Diverti-mne demais com a crônica do meu amigo Prates. Olhem só que delícia de descrição:
"As tardes dominicais em Santiago são incríveis. Os mais pobres amontoam-se nas salas apertadas de olho na TV e na pauta do Faustão, Gugu, ou algum jogo de futebol. Os jovens sobem das vilas com uma garrafa térmica e chimarrão. Ocupam a praça e o calçadão. Tudo é diferente. Desde as roupas até os cabelos com gel e adereços. Os riquinhos e filhos da classe média saem de carro, de moto e desfilam por onde os pobres ficam admirando. Os mais ricos, com suas camionetas e carrões, pegam a esposa, a cuia e o chimarrão e saem passear, passando dez ou doze vezes pelo mesmo lugar. Todos dirigem calmamente, igual a um desfile. Olham, sorriem e abanam-se, curtindo o som rompe-tímpanos.
O final da tarde é marcado pela debandada. Os evangélicos vão para os cultos de terno e gravata e as mulheres de vestidos longos e novos. Uns vão de carro, outros nos ônibus da Centro-oeste e alguns de bicicleta levam a esposa na garupa ou no varão da bicicleta."
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Antes de prosseguir, agora me lembrei de uma piada. O cara vinha de bicicleta e uma mulher peladinha lhe pediu carona. Ele disse: " só se sentar aqui no varão da bicicleta". E ela: " tudo bem". Quando ela chegou ao seu destino, disse para o cara da bici " seu panaca, eu pelada e tu não fez nada". E o cara: " sai fora tontinha, não vê que a bici não tem varão".
Deixando isso de lado, digo ao Prates que tem gente que mora ao lado do Central Park em N. York e odeia os domingos.
Mas o certo é que, quanto menos opções há, mais o divertimento gira em torno de comilança e beberragem.
De minha parte, sem querer parecer snob, de há muito não dou bola para almoço. Vou de " brunch" mesmo.
Mas uma coisa é certa: quer ficar imprestável num domingo? ingira bebida alcoólica ao meio dia.