Com o perdão dos veganos e outros que preferem não se
alimentar de carne, opção que respeito, me parece que a carne faz parte de
nossa cadeia alimentar natural.
Dito isso, não quero entrar na espinhosa questão se a ação
desencadeada recentemente foi pirotécnica ou não. Bem ou mal, as consequências
estão aí. Um tsunami histérico tomou conta dos mercados que, em pânico ou com
malícia, renegam a carne brasileira.
Coisa para as autoridades meditarem para futuras
ações. Às vezes o foguete estoura nos dedos.
Posso assegurar ,
ao leitor jejuno nessa área, que é mau negócio desleixar a
sanidade do gado. Burrice, pois a produtividade despenca. Assim, mesmo
sendo um produtor modesto, tenho condições de afirmar que o gado brasileiro é
de ótima qualidade.
Vamos , agora, para a tal “ carne podre”. Se aconteceu
com esses grandes conglomerados que estão nas manchetes, lei neles.
Mas é importante ponderar que por esse Brasil a fora há
milhares de abatedouros grandes, médios e pequenos contra os quais jamais se
lançou nenhum agravo. Nossa carne é saborosa e ótima.
Penso que do limão temos que fazer uma limonada. O que não
tem solução ( reverter o dano midiático mundial causado), solucionado está. Com
calma e jeito há que se tornar mais transparentes os procedimentos de
fiscalização, com periódicas auditorias independentes. Além disso, apoiar os
pequenos e médios abatedouros, facilitando seu acesso ao mercados,
inclusive aos externos.
Cumpre ao Governo do RGS encetar uma vigorosa campanha
publicitária, inclusive internacional, mostrando que aqui a realidade é
bem diferente. Que se convidem os compradores estrangeiros a nos visitar
e verem a excelência de nosso produto com seus próprios olhos e papilas.
E chega de brigas e jogos de empurra para lá e para cá.
Mãos à obra . Há males que vêm para bem. Uma coisa é
certa: nosso produto é bom, é ótimo; nosso rebanho é são e de ótimo manejo e
nutrição. Não fosse assim, a recuperação seria mais penosa.