sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

MINHA MÃE LUDMILLA ESTÁ BRABA COM OS PASSARINHOS - 2

LISSI  BENDER E ASTOR WARTCHOW E LUIZ A.  BECK DA SILVA COMENTAM COMENTAM

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LISSI -
. Ah, entre as aves silvestres que na wilde Heimat buscam sustento, encontram-se: Pomba do mato, Jacú, Saracura, Tucano ... e durante esta época do ano hospeda-se por aqui um ou outro Stachelschwein também. Em novembro sempre sou saudada pelo canto metálico do Blechschmied que desta vez não apareceu, para minha apreensão. O que terá impedido sua anual visita??

 
Não seria a mudança dos pássaros para a cidade movida também pelo excessivo uso de veneno no interior? Em minha wilde Heimat percebo há tempo um se achegar maior de aves silvestres. Acredito que podem estar sendo coagidos pelos desmatamentos.  Por aqui vivem muitas aves, tanto em terra firme quanto pelas árvores. Como aqui tudo é orgânico, e muitas vidas carecendo de alimento, tem sobrado pouca fruta para Schmier. As uvas, as amoras, as ameixas,  as guabirobas e as peras (este ano a safra foi fraca) já foram degustadas pelas vidas que comigo partilham vida. Sobraram os butiás. Os figos estão lindamente verdes nos pés. Logo mais terei que visitá-los diariamente ao amanhecer, antes dos passarinhos, se quiser fazer Schmier (adoro Schmier de figo). A  safra de caqui em fevereiro promete, os  galhos estão pedindo estaca de apoio. Ainda não conferi  o Angá (Zuckerschote), nem o Araçá, mas as pitangueiras estão novamente em flor . Em março as goiabeiras, os araticuns (Afferbäre)  e os abacateiros  estarão assegurando alimento para todos. Maravilhoso, como a vida é pródiga!  
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ASTOR

Ola, doutor Ruy, ola demais amigos...muito oportuno seu comentário...como guri criado no mato(e com bodoque em maos), sei muito bem do que se trata...realmente, a monocultura e o crescimento urbano deixaram as espécimes sem (variedade) refeições...consequentemente, há a invasao urbana...havera acidentes, com certeza...cobras, macacos...outro dia (a tv mostrou), tinha uma onça numa arvore numa grande cidade...mas nao é um fenomeno nosso...é global...nos EUA é comum..no Canadá ursos reviram o lixo...o domínio territorial humano é avassalador...a consequencia será a extinção de várias espécies, sobretudo as de maior porte.....questão de tempo...um abraço a todos...astor wartchow
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BECK DA SILVA

Tens razão, Ruy, não podia faltar uma parreira em casa de alemão em nossa santa terrinha. Tempos atrás consultei uma médium (não nos conhecíamos), aki em Poa, a qual possui grande credibilidade e clientela (minhas filhas já haviam recorrido a ela após perderem uma grande amiga, em acidente de carro que virou capa de ZH), dizendo-me, ao referir-se a alguns antepassados, a mim ligados, afetivamente, que adentravam a sala: -

"Quem é Francisco ?" 

 Meu pai, respondi.

"Ele está sentado embaixo de uma parreira, tomando chimarrão, acompanhado de um cachorrinho preto".

Bambi era como o vira-lata era chamado. Impressionou-me, vivamente, a escolha de meu querido pai para o seu repouso, ou merecido descanso, ao passar para outro plano, pois nossa casa, na 28 de Setembro, embora de aluguel, era ampla, com hortaliças, milharal, bananeiras, cinamomos, pitangueira, amoreira, larajeiras, bergamoteiras etc.,  muitos animais (cabrito, porco, gato, patos, marrecos, coelhos, galinhas) e diversas áreas externas aprazíveis. Foi assim que me criei e cresci, estudando no marista São Luís e jogando basquete na Ginástica. A escolha de meu pai, todavia, como se observa, foi a parreira, o chimarrão e seu fiel amigo, já que tenho o privilégio de ainda ter minha mãezinha, saudável e lúcida, no alto de seus quase 91 anos. TFA. L. Augusto Beck.