Quantas e quantas vezes eu considerava estar com razão, ou seja, julgava que era detentor da mais lídima v e r d a d e !
Ilusória ideia essa de pretender ser o dono dela, a verdade. A gente pode mudar o enfoque, de modo que ela pode - sim - ser alterada.
Em geral, alguém que trafega com seu veículo e, desidiosamente, bate atrás de outro, responde por culpa. Sempre assim?
Bater atrás nem sempre revela ser determinado agente, o real culpado.
_ Certa feita, trafegava normalmente - em frente - quando, numa curva, alguém que dava marcha-à-ré
fez com que seu veículo batesse no meu, causando danos a ambos os veículos; sequer tive dificuldade em obter ressarcimento,
porque o motorista do outro carro, de pronto, reconheceu seu erro ! _
Portanto, bater atrás nem sempre é revelador de falta cometida.
Ela, a verdade, é como alça de balde, [ é, assim dizia um velho e conhecido advogado, quando em tropelias se encontrava e de frente a jurados,
em processo de homicídio ] a gente a pega do lado que der e convier !
A verdade para uns é algo; o que para outros pode ser o diametralmente oposto.
Não raro, duas, três ou mais pessoas assistem a um determinado acontecimento; todas trazem suas versões e não - necessariamente -
coincidentes. Faltaram com a verdade ? É claro que não ! Elas, cada qual com seu próprio ponto de vista, deram sua versão sobre o
mesmo fato, apenas que o divisaram, enxergaram diferentemente, e sem, com isso, faltarem com a verdade em relação ao sucedido
e em seu enfoque globalizadamente feito e tomado !
Jesus, em texto bíblico, certa vez exclamou e a indagar, onde está a V E R D A D E ?
É, parece que - até hoje - a pergunta ainda paira irresspondida.
Alfredo Foerster .