Maristela e Rudolf estão se afeiçoando cada vez mais aos cavalos. Mas é assim, cavalo é quase como cachorro. Ele precisa de carinho e gosta de saber quem é seu dono. Eu, por exemplo, antes de encilhar deixo o cavalo cheirar minha mão. Depois falo com ele, acaricio sua cabeça e seu lombo. Na hora de desmontar eu agradeço e depois o desencilho. Dou-lhe um meio banho, levo-o de volta ao potreiro, não sem antes dizer obrigado de novo.
E, como já disse em outra ocasião, só de a cavalo que se enxerga a trama quebrada e o terneiro manquitolando.
E Rudolf e Maristela estão muito animados com a nova fase da nossa administração. Claro, tinha lhes dado um ultimatum: ou me ajudavam mais ou..ou...
A parte ruim é que Maristela me tomou o Poeta e Rudolf se adonou do Catanduva Nietsche pelo qual paguei uma fortuna.
Va bene. Eu ando no Marginal mesmo. Ou em outro dos 87 cavalos ou éguas domadas que temos .
Como não sou burro demais, é claro que antecipei a colheita da massela para 5a. feira. Se esperasse para a sexta os citadinos já teriam invadido tudo e quando fosse de manhã não haveria mais nada. Depois que colhi minha quota, que façam bom proveito.
Quanto ao mais, domingo que vem tem feira de terneiros em Santiago. Estou levando dois lotes de terneiras filhas de tatuadas, 10 de angus e 10 de brangus. Não vou pedir muito barato não. Qualidade se defende. Se não tiver quem goste de gado de ponta, levo de volta para casa.