quarta-feira, 31 de julho de 2013

TORCIDA ÚNICA - MAILS


LISSI BENDER - UNISC
Fui criada em família que nunca deu bola para a bola. Meus filhos igualmente não se entusiasmam com a bola.

Eu particularmente nunca entendi direito isso de uma carrada de marmanjos correrem, suarem se baterem, se esfregarem atrás de uma bola.
Esporte considero ser saudável para quem o pratica, uma forma para impedir atrofiamento do corpo, prazer para o corpo, mas ficar sentado assistindo a uma corrida de carro ou os outros correndo atrás de uma bola  e sentir prazer nisso, ...
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DES. ELISEU TORRES

Amigo Ruy. Também acho que não dá mais para ir ao estádio. Tinha juma cadeira perpétua e a vendi para um amigo. O televisionamento assegura a possibilidade de ver o espetáculo melhor do que se estivessemos  no estádio. Sem stress , sem agressões, sem ter imbecis olhando meio de revesgueio, como se estivessem prontos para entrar em combate.. Como disseste com propriedade, futebol é um jogo, não é a vida.  Entretanto, penso que esses arroubos que, por vezes, redundam em v andalismo, agressões e sei lá mais o que, na verdade são válvulas que extravazam profundos recalques a custa sopitados. Um dia, o cara não aguenta mais e, protegido pelo coletivo, descarrega sua fúria.Apenas por acaso, isso tem ocorrido mais com a torcida gremista e até aí Freud explica…  Há doze anos o Gremio não ganha nada de importância. Luxemburgo, contratado a peso de ouro, trouxe essa esperança. Que, uma vez mais, foi frustrada.Daí a impaciência e as brigas, até entre a própria torcida. Acho que a Brigada está certa. O desgaste que ela sofre  e que atinge a corporação, não é apenas a causa da torcida única. Há que levar em conta os riscos que correm ambas as torcidas, num percurso longo para chegar à Arena do Gremio. Agressões, conflitos e até mortes, poderão serem geradas pelos confrontos, que serão muitos.

Em Buenos Aires, River e Boca jogam com torcida única. É o preço da baderna. Um abraço do Eliseu
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PSIQUIATRA LAIS LEGG
Prezados:
               Fui “feita” colorada por um pai torcedor e um tio conselheiro do Inter. Minha filha, gremista como seu pai, foi criada sem fanatismos e extremismos, e hoje está casada com um colorado. Desde a adolescência, não comparecia ao estádio de futebol, até que, após a morte de meu tio e conselheiro, ocorreu uma homenagem a ele num Gre-Nal, onde compareci, junto com meus primos, filhos dele.
               Somente então, já na maturidade e com pensamento de psiquiatra, pude “julgar” adequadamente o que vi. E não gostei nada, nada. Subindo a rampa do estádio, percebi uma horda de mal-encarados, com hálito etílico. Sentada na Tribuna de Honra, percebi, nitidamente, a distinção de classes. O grande número de pagantes, sentados e sujeitos à intempérie, sustentavam os altos salários dos jogadores e a “tribuna” marmorizada onde eu me encontrava. Não gostei daquilo.
 
               Causa espanto perceber que o esporte, criado em 1863, em Cambridge, UK, no “King´s College”, a faculdade dos reis, chegasse a tal ponto. E também eles, os empertigados britânicos, cujo sangue também escorre em minhas veias, perderam a elegância, pois quem não lembra dos “hooligans”?  Até a Rainha Elizabeth condenou, publicamente, o comportamento deles naquele fatídico jogo Liverpool X Juventus, vencido com um gol de pênalti cobrado por Michel Platini, que desencadeou a tragédia de Heysel, deixando 38 mortos e milhares de feridos.
 
                O resultado daquilo tudo foi que o Liverpool F.C., um dos times que mais ganhou títulos, foi proibido de participar de competições européias por 5 anos. Tudo devido aos “hooligans”, vândalos e desordeiros, que costumavam levar faixas, declarando “we are not english, we are scouses”.  Mas, por lá, a coisa foi tratada com pulso muito firme e o quadro foi revertido. E por aqui?
                 Enfim, comparando os altos salários dos jogadores, a vida que a grande maioria deles leva, com a situação da categoria de médicos (a minha), e a maneira como estamos sendo tratatos por um governo desgovernado e sem rumo, começo a ter nojo de futebol, pois é a mais perfeita tradução da inversão de valores.
Abraços,
Laís Legg
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ELVIO LOUREIRO
 
   Um dia assistindo um jogo entre o F.C. Santa Cruz e Grêmio, no estádio dos Plátanos, presencie uma cena na área das cadeiras numeradas, coisa fina até no interior, um casal com uma filha pequena, assistiam o jogo, eram torcedores gremistas de Porto Alegre, que aproveitavam uma tarde ensolarada de domingo, para também visitar a cidade. Em determinado momento o " imortal tricolor " abre o marcador, e os visitantes não se contem levantam-se eufóricos e acenam com uma bandeira; neste momento desceu uns brutamontes, covardes, que arrancaram sua bandeira, quebraram e bateram naquele casal, na frente da filha, fiquei revoltado, com vergonha de assistir uma cena grotesca, desrespeitosa, desnecessária, por que não respeitar as escolhas dos outros ? as diferenças ? 
 
  Vejo que nesta onda de manifestações de vândalos, de violência generalizada, não seja aconselhado abrir o estádio para que hajam depredações, agressões, de ordem material e física, principalmente pela probabilidade de haver vítimas inocentes, sem contar que brigamos entre nós mesmos.
 
  E falo como gremista, é "melhor para nós", este rótulo que criamos de "imortal tricolor " ou "alma castelhana " é para justificar nosso time de cabeças de bagre ganhando jogos somente na superação ,,,,, na raça ,,,, só assim mesmo podemos ganhar o primeiro GreNal da Arena ,,, heheeeee  !!!
 
  Élvio.