(FOTO DE CINCO ANOS ATRÁS)
O Nico Fagundes adorava vir na nossa estância. Chegava e pedia para não ser exposto por aí. Gostava de charlar com a peonada, tomar seu vinho e ficar observando.
Até hoje o nosso galpão de convivência tem o nome dele.
Ele apreciava esse jeito autêntico dos campeiros de Unistalda, sem afetação, sem artificialismo.
Eu dou razão a esse pessoal, que gosta de rodeios, que honra nossas tradições.
E quantas moças e mulheres eu vi, que montam a cavalo e laçam como ninguém.
A experiência campesina dessa turma é algo! Um dia o meu capataz Luiz César, num remate, me alertou: cuidado que tem uma novilha cega ali no meio.
Seu Adão Fagundes, o mago das ovelhas me disse um dia:
- aquele carneiro não tem futuro: tem cara de ovelha.
Na semana farroupilha mando um abraço a toda gente campeira, às mulheres, moças e meninas e a todos os companheiros de amor aos cavalos, ao gado, aos ovinos.
Agradeço a todos meus vizinhos de campo pelo carinho e pela amizade sincera.
E repito parte da minha letra na composição que fiz:
" Unistalda, vai em frente, vai seguindo a correnteza,
relembrando que tua gente,
sempre foi tua riqueza".
Amanhã vou para lá a fim de frequentar as várias comemorações em diversas entidades.
Eu sou um homem urbano, mas gostaria demais de ser um bom cavaleiro, saber laçar e curar os bichos. Gostaria de saber definir os pelos dos cavalos.Não deu tempo de aprender.
Fica para a próxima encarnação. Deus não dá tudo de uma vez só.