas?
j)
Você não tomou
conhecimento de que um traficante, recentemente, possuía cerca de uma dezena de
taxis, na praça, com diversos motoristas trabalhando para ele?
k)
Você alguma vez recebeu
água, refrigerante, balas e/ou bombons nos serviços de taxi?
Sou
a favor. Aliás, o ex Prefeito, Vilela, atual vereador, hoje à tarde, na BAND,
já abriu seu voto a favor do Uber quando a questão vier a ser submetida à
Câmara Municipal. Ouvintes e vereadores outros também fizeram o mesmo. Att. L.
Augusto Beck.