LISSI BENDER - UNISC
Fui
criada em família que nunca deu bola para a bola. Meus filhos igualmente não se
entusiasmam com a bola.
Eu
particularmente nunca entendi direito isso de uma carrada de marmanjos
correrem, suarem se baterem, se esfregarem atrás de uma bola.
Esporte considero ser saudável para quem o
pratica, uma forma para impedir atrofiamento do corpo, prazer para o corpo, mas
ficar sentado assistindo a uma corrida de carro ou os outros correndo atrás de
uma bola e sentir prazer nisso, ... ------------------------------------------------
DES. ELISEU TORRES
Amigo Ruy. Também acho que não
dá mais para ir ao estádio. Tinha juma cadeira perpétua e a vendi para um
amigo. O televisionamento assegura a possibilidade de ver o espetáculo melhor
do que se estivessemos no estádio. Sem stress , sem agressões, sem ter imbecis
olhando meio de revesgueio, como se estivessem prontos para entrar em combate..
Como disseste com propriedade, futebol é um jogo, não é a vida.
Entretanto, penso que esses arroubos que, por vezes, redundam em v andalismo,
agressões e sei lá mais o que, na verdade são válvulas que extravazam profundos
recalques a custa sopitados. Um dia, o cara não aguenta mais e, protegido pelo
coletivo, descarrega sua fúria.Apenas por acaso, isso tem ocorrido mais com a
torcida gremista e até aí Freud explica… Há doze anos o Gremio não ganha
nada de importância. Luxemburgo, contratado a peso de ouro, trouxe essa
esperança. Que, uma vez mais, foi frustrada.Daí a impaciência e as brigas, até
entre a própria torcida. Acho que a Brigada está certa. O desgaste que ela sofre
e que atinge a corporação, não é apenas a causa da torcida única. Há que levar
em conta os riscos que correm ambas as torcidas, num percurso longo para chegar
à Arena do Gremio. Agressões, conflitos e até mortes, poderão serem geradas
pelos confrontos, que serão muitos.
Em Buenos Aires, River e Boca
jogam com torcida única. É o preço da baderna. Um abraço do Eliseu
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Prezados:
Fui “feita” colorada por um pai torcedor e um tio conselheiro do Inter. Minha
filha, gremista como seu pai, foi criada sem fanatismos e extremismos, e hoje está
casada com um colorado. Desde a adolescência, não comparecia ao estádio de
futebol, até que, após a morte de meu tio e conselheiro, ocorreu uma homenagem
a ele num Gre-Nal, onde compareci, junto com meus primos, filhos dele.
Somente então, já na maturidade e com pensamento de psiquiatra, pude “julgar”
adequadamente o que vi. E não gostei nada, nada. Subindo a rampa do estádio,
percebi uma horda de mal-encarados, com hálito etílico. Sentada na Tribuna de
Honra, percebi, nitidamente, a distinção de classes. O grande número de
pagantes, sentados e sujeitos à intempérie, sustentavam os altos salários dos
jogadores e a “tribuna” marmorizada onde eu me encontrava. Não gostei daquilo.
Causa espanto perceber que o esporte, criado em 1863, em Cambridge, UK, no
“King´s College”, a faculdade dos reis, chegasse a tal ponto. E também eles, os
empertigados britânicos, cujo sangue também escorre em minhas veias, perderam a
elegância, pois quem não lembra dos “hooligans”? Até a Rainha Elizabeth
condenou, publicamente, o comportamento deles naquele fatídico jogo Liverpool X
Juventus, vencido com um gol de pênalti cobrado por Michel Platini, que
desencadeou a tragédia de Heysel, deixando 38 mortos e milhares de feridos.
O resultado daquilo tudo foi que o Liverpool F.C., um dos times que mais ganhou
títulos, foi proibido de participar de competições européias por 5 anos. Tudo
devido aos “hooligans”, vândalos e desordeiros, que costumavam levar faixas,
declarando “we are not english, we are scouses”. Mas, por lá, a coisa foi
tratada com pulso muito firme e o quadro foi revertido. E por aqui?
Enfim, comparando os altos salários dos jogadores, a vida que a grande maioria
deles leva, com a situação da categoria de médicos (a minha), e a maneira como
estamos sendo tratatos por um governo desgovernado e sem rumo, começo a ter
nojo de futebol, pois é a mais perfeita tradução da inversão de valores.
Abraços,
Laís Legg
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ELVIO LOUREIRO
Um dia assistindo um jogo entre o F.C. Santa Cruz e
Grêmio, no estádio dos Plátanos, presencie uma cena na área das cadeiras
numeradas, coisa fina até no interior, um casal com uma filha pequena,
assistiam o jogo, eram torcedores gremistas de Porto Alegre, que aproveitavam
uma tarde ensolarada de domingo, para também visitar a cidade. Em determinado
momento o " imortal tricolor " abre o marcador, e os visitantes não
se contem levantam-se eufóricos e acenam com uma bandeira; neste momento desceu
uns brutamontes, covardes, que arrancaram sua bandeira, quebraram e bateram
naquele casal, na frente da filha, fiquei revoltado, com vergonha de assistir
uma cena grotesca, desrespeitosa, desnecessária, por que não respeitar as
escolhas dos outros ? as diferenças ?
Vejo que nesta onda de manifestações de vândalos, de
violência generalizada, não seja aconselhado abrir o estádio para que hajam
depredações, agressões, de ordem material e física, principalmente pela
probabilidade de haver vítimas inocentes, sem contar que brigamos entre nós
mesmos.
E falo como gremista, é "melhor para nós", este
rótulo que criamos de "imortal tricolor " ou "alma castelhana
" é para justificar nosso time de cabeças de bagre ganhando jogos somente
na superação ,,,,, na raça ,,,, só assim mesmo podemos ganhar o primeiro GreNal
da Arena ,,, heheeeee !!!
Élvio.