( retirei a foto. Pensei que pertencia a João Lemes, quando na verdade é do sr. Celso Barp, a quem peço excusas)
Mil desculpas. Passei campereando e trabalhando como um gringo da colônia ontem e hoje. Até postei umas fotos banhando as ovelhas,MAS NÃO CONSIGO PARAR DE PENSAR NA MORTE E EM CHICÃO.
O que não tem solução solucionado está.
Então vou pensar na minha morte, em voz alta.
Como eu disse na música que compus com o Nenito ( Testamento) a primeira coisa que quero é que não briguem pelos tarecos que deixarei. O Chicão não tem esse problema, pois parece que não se preocupou em juntar algo para si.
O que me intriga é que ele ia ser cremado para espalhar suas cinzas no campo do Cruzeiro.
Acho que quem decidiu para que as coisas fossem como aconteceram, agiu certo. Chicão tinha que ser chorado. E, como se diz no Nordeste, as pessoas tinham que " beber" o morto.
Não seria justo privar os pobres, os amigos dele dos bairros, o Tramontina, os pioneiros do Cruzeiro, a turma do Criança feliz, da despedida.
E eu?
Bom, eu não sou nada perto do Chicão, mas quero que me cremem e ponham um pouco de minhas cinzas nos meus campinhos da Unistalda. Não tem importância que aquilo lá um dia vai ser de outros, a vida é assim, as fortunas vão girando. Mas as árvores de pau ferro, as plantinhas de mio-mio, as carquejas, as avestruzes, as cascavelas, as preás, os jacus, as flores do campo,não mudam de dono. E minha alma vai lhes fazer companhia.
Eu queria que meu cavalo Poeta fosse comigo, mas lá é pura pedra, não dá para abrir um buracão tão grande.
Deixêmo.