sexta-feira, 1 de junho de 2012

LULA, GILMAR E JOBIM - SÓ UMAS PERGUNTINHAS


Nas minhas alegres vilegiaturas, de propósito não quis saber nada desse triste  " imbroglio" que embrulha meu estômago. Mas me cobram uma posição.
 Tive a suprema honra de ter sido juiz, chegando ao degrau final da carreira como desembargador. Devo ter cometido equívocos e por eles quero penar no dia do Juízo final, nem que tenha que arder no fogo do Purgatório por uns tempos.
Mas tenho certeza de que nunca fiz nada que envergonhasse minha classe, meu Tribunal.
Quando se é Juiz, ou Padre, ou Soldado, ou alguém que tem poder outorgado pelo povo, é importante cuidar para não  abalar a imagem da Corporação à qual se pertence. Assim como, quando se pertence a uma família distinta, há que se evitar escândalos, pois  podem afetar quem não tem nada a ver com isso.
Dito isso, me pergunto:
- o que Sua Excelência o conspícuo Ministro foi fazer no esccritório do dr. Jobim? Visita de cortesia? Tudo bem. Lula estava lá? Sim, todos concordam. Nada de mal, pois Jobim foi seu ministro e é seu amigo.
Mas, caro leitor, qual seria sua reação imediata se à sorrelfa lhe fosse feita uma proposta altamente indecorosa? Não bateria na mesa, não reagiria de pronto?
Nem comparo com a inditosa Xuxa que revelou seus assédios décadas depois, já que não havia testemunhas presenciais.
Mas um homem experimentado, rodado, como Sua Excelência o Ministro, deixar para revelar o quarto segredo de Fátima tempos depois me confunde.
Porque não relatou o gravíssimo fato ao Plenário de seu Tribunal?
Enquanto isso o Judiciário, como um todo, vai sangrando e sangrando.
Como sangrando estão, por tabela, todos os juízes e juízas que, lá nas bibocas,  vão sendo soterrados pelos processos, mas cumprem galhardamente seu sacerdócio.