Nossos campos são de afloramento basáltico. Não temos um rio
caudaloso por perto. Nem Lagoa dos PaTos, que dizer dos marrecos. A seca é CONSTANTE.
Nos nossos campos não dá para plantar soja nem trigo.
Então não podemos competir engordando gado. Temos que ir
para um nicho que pressuponha qualidade,
obstinação pelo pós venda, garantias,
dar prazo particular e sem embromação, facilitar o negócio, com foco nos
pequenos e médios, que são os melhores pagadores.
Mas nosso negócio, conquanto
comparativamente bem organizado, perde para as empresas urbanas em matéria de
sistematização, velocidade de mudanças, formação de colaboradores.
Daí que, como já disse, vou me atirar na genética, fornecendo
para os médios, com facilidade de logística, entregando o produto na casa deles e dando assistência. Já vínhamos operando assim, mas nos faltava volume. Até do Mato grosso querem nos comprar reprodutores.
Já tenho um novo colaborador pronto para nos ajudar a dar um
up grade. É o Luciano, que vai se formar em poucos meses em
Veterinária. Criou-se aqui na nossa fazenda e se formou por incentivo e força de
todos nós. É campeiro, conhece muito da prática e fez um belo curso. Vai
estagiar para dominar a técnica de transferência de embriões.
Me acertei com ele hoje. Vai ficar conosco. Seu pai, nosso
capataz Luiz César vai continuar no seu posto. Mas tanto ele como eu já temos
cabelos tordilhos. Vamos analisar o que
ele tem para nos indicar de caminhos.
Rudolf, meu filho mais novo, tem 17 anos, mas D. Pedro II
assumiu o Brasil com 16. Vai fazer sua faculdade em P. alegre, mas vai acompanhar o dia a dia da estância.
Maristela cuida dos ovinos da cabanha.
O Japão é uma ilha árida, Israel é um lugar que era
desértico. E tiram leite de pedra.
Nós também vamos.
Amanhã baixo umas lindas fotos para vocês. O vento derrubou
minha antena de internet.
Dedico esta post ao meu glorioso amigo Paulo Sérgio Pinto que
sempre acreditou em mim. Em tudo.