Com a autoridade de
pecuarista em tempo integral e jurista de final de semana e férias. De
passagem, gostaria de comentar sobre a iniciativa da nossa
irmã Mônica Leal, que considero totalmente válida [como qualquer outra que
venha acrescentar qualidade à vida] e aqui não vai crítica alguma. Somente,
aproveito o ensejo para ressalvar e questionar filosoficamente, porém, a
necessidade de legislação sobre "tema cultural" - usar o celular em
qualquer lugar é um clássico da ostentação e do pensamento pequeno burguês, ou
não?! - que propicia a oportunidade ao ladrão. Vejo nessa necessidade, de
legislar sobre tudo, a tendência à judicialização aprofundando raízes, a
"ditadura do políticamente correto" tomando força de "Lei".
Daqui a pouco vão querer decretar o fim do desfile do "20 de
Setembro", manifestação cultural, baseados no 'cheiro de bosta'. Mas isso
é conversa para outro momento.
Portanto, [o mote é:] o
acampamento farroupilha ainda engatinha, perto de outros locais pelo mundo.
Ma soeur, como também passei por colégios religiosos, tendo
frequentado dois deles e, passado, com finalidades românticas, pela esquina de
outros tantos - inclusive naquela, onde se encontram o Duque com o Marechal, do
Sévigné. Fui educado no, como os puritanos yankees gostam de chamar,
"temor à Deus" e ao Irmão Diretor, assim que, nunca visitei os Seus
gabinetes e fico impedido de comentar a decoração [pelos próximos 50 anos,
espero, em se tratando do Primeiro].
Indo em frente, lembrei de
ter pedido para um casal de amigos que, tendo ido à Cidade Eterna, trouxessem
uma camiseta 'do Roma' para o meu filho [é claro, preferencialmente aquela
com o número 5 estampado - do "Rei de Roma"]. Enfim, viajou desde a
Itália uma camiseta branca de algodão muito 'comunzinha', quase transparente,
com a silhueta da bota estampada nas cores nacionais e o nome da cidade
impresso na localização geográfica errada. Provavelmente, comprada fora dos
muros e sem pagar IVA.
Bueno, já divaguei... O que
eu pretendia comentar é que, em termos de popularidade, nem sempre, nós os que
fomos privilegiados com educação e senso crítico andamos junto com a maioria,
que também não se trata de 'uma massa ignara', simplesmente. Há 'gente
estudada' do lado de lá...
Por exemplo, em relação aos
"direitos dos animais", pensemos na recente popularidade da
criação/manutenção de répteis como animais de estimação; na popularização dos
conceitos vegetarianos e/ou "vegans"; na invasão e subtração
de material científico de instituições públicas ou privadas [pelo mundo, não é
só o caso dos beagles paulistas]. Inquestionáveis, ainda que sejam temas de
interesse da saúde humana, tais manifestações representam a facilidade com que
se disseminam ideias, nem sempre corretas, que alcançam às massas e induzem a "radicalização
do fundamentalismo" em certas mentalidades.
Para não aumentar e manter a
'boa onda' ao comentar assunto tão polêmico quanto a atualidade e rumos do
gauchismo. Recorro a mis hermanos, los argentinos, gente mais educada e
polida do que nós, eles não dizem "gosto não se discute", lá a
expressão popular é "sobre gustos no hay nada escrito".
Assim, tem gente que gosta de
cobras e lagartos; tem gente que não come carne, queijo, ovos; tem gente que
não deveria tomar seu Prozac, que há de ter sido testado em animais... tem até,
gente que insiste em perpetuar aquela espécie, o "sapo barbudo do
planalto"... são gostos, não se discute, lamenta-se!
Um grande e fraternal abraço,
bom fim de semana!!! Ivan
