Venho de receber um texto da gloriosa dra. Tânia Faillace, gentilmente enviado pelo jurista Rogowski:
Servidores detestam o cidadão comum.
E o cidadão comum detesta os servidores.
Imbuídos dos respingos magnificentes que lhes outorga o poder institucional, certamente muitos servidores querem usufruir alguma vantagem social e prestigiosa de sua posição, ou seja: estar acima do nível da rua.
Isso não acontece só com os advogados públicos ou promotores, mas com os servidores em geral.
E a culpa é da formatagem monárquica dos governos que se dizem republicanos. Isto é, não se confundem com a população, e não se limitam a gerencia os bens comuns (públicos), mas se comportam como detentores de plenos poderes sobre eles.
O que, certamente, sua eleição não autoriza nem legitima.
Os servidores entram na onda.
Como são a parte mais visível e acessível do poder monárquico auto-atribuído pelos governos, são também os mais atacados, agredidos e insultados, quando o cidadão está insatisfeito, e não pode descontar no andar de cima.
Eles se vingam fazendo-se de sobranceiros, mesquinhos e vingativos.
Não todos, mas uma boa parte.
Conclusão: não existe consciência republicana no Brasil. Continuamos na monarquia tradicional, embora eleita formalmente.
Tania Jamardo Faillace