O primeiro a contactar comigo, nessa calma terça feira, em que P. Alegre está plúmbea, foi o jornalista e Advogado Prates. Dava-me conta do desencadear de uma operação da Polícia Federal, que teria o codinome de Operação Terra dos Poetas.
Não achei nada no Clic RBS nem no G1. Só bem depois o Clic disse:
Foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão em escritórios e residências em Porto Alegre e Viamão. A operação é chamada de Terra dos Poetas pois um dos principais investigados é de Santiago, cidade conhecida assim.
Entrei nos sites de Rafael Nemitz e no Nova Pauta e lá estava a notícia.
Mas o Nova Pauta preocupado com o irrelevante fato de se o principal envolvido era nascido em Santiago ou só morador.
Ora, ora, ora, amigos.
Nunca ninguém me perguntou se sou de P. Alegre ou não e no entanto foi aqui que estudei na Faculdade de Direito da UFRGS e aqui tenho meu escritório.
Que absurdo distinguir entre quem é nativo e quem não é. Até já me referi a isso quando uma autoridade de uma cidade perto de Santiago bradou que " não confiassem em quem não é daqui".
Outra coisa: " Terra dos Poetas". No momento em que o clic RBS teve que explicar , é porque o resto do Estado não sabe da circunstância.
É como diz meu primo Humberto Gessinger, "estamos longe demais das capitais".
Mas isso, longe de ser desvantagem, é uma boa: o fato de estarmos longe nos evita os dissabores de poluição e criminalidade endêmica.
E eu colocaria nos pórticos de Santiago que são ornados com penas cimentadas( de discutível gosto paisagístico), nem que fosse em letrinhas minúsculas: "e um lugar bom de morar".