Texto oportuno, revelador e realista. Faz tempo que nos tornamos um povo dado a chorumelas e lamentações, em que, basicamente, culpamos os outros dos males que nos afetam. O mal são os outros : os políticos, em primeiro lugar, os empresários, as "elites", o capitalismo, os Estados Unidos e o Trump, e por aí vai. Ninguém, rigorosamente ninguém, se acha rresponsábel, nem na mais distante medida, pela situação que atravessamos. " Os únicos culpados de nossos problemas devem ser procurados fora. Os poucos de dentro que são maus é porque são agentes de fora". ( Mia Couto).
Ou, como aduziu o filósofo dinamarquês Kierkengard : " O pior defeito do ser humano é a transferêncvia de responsabilidade".
Paulo Timm, põe os pingos no ii, e faz uma advertência: para chegar ao Eldorado não basta atravessar o Atlântico. Portugal é uma terra simpática mas lá, como em qualquer lugar, para fazer a vida leva tempo e é difícil.
Essa a grande lição que nunca chegamos a aprender: a vida é difícil. Nas palavras de Bill Gates, transcritas no texto, há mais ensinamentos para a vida, para o trabalho ( e em consequência para a cidadadia plena ) dos que em cursos inteiros de ciências sociais, que vivem no mundo amargo das lamentações, da busca de culpados, empenhados permanentemente em envenenar as relações sociais, em provar que o mundo gira em torno do conflito de classes e que só eles conhecem os rumos da história.
Abraço. Tito Guarniere
Amigo Ruy,
excelente texto (abaixo) do confrade Paulo Timm!
Tenho
dois filhos vivendo em Portugal, pela divina Graça para lá foram numa condição
melhor do que a maioria dos demais imigrantes, têm bens no Brasil que geram
renda que gastam no além-mar.
Mas
a vida de imigrante nunca é uma maravilha, ao menos no início. Há inúmeras
barreiras, a começar pela língua, cultura diferente, etc.
Em
Portugal ao menos não há a barreira da língua para os brasileiros, mas por
certo há diferenças culturais.
O
que Portugal e qualquer outro país quer, é que o
estrangeiro injete na economia local recursos oriundos do país de
origem.
As
universidades lusitanas se abriram para estrangeiros, especialmente
porque as mensalidades dos cursos são pagas com recursos provenientes dos
países de origem dos alunos, em que pese o governo português oferecer algumas
bolsas de estudo.
Eles
têm também a região autônoma da Madeira (na ilha da Madeira) onde facilitam
bastante à abertura de empresas offshores, com tributação quase zero.
Vem
crescendo em nosso escritorio a demanda por consultoria para empresários que
querem deixar o Brasil. Uns querem levar seus negócios para outro país em busca
de uma carga tributária menor, segurança jurídica, menos
burocracia, maior liberdade de empreender.
No
Paraguai 70% das empresas estrangeiras lá estabelecidas são
brasileiras que imigraram recentemente.
Deixo
abaixo alguns links com conteúdo útil sobre o assunto, de minha autoria.
Abraço
a todos.