quinta-feira, 29 de julho de 2021

DE FUTEBOL E SOFRIMENTO

 Eu estava naquele jogo no Beira Rio em 1989. Era relativamente moço. Na época,  por vezes até ia aos treinos. Tinha cadeira cativa. Várias vezes acompanhei o Inter em outros Estados. Sempre ia com a camiseta rubra, aguentava as flautas quando havia derrota.

Escutava todos os jogos e, se houvesse transmissão pela TV, não perdia nem os comentários finais.

Mas aquele jogo em 1989 foi demais para minha paciência. Depois que o Inter fez de tudo para perder o jogo contra o Olimpia voltei muito amargurado para casa. 

Foi quando, no meio da madrugada, após me rolar e rolar na cama, tive um estalo de clarividência. Pensei: o que estou ganhando com essa tristeza? De que me adianta eu me torturar?

Naquela madrugada decidi: nunca mais irei a jogos de futebol do Inter, nem verei pela TV. Talvez só me informar, ao término do jogo, do resultado .

E assim fiz até hoje. Não “seco” o Grêmio e não discuto futebol com os amigos. Gosto de ver os jogos da Seleção Brasileira e dos clubes europeus.

Decidi ver belos jogos sem torcer nem sofrer, só apreciando a técnica apurada de vários clubes, sem me esganiçar aos urros. Só desfrutar.

Isso acontece com os jogos de tênis. Acompanho vários torneios, sem me estressar, só vibrando com  os lances.

Posso estar enganado. Mas no futuro os grandes clubes dos vários continentes formarão uma liga e serão bem sucedidos  por causa do brilho exponencial de seus jogadores. 

Penso que hoje o futebol está muito nivelado em todos os lugares. Ninguém mais é bobinho. Daí se explica que grandes clubes já foram rebaixados e muitos o serão de novo se não se cuidarem. Aqui, tirante  uns  5 clubes, qualquer um pode cair. No Brasil basta um menino se destacar e  seu passe é adquirido pelos “clubes empresa”, principalmente do Exterior. 

Na atual situação brasileira reina o amadorismo na maioria dos clubes.

Veja-se o que acontece com o Cruzeiro de Minas Gerais: já está há dois anos na segunda divisão e assanhadinho para cair para a terceira. 

Se Grêmio e Inter continuarem nessa senda, não será surpresa um dos dois ou ambos, darem uma chegadinha na Segundona. E calculo que não seja fácil de retornar.

Fico muito intrigado com o que acontece com dois “bondes”. Um do Inter e outro do Grêmio. O que faz há anos o Gigantinho mofando e se deteriorando? O que faz o Grêmio que ainda não solucionou o problema do Olímpico que virou tapera?

Acho mais graça ir a jogos do interiorzão e passar  direto para a copa com os amigos.

E, de vez em quando, dar uma espiada no jogo. Meu pai fazia isso quando me levava ao campo do Santa Cruz.


quinta-feira, 22 de julho de 2021

SÃO OS CUSCOS QUE NOS ADOTAM

 Um dia, na estradinha de chão que liga o asfalto com minha estância, ví um filhote de pastor alemão, sorrindo, ao lado de uma bolsa de sementes vazia. Alguém o abandonara ali, mas ele pensava que fora colocado para guardar e zelar pelo saco. Na volta, lá continuava ele, todo molhado pela chuva. Parei a caminhonete e ele me " rosneou". Fui “tenteando” e ajeitando até que ele concordou em vir comigo  desde que eu deixasse ele vir com o saco plástico vazio.

Eu já tinha um outro cachorro da raça e dei aos dois os nomes de Debby e Lloyd.

Debby logo se tornou meu dono, exigia exclusividade, lamuriava-se à minha porta quando eu não estava e ouvia o ronco de minha caminhonete a dezenas de kms e ia esperar no mata-burro. Só se acalmava depois de duas horas de afagos.  

Debby tinha uma cadela favorita entre seu harém. Essa fêmea, de nome Frida, era faceira e muito sábia. Quando Maristela tinha recém engravidado, 24 anos atrás, ela se aproximou, lambeu o ventre dela e depois lhe sorriu. Como já disse, os cães falam e sorriem. Mas só para aqueles de quem gostam. 

Esses bichos não precisam de banhos sistemáticos dados pelo homem. Eles se atiram no açude ou no arroio e lá se banham. Claro que precisam de vacinas e desverminações. Ensinam seus filhotes a lutar. São lindos seus folguedos, simulam ataques aos garrões ou à jugular, numa memória ancestral de suas origens. Nossos cães convivem com gatos, galinhas, pintinhos,

não fazem danos nas hortas.

São, porém, terríveis com cães estranhos: têm um forte apego aos seus limites territoriais.

Um dia meu capataz me ligou durante o dia. Maus presságios. É que o capataz geralmente só liga à noite para contar os “sucedidos” do dia. Se telefona de dia, é zebra na certa. Eu estava no escritório, em Porto Alegre.

- doutor, seu cachorro tá muy mal!

 

Só deu tempo de eu abastecer e me toquei na hora para a estância.

Cheguei e o pobre cusco estava deitado sob uma árvore.

Acariciei sua cabeça e seu lombo,falei com ele,  que levantou a cabeça, a duras penas, e me sussurrou: “seu Ruy, acho que tô na capa da gaita, peleando só com o cabo da adaga”. O veterinário que fora chamado já vaticinara que o caso era irreversível. Assim fiquei por horas o acariciando e conversando sobre suas proezas e como deveria ser lindo o céu dos bichos. O pobre fazia um esforço para me olhar, mas sua cabeça pendia e ele  arfava já sem forças. Deu um pequeno uivo e faleceu.Jurei não ter mais cachorros. Mas logo vi que não vivo sem eles. 

(Muito bom o livro “O homem da sepultura com capacete” de Ricardo Düren)

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quinta-feira, 15 de julho de 2021

A AUSÊNCIA DAS GALAS

 Meu amigo advogado Cícero Barcellos Ahrends publicou no “ Espaço Vital” um artigo muito bem colocado sobre determinadas atitudes de alguns Ministros do STF. Diz o advogado: “Independentemente do julgamento de matérias técnicas que, rotineiramente, afrontam nossa Constituição Federal e a notória intromissão desrespeitosa que extrapola sua alçada e competência, me causou enorme estranheza o nível do debate que é vivenciado naquele plenário.

Por vezes, conjecturei estarem transmitindo imagens de uma bodega ou taberna já no adiantar da noite, onde a elevação alcoólica é capaz de irromper qualquer bafômetro de alta tecnologia.

Lembro, em suas respectivas épocas, dos notáveis Francisco Rezek, José Neri da Silveira, Ayres Britto, Sepúlveda Pertence, Ellen Grace, o gaúcho Paulo Brossard de Souza Pinto, entre tantos, que dignificaram àquela Casa. Como igualá-los aos atuais, tanto na cultura jurídica, postura e comportamento?”

Recordo o diálogo entre um advogado antigo e um bem jovem magistrado, ao início de uma audiência. O advogado se referiu ao juiz como “ Vossa Excelência” e o magistrado replicou que dispensava o tratamento de “ excelência”. Ao que o veterano advogado asseverou que não estava se referindo à pessoa física do juiz e sim ao enorme poder que ele representava.

A boa educação, a sabedoria, se tornaram praxe em quase todos  tribunais.  Virtudes como moderação, fineza, galas, sapiência. Infelizmente o tempo as fez sumirem pela janela, em alguns tribunais.

Aproxima-se o momento de preencher a vaga deixada pelo Ministro Marco Aurélio. 

Consta que o presidente da República pretende nomear uma “ pessoa terrívelmente evangélica” ou algo nesse sentido.

Mas, “ oras bolas”, como gosta de dizer o Presidente no seu linguajar rotineiro, não me consta que na Carta Magna esteja esse requisito primordial para ser ministro da mais alta corte.

E o notório saber jurídico, onde fica?

Não está mais que na hora de se escolher uma pessoa, seja mulher, seja homem, de irrepreensível conduta, que ao proferir seu voto dê uma aula de senso de justiça? que seja elegante e sereno?

Não desdenho dos atuais ministros, longe disso, mas aspiro por  uma personalidade que só pela sua carreira, receba todo o acatamento da sociedade.

Importante que o Senado examine bem o currículo do indicado. Foi muito bem o Senador Heinze quando, indagado por que não votara num determinado candidato ao STF respondeu, com muita sabedoria: “ porque havia outros melhores”.

Não há dúvida, ao meu sentir, que os tribunais superiores têm que ser reformados.

Meus votos pela pronta recuperação do Presidente Bolsonaro.

quinta-feira, 8 de julho de 2021

A BOA FÉ ESCAMOTEADA

 Pela repercussão que teve minha crônica sobre o Mio-Mio, oportunamente versarei sobre os danos que a planta Maria-Mole,( Senecio Brasiliensis Lees) uma flor amarela, faz no gado . Também medra em muitas regiões. É um perigo para os animais.

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Quando fui promovido da Comarca de Arroio do Meio para Santiago, passei a me adaptar a um outro mundo. Arroio do Meio era um lugar pacato, quase não havia problemas. Eu brincava com meus amigos: o que estou fazendo aqui se todo mundo paga suas contas e ninguém briga com ninguém?

Ao chegar em Santiago, cidade bem linda, com pessoas afáveis, a comarca  estava sem juiz há dois anos. Então me deparei com pilhas de processos esperando andamento.

Na época em Santiago havia poucos advogados. Todos, porém, muito preparados. 

Me deparei com processos que tratavam de matérias com as quais nunca havia me defrontado: problemas de posse, de propriedade, de detenção, de limites territoriais.

Por sorte havia me preparado sobre essas matérias. Mas, como todos sabemos, uma coisa é a teoria; outra, a prática.

Quando ouvia uma testemunha, ela falava um linguajar  “sui generis”. O maior exemplo é a pelagem dos equinos! Eu brincava com os amigos que, para saber qual era a pelagem de determinada égua ou cavalo, era necessário um estudo de 20 anos. 

Enfim, passei a visitar fazendas. E ali nasceu minha vontade de um dia ter uma propriedade rural.

O homem do campo é muito educado, apesar de alguma rusticidade por vezes. Me encantava como eram gentis com a esposa e os filhos.

Todavia, muitos não sabiam dizer não. Às vezes pessoas pediam uma novilhas emprestadas para um rodeio. Resultado, elas  voltavam estropiadas. 

Agora vem o pior. Exatamente o que os jornais estamparam nesses dias.  Compradores de gado visitavam fazendas, pediram um prazo , pagaram pequenos lotes, que foram aumentando para, ao fim e ao cabo, se dar o calote.

Sucede que o campeiro é muito reservado, acredita na boa fé, tem vergonha de negar prazo para o comprador.

Quando eu comecei com a pecuária fiz uma promessa a mim mesmo. Teria gado de qualidade, estabeleceria preços convidativos , mas meu gado não sairia da porteira antes de o valor estar na minha conta bancária.  

O golpe é simples. O "comprador" vai a uma pequena fazenda e compra 12 reses   a vista, em dinheiro vivo. Sai dali e as vende. Com esse dinheiro vai impressionando outros de  como é “ honesto”. Depois pede a todos  um prazo para o pagamento das novas reses. E some, ficando o estancieiro sem mel nem porongo.


quarta-feira, 7 de julho de 2021

PODER ASSUSTADOR

 TITO GUARNIERE 

 

PODER ASSUSTADOR 

 

Para a esquerda, a democracia representativa, como a do Brasil, é um sistema imaginado para servir aos propósitos e interesses das classes dominantes, e no qual as classes subalternas – os trabalhadores, as pessoas comuns do povo – são as que pagam a conta. 

 

Tem-se como certo de que os grandes empresários – banqueiros, magnatas da indústria, donos de empreiteiras – comandam nos bastidores, através de alianças bem tramadas, o estado brasileiro, e definem o destino dos recursos públicos e quais interesses serão hegemônicos. 

 

Em parte, é verdade. Mas nem sequer chega a ser a maior parte. O jornalista Vinícius Torres Freire, da Folha, entrevistou seis empresários, dentre os 100 maiores do país. Em resumo, eles disseram que "empresário não articula nada", e que mesmo quando as empresas podiam contribuir para as campanhas eleitorais era assim. 

 

No Brasil ao menos, as "classes dominantes" estão localizadas nos altos postos da burocracia estatal – receita (fisco), Banco Central, Poder Legislativo, Segurança Pública, autarquias reguladoras, magistratura, Ministério Público, Itamaraty. Esses grupos tocam de ouvido, se articulam com rapidez e precisão, reagem prontamente a qualquer tentativa de mexer nas suas regalias e vantagens, e traçam o desenho do estado brasileiro à sua feição, de modo a que os seus privilégios não sejam tocados ou seus interesses contrariados. 

 

É a "´privilegiatura" de que fala o jornalista Fernão Lara Mesquita, à qual se juntaram ultimamente as forças armadas, com centenas de militares ocupando cargos civis – é oportuno lembrar o tratamento vip com que foram agraciados na recente reforma da previdência. 

 

O poder da privilegiatura não se expressa apenas na azeitadíssima defesa dos seus interesses. Como um poder legislativo paralelo, não eleito pelo povo, simplesmente legisla, faz a lei. Estou me referindo, no caso, às tecnoburocracias da receita federal, de autarquias e agências reguladoras. 

 

Enquistados nos seus espaços de poder, vivendo para dentro, recebendo salários de marajás, sem risco de perder o emprego, não fazem a menor ideia de que esforços e recursos são necessários para a produção dos bens, dos serviços, da riqueza. Enxergam nos empresários, nos donos do capital, apenas indivíduos gananciosos, que só pensam em ganhar mais dinheiro. 

 

Assim, em cada ato que exige uma mediação do estado, a burocracia, seguindo o instinto primitivo do poder, tende a exorbitar, dando à decisão – da mais simples à mais complexa - a interpretação mais gravosa, para o cidadão ou agente econômico. "O poder é a possibilidade de fazer o mal". (W. Shakespeare). 

 

A mão é leve quando redige leis ou elabora emendas em seu próprio favor. Mas é pesada para criar e agravar obrigações da sociedade civil e produtiva. O poder desses organismos estatais é assustador: são milhares de instruções normativas, circulares, resoluções que, muitas vezes ultrapassam os limites das leis votadas no Congresso, e levam ao desvario contribuintes e agentes econômicos, obrigados a gastar fortunas com advogados especialistas e caros, para reduzir os danos da fúria regulamentadora. 

 

titoguarniere@outlook.com 

twitter: @GuarniereTito 


sexta-feira, 2 de julho de 2021

AINDA SOBRE MIO-MIO , PLANTAS TÓXICAS E ELISA LYNCH - ( FLÁVIO MORSCH)

 Olá, amigo Ruy. 


    Não suporto o teclado do celular e o corretor do whatsapp. Sou conservador e excêntrico em certas áreas.  Também não sei usar whats no notebook, tampouco escrever mails no celular, nem quero aprender. Desta feita, cá estou no notebk com seu ortodoxo teclado.
    Sempre li muitas biografias. Mal lembro o nome , há uns 30 anos, caiu em minhas mãos a Elisa Lynch(1833-1896) , um livro hoje fora de catálogo ,em que pese estarem na moda  personagens femininos.
Falarei de memória, com possíveis inexatidões, aliás encontradiças em tudo o que cerca a Guerra do Paraguai.
   A bela Lynch nasceu na Irlanda  e se tornou primeira dama do Paraguai. Teve filhos com Solano Lopez, com quem não casou porquanto já fora casada. Monarquista,ela invejava a corte de Napoleão III e de D.Pedro II,embora o republicano Paraguai desprezasse o império brasileiro.
   Estava dividida a Argentina nos anos de 1860, com Mitre na Província do Prata (aliado do Brasil) e, ao norte, "Entre Rios", o Gral. Urquiza, compadre de López, que alternou apoio ao Paraguai com adesões à "Tríplice Aliança". Naquele livro, consta que Urquiza vendia cavalos ora ao Brasil ,ora ao Paraguai. 
Em direção ao Uruguai, seu primeiro desiderato , López teria avançado pelo RS com milhares de cavalos que foram dizimados por um capim que só existia no pampa gaúcho.
    Outra coisa interessante que lembro: o exército brasileiro, quando avançava por terra, arrastava rebanhos bovinos para alimentação das tropas - compostas principalmente de escravos que os guaranis chamavam de macacos - e para a tração de carroças. Detalhe: os soldados mijavam em tonéis para reservar urina ao curtimento do couro dos bois abatidos.
  Você ouviu falar de tais trovas?

Abraço!

quinta-feira, 1 de julho de 2021

O DANADO MIO-MIO

 

O nome do bandido é mio-mio, mas se o Criador o colocou nos nossos campos, então deve ter um motivo. Olhem o lindo nome científico  do “serial killer”: (Baccharis coridifolia). Nos países de língua espanhola é  “romerillo”.

Mio-mio é uma erva bem verdinha, altamente tóxica, que medra nos campos de quase toda a região centro-oeste do RGS e não tem como a extirpar. Corta aqui, ela aparece com mais força acolá.

Explico que a região de Santiago, Itaqui, descendo para Uruguaiana e Quaraí é useira e  vezeira em secas, geadas e lá está o famigerado vegetal.   Todavia  o animal que não conhece o “bandido”, se comer a erva está morto e sepultado. No inverno os campos tem geada, o que é ótimo para extinguir várias espécies que prejudicam os animais, mas o sacana tem folhas bem verdinhas, a contrastar com a palha deixada pelas geadas. Oba, pensam bois, vacas, touros, ovinos inexperientes: “olha que bóia gostosa vamos comer”!

 

Os animais que nascem onde há mio-mio, não o  comem. Mas com os  de outras paragens há que se tomar uma série de providências.

Esses  animais chegam de caminhão depois de uma longa viagem, chacoalhando, estressados, com sede e fome. Eu sempre mando descarregar na mangueira, onde já os espera água e muita alfafa ou  pasto cortado.

Os animais vão comendo  e descansando. Depois de várias horas a gente vai  a cavalo e os tange para beber água do açude. Depois vão passar dois dias num pequeno potreiro com muita pastagem. Voltam para a mangueira, onde é passado mio-mio nos seus beiços para que o repugnem.

Há uns  10 anos comprei 120 novilhas de um proprietário longínquo.

Perguntei se os animais conheciam mio-mio. Responderam-me que sim.

Eu queria transportá-las em caminhões boiadeiros. Seriam umas poucas  viagens  e pronto.

Mas meu pessoal queria porque queria trazê-las por terra. Parece que atropelaram demais. As reses chegaram bem estressadas, com fome. Ainda inventaram de as marcar logo na chegada. Relembremos que marcar é colocar um símbolo super quente, em brasas, no couro do   animal. Extremamente dolorido. Hoje isso está mudando para o brinco ou o chip.

Resultado:  comeram mio-mio, se “ervaram” e a metade morreu intoxicada.

Perdi, portanto, 60 novilhas. Multiplica isso por 6 mil pilas hoje cada uma. Não me nocauteou, mas doeu na guaiaca.

Fiquei abatido uns três dias, mas aprendi.

No campo a última palavra é tua. As consequências também.