Hoje é assim. É quase tudo espetaculoso.
Feiras de animais, que deveriam ser só de negócios, são leros de duplinhas sertanejas.
Dinheiros públicos são gastos com viagens de " misses" e " rainhas" e assim vai. Se fosse dinheiro particular o cara quebraria.
Agora vejo as feiras de livros. Que legal. Uma procissão de crianças e de pessoas sem ter um puto pila para comprar sequer uma obra decente, desfilam em testemunho de uma cultura postiça.
Com as feiras espantou-se a grossura e varreu-se a ignorância para baixo do tapete.
Mas é a moda. Só um cara quer não depende de ninguém , como eu, para dizer: "e dê-lhe circo ao povo, trazendo celebridades, para que ele fique todo catito e feliz. Sempre foi assim com o pobrerio. Ele fica tontinho com as missangas."
Y siga el corso, com o povo inebriado e " se achando", quando em sua cidade, no correr do ano, nem livraria existe
Hoje passei quase toda a manhã no Beco dos Livros, na Riachuelo. Verdadeiras obras primas , por poucos " merréis". Obras primas por 10 reais, e os sebos vazios, como se livro tivesse idade, como se livro fosse um carro.
Livro é ouro, não tem idade.
Mas como ficam os políticos se não fazem um feira do livro, com uma Letícia, com um Santana, com um Gabriel o Pensador, com um artista da moda.,.? E dê-lhe gastança com dinheiro público .
Ah! não gostou? É bairrista?
Então pegue seu filho pela mão e faça uma comparação do que custa um livro na feira do livro e um fora dela. Não se importa com isso? Então o problema é seu, é mentalidade de pobre de espírito, gosta de ser enganado.
As feiras do livro teriam que ser feitas de livros usados e doados.
Rio-me internamente, fuçando no ouro, na quietude dos sebos, enquanto os pobres, que tem dinheiro, compram livros novos...
Fiquem frios, não se irritem comigo, sempre tem que haver um, mais avisado, para avisar que o rei está nu.