Recebo o seguinte mail de Villela:
Ruy Amigaço:
Pessoas como tu não pecam por pouca coisa. Nem te
importa.
Tem porto-alegrense que não se lembra dos corredores de
ônibus, nem quanto deles os desfruta (vias preferenciais para o transporte
popular); das segundas pistas das avenidas Sertório e da Ipiranga; dos parques
(dois, além dos mencionados); do centro municipal de Cultura (que inclui o
Ateliê Livre e o Teatro Renascença); da recuperação da Ilhota; das cerca de 15
mil casas, apartamentos e lotes urbanizáveis populares na Zona Norte e na
Restinga; da Nilo peçanha (que terminava no Colégio Anchieta e permitiu,
assim, a instalação dos shoppings
Iguatemi e Bourbon; do I Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano; do viaduto
Meneghetti; da ampliação das hidrálicas; da duplicação dos pontos de luz da
Cidade; do Porto Seco; da construção de
194 prédios escolares; da criação do Brique da Redenção;
do Museu Felizardo; da criação da primeira secretaria do meio ambiente do País;
da criação da companhia de processamento de dados; da reserva ecológica do Lami
- e outras coisas que nem eu me lembro bem, tais como receber na Prefeitura
cerca de 90 munícipes por dia (*) - exceto nas terças-feiras que eram dedicadas
à imprensa. Nunca enfrentei censura, apesar da época difícil. Mesmo com minoria
parlamentar (1/3), nunca tive um projeto de lei rejeitado pela Câmara de
Vereadores. "Mande algum projeto para nós rejeitarmos. A gente aprova
tudo. Está ficando chato!" Disse-me um adorável presidente de oposição da
Câmara de Vereadores.
Na época, um bem humorado jornalista época disse-me que
"no sétimo dia descansei!" Sarcástico elogio!
By the way, terei de procurar fotos desse tempo,
especialmente do Parque Marinha do Brasil. (Lembro que o primeiro levantamento
aérea de Porto Alegre, mandei executar através do 14 bis...).
Em brincadeiras ou não , fico por aqui, renovando minha
admiração por tua ímpar e invejável personalidade e vida.
Abraços, Guilherme.