Turra acertou na
estratégia.
Aves e Suínos devem expandir exportações do país em 2015.
Ex-ministro da Agricultura, o gaúcho Francisco Turra vê
coroada nesta virada do ano, a sua arrojada estratégia de unir em uma única
entidade, a produção nacional de aves e suínos destinada à exportação.
Discrição e eficiência
Discreto, Turra, que preside a ABPA (Associação
Brasileira de Proteína Animal) apostou na abertura de mercados para aves e
suínos,e conseguiu harmonizar, depois da perda do mercado norte-americano, os
interesses destes produtores.
Grandes mercados
Ontem,o colunista teve acesso ao relatório do respeitado
banco alemão Rabobank sobre perspectivas
para o agronegócio em 2015, indicando que a reabertura da Rússia ao mercado
brasileiro é um dos principais motores à expansão das vendas nacionais da proteína
animal. No ano passado, o comércio entre os dois países foi intensificado após
os conflitos armados na região e o embargo russo aos Estados Unidos. O Brasil,
diz o relatório, exportou 160% mais para a Rússia e a tendência é que os
frigoríficos nacionais continuem preenchendo o espaço dos norte-americanos no
fornecimento do produto.
Mercado de Suínos
O mesmo relatório prevê que as vendas brasileiras de
carne de porco devem se consolidar em mercados antes pouco explorados, como
Japão e Angola. Além disso, o Rabobank vê possibilidade de abertura do comércio
com México, Coréia do Sul e Colômbia em 2015. Soma-se a isso o mercado da carne
bovina,que também está em expansão no exterior.
Salvando a balança
Francisco Turra e sua equipe,certamente poderão ajudar o
governo federal a reverter o saldo da balança comercial que começou em
vermelho,em 2015: nos primeiros
dias de janeiro está negativo em US$ 983
milhões. Esse número foi formado pela diferença entre exportações, que somaram
US$ 3,854 bilhões no período, e importações, que foram de US$ 4,837 bilhões
segundo dados oficiais do Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Advertência
Francisco Turra faz porém,uma advertência: "A
inspeção sanitária precisa ser redobrada em portos e aeroportos para que o
Brasil continue como zona livre de epidemias."