Tenho muita alegria em receber mensagens de todos os quadrantes.Desde muitos anos me interesso pelos cemitérios e pelos que um dia guardaram nossas lembranças . De muitas assim se fazia. Entre essas estão o enterro. O fogo é um desses modos.
Passemos para o Egito: quanta pompa para as celebrações fúnebres .
Recebi uma mensagem muito interessante.
“Acompanho as suas colunas na Gazeta do Sul e descobri que é meu conterrâneo: sou nascido e criado no Distrito de Boa Vista - Santa Cruz do Sul, onde seus antepassados tiveram casa comercial.
Meu nome é Rogério Harz e após a aposentadoria passei a me dedicar a diversas entidades, entre as quais a Associação JEALISC que cuida da manutenção do Cemitério comunitário mais antigo de Santa Cruz do Sul, localizado em Alto Linha Santa Cruz. Ele estava abandonado, o mato havia tomado conta e lá por 1989 um grupo de jovens e pessoas da Comunidade iniciaram a recuperação.
Desde 2010, o Cemitério faz parte do Patrimônio Histórico de Santa Cruz do Sul e atualmente é ponto de visitação e pesquisa de pessoas de diversas regiões do Estado e até de locais mais longínquos. Foi realizado um belo trabalho e tornou-se um local organizado, limpo e de fácil circulação por entre as lápides.
Agora, com o apoio de um casal de pastores aposentados, nos desafiamos a escrever um livro em que será contada a história da localidade, constarão as fotos de todas as lápides e com a tradução para o português das inscrições em alemão. Simultaneamente haverá a produção de um vídeo apresentando todas as lápides. Assim, pretendemos preservar definitivamente parte da história desses primeiros imigrantes, que a partir de 1850 povoaram a Alto Linha Santa Cruz e arredores.
Essa empreitada está com investimento previsto de R$26 mil reais (pelo menor orçamento) e estamos em campanha de pedido de doações, com possibilidade de registro do nome do doador no livro.
Recentemente conheci seu filho Rafael em evento aqui em Santa Cruz ele deixou todos impressionados com sua fala e simpatia, além de demonstrar um talento a mais ao cantar em alemão para os presentes. Quando estiver de passagem por Santa Cruz do Sul, teríamos imenso prazer em acompanhar uma visita ao local .”
Agora me pergunto: como fica , depois da cerimônia, a lembrança física do ente querido?
Gosto muito de visitar os túmulos de nossos antepassados.
Visitei os Gessinger na Alemanha, inclusive os que morreram nas duas guerras.
Os meus Gessinger vieram de Zeltingen- Rachtig, às margens do Mosel ( em alemão “ Die Mosel”).