Eu sei, eu sei: eu não sou normal.
Imagina: eu não tenho tatuagem, nunca fumei maconha, trabalho desde os 12 anos, tenho carteira assinada desde 16; sempre tratei os professores por " senhor". Em Santa Cruz,quando o juiz, dr. Alfredo Zimmer entrava na piscina do Tênis Club, eu e a gurizada tomávamos distância, respeitosamente.
Meu pai, já adulto, não fumava perto do meu avô.
Já como juiz, às vezes eu levava umas puteadas do meu pai e ficava bem quietinho.
Sempre procuro dar tratamento reverencial às autoridades.
Essa expressão " sorte que meu pai morreu" eu aprendi da Maristela, quando ela se horroriza com alguma coisa.
Estou horrorizado com os maus modos imperantes no nosso Excelso Pretório ( em sânscrito quer dizer STF).
Eu, que sou uma moça, principalmente no futebol, não sei o que iria fazer se alguém que dissesse que estava fazendo " chicana".
Eu ficaria com os olhos injetados de sangue e lágrimas , por que a vida não vale mais a pena se alguém achincalha o mais íntimo da tua honra.
Como, por exemplo, chamar um juiz de venal.
O que pensará o Ministro Pedro Soares Muñoz, lá do céu ?