De início leiamos o que escreve meu amigo Fernando ( Paralelo 29) Alves, de Uruguaiana:
É esse caldo institucional que o movimento TE MEXE ARROZEIRO veio temperar com a índole desordeira e irresponsável de seus líderes. Fizeram enorme (e justa) manifestação hoje na frente da Câmara. A maior que já vi. Fui lá e presenciei. Vereadores, deputados, prefeitos e mais de mil produtores, de dezenas de municípios. E vi quando Walter Arns, presidente da Associação dos Arrozeiros daqui, foi vaiado. Defendeu a mesma bandeira, mas chamou todos à responsabilidade de não defenderem seus interesses a qualquer preço. De respeitarem o direito de ir e vir, a Constituição, as leis, as vias públicas; de não legitimarem, enfim, o MST. Foi, como disse, vaiado! Na saída, provoquei José Carlos Becker, presidente da Associação Brasileira dos Transportadores Internacionais (e possível candidato à prefeitura local pelo PP): - Se forem fechar a Ponte, vais junto? Me respondeu com firmeza: - Não, eu não concordo com isso! (A Becker, vão aqui os meus cumprimentos pela postura.) Perto das 13h, fui à entrada da Ponte ver se cometeriam o desatino. Serviam um carreteiro nuns pratinhos de plástico e não pareciam dispostos à baderna. Pensei que lhes tivesse faltado justamente o respaldo dos anfitrões. Mas a multidão rumina a própria estupidez. Para minha surpresa, ligo o rádio, agora, 22 horas, e descubro que a turba mantém fechada a Ponte Internacional desde o meio da tarde. Generosa, está permitindo a passagem de carros de passeio, em meia pista. E diz que ficará lá por mais 36 horas. Depois disso, vai embora. E, nosotros, ficamos - com os métodos do MST legitimados pelo TE MEXE ARROZEIRO e o vereador Soldado Clemente dando ordens na Brigada Militar ...
PS.: se algum vereador ou deputado respaldou a baderna, penso que é caso de quebra de decoro parlamentar, ou não?
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Por favor me entendam: sou a favor de todo mundo ganhar bem, quero o terneiro a 7 pilas o kg vivo, quero que os professores ganhem hiper bem, estou ao lado de todo mundo. Pronto!
Mas, por favor, será que não dá para a gente combinar de caminhar DENTRO DA LEI ? Será que se eu não me conformar com um acórdão do nosso TJ, estarei legitimado a trancar a garage dos julgadores ou de seus assessores? Será que me é dado o direito de parar o trânsito, de encostar tratores frente aos bancos, impedindo seu funcionamento?
Por mais legítimo que seja meu direito, é crime exercitá-lo à força, pelas próprias mãos, salvo casos raros que estão na CF e nas leis.
Lamento as vaias ao grande homem, grande líder que é o Walter Arns.
Tive grande honra em presidir o Sindicato Rural de Santiago, mas tive de renunciar quando alguns, talvez muito emocionados pela gravidade da situação, decidiram fechar a br 287. Tive que ser leal e coerente com meu passado, minha fé na legalidade e na democracia. Não poderia rasgar meu diploma, nem enxovalhar minha toga, concordando com aquilo.
E agora começa tudo de novo.
Já vi esse filme antes.